A dança cigana
A dança para os ciganos
Assim como toda a cultura cigana, a dança, é passada agrafamente pelos pais, avós, tias, e familiares mais velhos. não há uma coreografia exata nos movimentos das ciganas e ciganos. mas há, uma forma de comunicação em seus gestos ao dançar que só os ciganos conhecem.
uma das mais importantes atitudes das dançarinas, é proteger as pernas, uma vez que é expressamente proibido uma cigana mostrá-las a estranhos. Se casada, a cigana só as mostrará a seu marido. e se solteira a ninguém mais. Conhecida por ser uma dança extremamente sensual a dança cigana atrai e encanta os gadjês/jurem (não ciganos) e ainda trazem inúmeros benefícios à saúde física, mental e espiritual.
Muito usada em todo o mundo, a dança cigana, sem dúvida é uma “viagem” fascinante, onde os “alunos“ descobrem que a vida não é feita apenas de problemas e sim, de muita festa, alegria e sedução!
A dança é uma homenagem á Duvel (Deus), através do corpo e da alma. Com grande sentimento e força de expressão, traduzimos em ARTE o maravilhoso ritual da dança. Dançamos quando estamos alegres para comemorar uma celebração (casamento, batizado, tudo que traduza a felicidade); dançamos nos raros momentos de tristeza, pois ela nos serve para transmitir sentimentos e emoções.
A dança cigana para os jurem/gadjê é forma de liberação das emoções interiores, de dar vazão aos sentimentos e às íntimas necessidades, através de movimentos corporais. Assim, as danças ciganas podem ser executadas de maneira solitária (um “solo”, por exemplo), em par ou em grupo, de forma profissional ou amadora, festiva, sagrada ou ritualística. Em qualquer forma de procedimento, os dançarinos, reunirão as qualidades técnicas, o preparo físico, a alma e o amor pela dança.
Temos na dança uma de nossas mais vivas e exuberantes formas de expressão. Tiramos dos passos, dos volteios do corpo, do girar, do maneio de cabeças e mãos, do sapatear etc., uma alegria contagiante e uma vivacidade única!
O repicar das castanholas (nas danças flamencas), das palmas (para afugentar a negatividade) e o ritmo dos pandeiros, constituem-se no correto dançar da “alma cigana”. Nossa dança é verdadeiramente a “magia da natureza!”
Nos momentos descontraídos fazemos as “danças livres”; sem regras, onde cada um se diverte como quer, mas nunca se esquecendo do recato e dos limites entre homens e mulheres.
As danças ciganas estão na nossa alma. Expressam luz, amor e alegria. Através delas, vivemos, amamos e crescemos! Experimentamos a cada dia um amor maior pela vida e, na nossa alma, o mais puro desejo de sermos sempre amados por Deus!
Movimentos:
1. O sorriso e o brilho nos olhos têm a intenção de complementar o que está sendo dançado, razão pela qual são tão apreciados nos concursos e festivais. o semblante sério só se aplica às danças sagradas.
2. Os mexer de ombros e a inclinação da cabeça para trás (o que chama a atenção para os cabelos, geralmente longos e soltos);
3. Os braços e as mãos trabalham em vários sentidos: na frente do corpo, levantados em direção ao alto da cabeça, nas laterais do corpo etc.;
4. Os punhos, mãos e dedos têm a característica peculiar de girar (gesto de insinuação e também de captação de energias);
5. Acredita-se que as palmas na dança, afastam a energia negativa para longe.
Fora isso, nos primeiros passos a serem transmitidos aos “alunos” devem atentar para os seguintes detalhes:
em geral, a postura: deverá ser sempre ereta;
O caminhar: inequívoco, com elegância e a cabeça erguida;
Os ombros: deverão está em conformidade com o tronco;
Os giros: sempre largos e precisos, destacando os movimentos da saia;
Movimentos circulares: devem ser grandes, discretos, porém chamativos. Detalhe importante para as mulheres, se casadas geralmente utilizam um lenço comumente chamado pelos rons de diclô, já os calins uma flor: preferencialmente vermelha presa aos cabelos e do lado esquerdo. Mesmo as jurins/gadjins casadas com ciganos são obrigadas a seguir a tradição, pois na cultura cigana as mulheres seguem seus maridos.
É importante ressaltar que na dança cigana, a dançarina profissional ou não, jamais se apresentará por obrigação. Dançará pelo prazer, pois tem na sua concepção de que a dança deve ser praticada como arte e sedução, aonde lhe é ensinada deste a tenra idade. Aprenderá também que de maneira alguma mostrará as pernas (na dança ou fora dela), já que isto é visto pelo nosso povo “como uma grande falta de respeito”, uma vez que a dança é algo sagrado. Esta é a razão pela qual as roupas são fartas e “protegidas” por baixo, evitando assim qualquer transparência.
O papel do homem
Tradicionalmente, o dançarino verdadeiramente cigano (quando não profissional) baila por duas razões:
Está feliz; Pretende festejar, brincar e se divertir.
Esta triste: pretende esvaziar sua tristeza.
Detalhes importantes a quem se propõe a dançar.
Em respeito às tradições, homens e mulheres dançam sem haver contato físico entre os dois. Mesmo sem coreografia os ciganos sabem exatamente como dançar, desde muito pequenos com passos marcantes que requerem enorme agilidade e grande condicionamento físico.
Os bailados dos homens lembram as danças GREGAS: braços estendidos nos ombros, palmas firmes e ritmadas e movimentos de pernas para as laterais e frente do corpo.
Gestos em seus movimentos:
O olhar: Deverá ser marcante, e sedutor. o olhar expressa todos os sentimentos da dançarina e dos próprios ciganos. Dependendo da música, o olhar será o que se pede: alegria, sedução, saudade, tristeza... Quando, por exemplo, a dançarina executa um “lamento”, o olhar é triste e distante, mas não deixa de ser marcante. Elas sabem que deverão cativar com o olhar e seduzir com os movimentos das mãos e do corpo, demonstrando serem, ao mesmo tempo, fortes e sensuais. Esse exemplo é visto nitidamente na dança flamenca.
As mãos e os pés: mãos e pés em movimentos suaves e precisos, tanto para encantar quanto para captar energias.
Filosofia: partilhar é algo sempre utilizado dentro de rancho ou acampamento, os ciganos costumam dividir entre si tudo que ganham ou que fazem; a comida, a moradia, as tristezas, e alegrias.
Corpo e mente: Com a dança cigana aprendemos cedo que corpo e mente deve trabalhar em sincronismo. Modelando-se o corpo, disciplina-se também a mente, tendo-se uma vida mais alegre, saudável e cheia de energia vital!
Adornos e rituais: Os adornos objetivam enobrecer e embelezar os dançarinos e seus movimentos. Nas mulheres, saias rodadas, renda, se casadas utilizam flores presas nos cabelos, tiaras, diclô (lenço de cabeça) demonstrando o compromisso com seu marido.Nos homens, geralmente utilizam chapéus, coletes, camisas de manga, etc.
Nas danças ritualísticas geralmente dançamos ao redor da fogueira, pois é uma atitude sagrada de celebrar a vida. Nossos rituais (da lua cheia, de Santa Sara, da páscoa, as slavas (pagamento de uma promessa feita a algum santo) etc.) são sagrados.
A dança cigana não deve ser dançada com ego, e sim com simplicidade. O maior fenômeno da dança cigana na atualidade, Joaquín Cortés, nos ensina: “Dançar com a alma. A dança cigana não só tem uma história, mas também fala de amor, de vida e de morte: coisas que não se expressam se não com a alma”. Ou seja, Quando dizemos no plural “danças ciganas” é porque, na realidade existe uma divisão no que erroneamente se convencionou chamar “dança cigana”.
DANÇAS FESTIVAS: São as festas que comemoramos tais como: aniversários, casamentos, comemorações etc., ou normalmente no dia-a-dia nas tendas, barracas;
DANÇAS SAGRADAS: eram executadas nas slavas ou prásniko (festas religiosas), em culto aos antepassados (polmana) em agradecimento a Deus, a Jesus (Duveli Baron), a Sara Kalí etc. São os chamados “lamentos” (skafhidiake);
DANÇAS RITUALÍSTICAS: Eram utilizadas antigamente, hoje comumente demonstradas pelos jurem em festas, São as que exprimem em profundidade a nossa tradição e cultura. por exemplo: dança do fogo, ritual da lua cheia, dança dos punhais (tchuri), iniciações etc.;
DANÇA DO LEQUE: em homenagem dança do elemento ar que representa o amor, a sensualidade e a limpeza.
DANÇA DO XALE: representa o mistério e a magia do elemento fogo.
DANÇA DA ROSA: Elemento terra. Representa o amor, a beleza, a conquista e a sensualidade.
DANÇA DAS FITAS COLORIDAS: Elemento água representa as lágrimas de alegria e tristeza derrubadas pelo povo Cigano. Não lamento, mas também a comemoração.
DANÇA DO VÉU: representa o elemento ar e expressa a leveza do corpo e a sensualidade.
DANÇA DAS TOCHAS: Mostra a fúria e o poder do fogo através das tochas acesas que reverenciam este elemento.
DANÇA DO PANDEIRO: Dança dos quatro elementos, denota a alegria e sugere uma festa. Serve também para purificar o ambiente.
DANÇA DOS 7 VÉUS: Para os ciganos essa dança representa uma despedida de solteiro. E os véus coloridos representam as sete cores do arco-íris e simbolizam o amor e a sensualidade. As cores dos véus representam os quatro elementos.
DANÇA DO PUNHAL: Elementos ar e terra. Significa lutas, disputas, fúria e pode simbolizar a limpeza do ambiente e do corpo.
DANÇA DOS 4 ELEMENTOS: Feita com representações dos quatro elementos como: Vela, incenso, jarro d'água e sal. Significa magia e limpeza do ambiente. Essas são algumas das representações da Dança Cigana que também pode ser realizada livremente, manifestando assim, a criatividade e intuição do bailarino
DANÇA DO CANDELABRO ou Castiçal: (Raks El Shemadan), Elemento Fogo - Deusa Nut: É uma dança tradicional Egípcia, comum nos casamentos. A bailarina lidera o cortejo dos noivos com um candelabro aceso equilibrado na cabeça para iluminar o caminho do casal. O fogo das velas representa a vida. Por isso, essa dança é freqüentemente realizada em festas de aniversário. O candelabro deve ser específico para a dança, tendo assim o apoio adequado para a cabeça da bailarina. O ritmo usado deve ser lento. Sua performance e movimentos são delicados.
DANÇA DA ESPADA: Elemento Ar: Dança em homenagem à deusa Neit, mãe de Rá. Por ser uma deusa guerreira, ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. A dança da espada também podia ser feita como homenagem a Maat, a deusa da justiça. Existem duas lendas para a origem da dança da espada. A primeira, conta que, na Antigüidade, as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, no intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada na cintura deles ou fazendo mortos e feridos. A segunda diz que, na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveria provar que tinha muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo. O certo é que, nesta dança, a bailarina deve saber equilibrar com graça a espada na cabeça, no peito e na cintura. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério. Este instrumento representa a coragem e a força exteriorizadas pela inteligência e astúcia. Já que é uma dança é clássica o ideal é dançá-la com música clássica. A espada é sempre utilizada com movimentos corporais "alongado" e com muita leveza. Pontos de equilíbrio da espada: cabeça, busto, ventre, cintura, joelho, mãos, braços.
DANÇA DO JARRO ou da Samaritana: Elemento Água - Deusa Afrodite A Dança do Jarro é uma dança sagrada com ligação ao elemento água, estilo que pode ser praticado de duas maneiras: como ritual e no cotidiano. A dança do jarro pode ser uma dança folclórica, neste caso a bailarina representa e interpreta a rotina das beduínas, que caminhavam de sua tenda até o oásis, onde descansavam, refrescavam-se com a água do rio, pegavam um pouco de água em seus jarros e retornavam à sua tenda. É também conhecida como dança do rio Nilo. Representa fertilidade. Como ritual, as sacerdotisas cultuavam os elementos da criação, principalmente a água, elemento vital no antigo Egito. Era executada em cerimônias presididas pelos faraós à beira do rio Nilo, para pedir ao rio que inundasse as terras em suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas. Na dança, usa-se o jarro em apresentações com músicas rítmicas folclóricas, com vestidos soltos presos com uma faixa nos quadris. Pode ser utilizado com músicas mais lentas e movimentos sinuosos, representando os banhos das Sacerdotisas. Dança do Jarro é a “adoração à água”. Na sua prática, você deve se remeter ao antigo Egito e imaginar a bailarina indo até o Rio Nilo em busca de água. Todos os movimentos da dança estão ligados a este fato que deve ser, lembrado sempre que for dançar.
DANÇA DO PANDEIRO: (Daff): Elemento Terra - Deusa Perséfone Era sempre feita com o sentido de comemoração, de alegria e de festa. Muito utilizado em ritmos árabes para saudar a colheita em seus festivais no campo. Para dançar com o pandeiro usa-se músicas rítmicas que propiciem as marcações com o instrumento no corpo da bailarina. É uma dança cigana-egípcia, pode ser usada só com Percussão ou Said, Laff ou Fallahi SNUJ.
(Existem várias versões de escrita) Eles chegaram na dança do ventre quando a dança se popularizou nas ruas e feiras. Instrumentos percussão, usados pela bailarina ou por um músico. Quando são tocados pela bailarina, têm um tamanho menor e quando são tocados por homens são de um modelo bem maior. Quando tocar? O que usar? Qual o ritmo? Os snujs funcionam com todos os ritmos. Na minha opinião, eles são um toque a mais na música árabe, sendo assim penso que não sejam interessantes sozinhos. Não existe um traje específico para tocar snujs. E como eram tocados nas ruas e feiras, aconselha-se a escolher uma música bem alegre.
BELEDI ou BALADI: É uma dança egípcia do campo, da região rural, e também a música. Quando "vai para o palco" é chamada de Beledi Urbana, com roupas com mais brilho. O traje usual é um Caftan (espécie de túnica) ajustado, com fendas nas laterais, também chamado de vestido beledi. Um lenço de cabeça triangular também é comumente usado.
DANÇA GHAWAZEE: É um atrativo muito alegre e divertido. Uma espécie de bailado de camponesas ciganas egípcias,ou árabes,vestidos compridos e coloridos, cheios de pastilhas e lenços de moedas amarrados a cabeça. São muito graciosas e risonhas. Contagiam todos a seu redor.
DANÇA SUFI: Apresenta seus dervixes (homens com roupas de saia rodada, muito coloridas), que giram, giram, giram durante quarenta minutos seguidos, fazendo evoluções impressionantes
DANÇA DO ZHAR: É uma dança ritualística popular egípcia, onde a bailarina trabalha giros, movimentos de cabelo, como se estivesse em transe.
DANÇA DO TAHTIB: É uma dança com bastões masculina, aparentando uma luta, ao som de tambores (derbak, tabel, mazhar, deholla, bendir...), e guiado através de mizmar (aquela flauta que parece uma cornetinha de madeira) e o som inebriante do rabeb. É uma dança marcial masculina do Egito, realizada com longos bastões que eram, historicamente, usados em combate.
DANÇA DO PUNHAL OU ADAGA: Elemento Ar - Deusa Lilith Surgiu nos bordéis da Turquia, quando as européias eram escravizadas e levadas aos bordéis (1600-1700). Época em que os Mouros raptavam as mulheres a mando do Sultão da Turquia. O punhal era um instrumento de defesa e de comunicação entre a bailarina e a platéia.Representa a morte, a transformação e o sexo. A dança do punhal é uma dança forte, portanto a bailarina deverá usar músicas fortes. Para os ciganos o punhal é um símbolo que purifica as energias.
Significado de alguns movimentos com o punhal:
- Punhal com a ponta para fora da mão: a bailarina está livre;
- Punhal com a ponta para dentro: está escravizada
- Punhal no peito: significa demonstração de amor
- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sexo
- Punhal na testa com a ponta para baixo: magia
- Punhal na horizontal da testa: assassino
- Punhal nos dentes: desafio, destreza
- Equilibrar o punhal no ventre: destreza
- Bater o punhal na bainha: chamado para dança
- Punhal com entre as mãos sinuoso: Homenagem a alguém da platéia
DANÇA DA BENGALA: ou Bastão (Raks Al Assaya): Elemento Terra - Deusa Hator Simbolismo: A Dança da Bengala é uma dança masculina que foi adaptada pelas bailarinas.É dançada em um ritmo chamado Saaidi Os vestidos são os mais utilizados. Podem ser justos ou mais folgados, preferencialmente com aberturas laterais. Lenços de medalhas nos quadris. Nessa dança mostra-se a destreza da dançarina, o equilíbrio, o charme, destacando seus movimentos de quadril e fazendo uma paródia em relação à dança combativa masculina chamada "Tahtib". Esta dança demonstra força, beleza e sensualidade. O traje que usado é um vestido. Usa-se acessórios de moedas, nos quadris e na cabeça. É considerada a dança dos pastores. O bastão simboliza o cajado, que é usado para tanger seu rebanho, geralmente de cabras. É dançada por mulheres, que, no final da tarde, fora de suas tendas, em volta de fogueiras, comemoram e dançam a modalidade com suas túnicas coloridas e com véus nos quadris, “brincando” com o bastão, com agilidade e graça. Sua origem remonta de tempos antigos quando no final do dia os pastores que tangiam rebanhos com bengalas ou bastões, dançavam alegremente com suas mulheres nos Oásis e em volta das tendas.
KHALEEGE ou KALIJI: É a dança folclórica do Golfo Pérsico, teve origem nos Emirados Árabes, é dançada no ritmo Saudi. Como nesta dança a bailarina usa um vestido muito largo e longo, ricamente bordado, os movimentos utilizados são basicamente de cabeça, cabelos, braços, ombros, pernas e os pés que têm um trabalho muito simples nessa dança.
DANÇA DA SERPENTE: Antigamente a bailarina dançava com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro), pois este animal era considerado sagrado e símbolo da sabedoria. Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobras de verdade, mas isto deve ser visto apenas como show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado. Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada pelos adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento do seu corpo. Verifica-se um registro no livro La Danza Mágica Del Vientre, de Shokry Mohamed, de uma bailarina retratada numa dança empunhando uma serpente. No Oriente Médio também os derviches, através de suas danças tribais e catárticas se utilizavam de serpentes. Nos dias atuais, temos inicialmente a popularização da dança do ventre com a serpente nos Estados Unidos.
DANÇA DOS CINCO ELEMENTOS: É uma dança de devoção. Os cinco elementos são a água, a terra, o fogo, o ar e o éter. Cada um destes elementos tem movimentos específicos na dança que o simbolizam. De modo geral, o ar é dançado com os movimentos de véus; a água recebe ondulações de mãos, o movimento da sereia, o parto; a terra vem com o movimento de representação do crescimento de uma árvore; o fogo é representado por movimentos de serpente e ondulatórios de quadril, simbolizando a subida da kundaline, energia sexual; e o éter tem seu simbolismo no camelo, escolhido por passar longos períodos sem água ou alimentação em condições adversas, como se sua força viesse de uma fonte de energia não material.
DANÇA DAS FLORES: Dança ligada à colheita. A bailarina oferece flores ao público enquanto dança.
MELEA LAF: Significa "Dança do lenço enrolado". É uma dança que representa as mulheres do subúrbio do Cairo e Alexandria. Na década de 1930 essas mulheres usavam vestidos curtos e justos e para não chocar a religião muçulmana, se enrolavam em grandes lenços pretos ajustando-os ao corpo. Seus maridos, escadores saíam em viagem sem data para voltar. Elas acreditavam que se dançassem para eles na despedida eles ficariam seduzidos e voltariam logo. Mais tarde as profissionais da dança incluíram esta dança em seus repertórios .
DABKE: O dâbke é uma dança folclórica de celebração, tradicional entre os povos árabes. Executada em grupo por uma longa cadeia de dançarinos homens e mulheres que se dão às mãos e se movem em círculo aberto, ou ao longo de extensa linha. Os passos cadenciados rígidos e a forte marcação com os pés indicam o papel primordial do homem nesta dança, cuja história está na cadência de seu passo decisivo ao amassar o barro para a construção da sua casa.
TAÇAS: Folclore egípcio. É uma dança muito antiga ligada a Dança do Castiçal. Pode ser usado em festas de casamento, aniversários, batizados.Usa-se música lenta. A bailarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado. O fogo das velas representa a vida.
DANÇA COM SNUJS: minhas almas nujs ou Címbalos ou Saggat: Elemento Éter - Deusa Basted: Instrumento muito parecido com ''castanholas metalizadas", é bastante utilizadas pelas bailarinas para dar ritmo à dança e acompanhar a música. Essa dança tem mais de três mil anos e eram usados pelas sacerdotisas para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente.Existem vários tipos e tamanhos de snujs, com sons e timbres variáveis. Todos são feitos de latão ou bronze. Podem ser grandes, pequenos, altos e baixos.O tamanho ideal para as bailarinas é o médio.Os baixos são considerados os melhores e fixam melhor nos dedos. Os snujs são tocados nas pontas dos dedos, com o elástico colocado atrás das cutículas. Este instrumento requer muita prática e habilidade, principalmente quando a bailarina se propõe a tocar enquanto dança, e deve ser batido delicada mas rapidamente, para que o som saia claro e limpo. Os snujs dão vivacidade às apresentações minhas almas
TURIBULO: Esta é uma dança onde o acessório é muito comentado e pouco usado no Brasil. Você deve saber QUANDO, ONDE e para QUEM dançar. Não existe um traje específico e a música deve ser lenta.
DANÇA DOS 7 VÉUS: Simbolismo: A Dança dos 7 Véus é muito antiga e sagrada. O véu, na verdade, “desvenda” a sabedoria. Espiritualmente, os 7 véus estão ligados aos 7 chakras em equilíbrio. A retirada e o cair dos véus, significam o “cair da venda”, a consciência espiritual. A dança dos sete véus é um dos mais famosos, belos e misteriosos ritos primitivos.
IMPORTANTE:
1) Que os maiores DANÇARINOS ciganos são: Geeta Chandran, Sônia Cortes Cerviolle, La Chunga, Joaquín Cortês (“El Fenômeno”), Laria Greco, Jília Olmedo, Antônio Carali e a legendária Carmen Amaya?
2) Que a dança cigana divide-se em: festiva, sagrada, ritualística, flamenca, do ventre, Calon e Kalderash (tacheiro)?
3) Que o melhor presente que um cigano oferece a um convidado é uma dança, geralmente executada por uma filha ou esposa?
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União Cigana do RN - UCIRN
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sexta-feira, 30 de junho de 2017
A Dança Cigana
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quinta-feira, 29 de junho de 2017
A Serpente Sagrada simbolismo
"(...)
Sua garganta é um sepulcro aberto,
com a língua tramam o engano,
veneno de serpente escondem nos lábios,
sua boca está cheia de maldição e amargura,
seus pés são velozes para derramar sangue,
destruição e miséria estão em seus caminhos
e seus pés não conhecem o caminho da paz,
não há temor de Deus em seus olhos."
Epístola aos romanos: I, 3
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Há poucos animais no mundo tão ricos em significados simbólicos quanto a sepente. Ofídio sagrado ou representação do mal, habitante dos pântanos, da lama, da turfa, rastejando nas terras profundas, príncipe dos meandros, silenciosa e sinuosa, ela surge dos confins mais obscuros do nosso inconsciente, cujos sonhos e fantasmas alimenta incessantemente, fazendo surgir, sucessivamente, angústias e desejos, atração ou repulsão.
Para a maioria dos povos, a serpente desempenha um papel extraordinariamente importante e bastante multiforme como símbolo; deve-se ressaltar sobretudo sua posição privilegiada no reino animal (locomove-se sobre a terra, não tem pernas, vive em tocas e sai de ovos como os pássaros), sua aparência fria, lisa e cambiante, sua picada venenosa, seu veveno - usado também como antídoto - e sua muda periódica.
Muitas vezes encontrada como rival do homem, também mostra-se como animal protetor, guardiã das áreas sagradas ou do Reino dos Mortos, animal com alma, símbolo sexual (masculino, devido a sua forma fálica e, feminino, devido a seu ventre) e símbolo da renovação permanente (em razão da troca da pele).
Quando nos remontamos às mais longínquas lembranças da infância,a primeira serpente que salta das recordações é aquele que fez tal desordem no paraíso que até hoje se fala nisso. Esquecemos que ela foi apenas um veículo, uma aparência tomada por Satã para induzir à tentação o primeiro casal humano no Paraíso. Uma aparência sobre a qual nosso julgamente se apóia após várias gerações... Uma hereditariedade pesada para esses pobres animais, que certamente não pediram tanto!
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O PECADO
1.A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse ‘não comais de nenhuma das árvores do jardim?’” 2.E a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim, podemos comer. 3.Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse ‘não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário morrereis’”. 4.A serpente replicou à mulher: “De modo algum morrereis. 5.É que Deus sabe: no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal”.
6.A mulher notou que era tentador comer da árvore, pois era atraente aos olhos e desejável para se alcançar inteligência. Colheu o fruto, comeu e deu também ao marido, que estava junto, e ele comeu. 7.Abriram-se os olhos de ambos e viram que estavam nus. Teceram com folhas de figueira tangas para si. 8.Ouvindo o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher se esconderam do Senhor Deus no meio do arvoredo do jardim. 9.Mas o Senhor Deus chamou o homem, dizendo: “Onde estás?” 10.E este respondeu: “Ouvi teus passos no jardim. Fiquei com medo porque estava nu, e me escondi”. 11.Disse-lhe Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12.E o homem disse: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13.Disse, pois, o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente me enganou e eu comi”.
14.E o Senhor Deus disse à serpente:
“Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da vida.
15.Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os descendentes dela. Eles te ferirão a cabeça e tu lhes ferirás o calcanhar”.
16.Para a mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos de tua gravidez. Entre dores darás à luz os filhos, a paixão arrastar-te-á para o marido e ele te dominará”.
17.Para o homem ele disse: “Porque ouviste a voz da mulher e comeste da árvore, cujo fruto te proibi comer, amaldiçoada será a terra por tua causa. Com fadiga tirarás dela o alimento durante toda a vida.
18.Produzirá para ti espinhos e abrolhos e tu comerás das ervas do campo.
19.Comerás o pão com o suor do rosto, até voltares à terra, donde foste tirado. Pois tu és pó e ao pó hás de voltar”.
20.O homem chamou a mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes. 21.E o Senhor Deus fez para o homem e a mulher túnicas de pele e os vestiu.
22.E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não vá agora estender a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre”. 23.E o Senhor Deus o mandou para fora do jardim de Éden, a fim de cultivar o solo de que fora tirado. 24.Tendo expulso o homem, colocou diante do jardim de Éden os querubins com o cintilar da espada fulgurante, para guardar o caminho da árvore da vida.
(fonte: Bíblia Vozes)
Símbolo da fertilidade em Canaã e de força política no Egito, a figura mítica da serpente é a primeira a sacudir as estruturas da Bíblia Sagrada, trazendo a imagem da tentação, do demônio, assumindo a maternidade do pecado. A maldição da serpente é uma etiologia que procura explicar o porquê do comportamento atual hostil e traiçoeiro da serpente com relação ao homem. Acredita-se que a serpente é assim porque foi amaldiçoada por Deus por haver seduzido os primeiros homens.
Considerada pelos judeus um ser antes de tudo ameaçador e incluído no Antigo Testamento entre os animais impuros, a serpente - imagem original do pecado - também simboliza a inteligência. Quando Deus castigou a desobediência dos israelitas com uma praga de serpentes venenosas e aladas, ele ordenou a pedido de Moisés que se fizesse uma serpente de bronze: quem fosse mordido pelas serpentes venenosas e contemplasse a serpente de bronze permaneceria vivo. Portanto, uma serpente de bronze dessa espécie foi durante muito tempo objeto de culto e considerada pelo cristianismo a primeira imagem simbólica de Cristo, devido a seus aspecto benéfico.
A Antiguidade conheceu também inúmeras figuras de serpentes míticas e simbólicas de Cristo, geralmente sob a forma de seres híbridos e monstruosos (Quimera, Equidna, Hidra).
No pensamento simbólico dos egípcios, a serpente tem um papel essencial e bastante multiforme; conheciam-se, por exemplo, diversas deusas-serpentes e uma deusa-cobra que vigiava o crescimento das plantas. O destino também foi venerado muitas vezes sob a forma de uma serpente. Ao lado disso, encontram-se inúmeras serpentes mitológicas (aladas, com pés ou com várias cabeças etc.). A serpente Uraeus representava uma deusa de muitos nomes; via-se nela a personificação do olho do deus-sol; segundo as concepções mitológicas ela se empina junto ao Sol ou junto à testa do deus-sol e aniquila os inimigos com seu hálito de fogo; por ser símbolo de domínio e proteção, ela aparece representada na testa dos faraós egípcios. Contudo, o inimigo principal do deus-sol e da ordem do mundo, Apophis, também tem a forma de uma serpente.
Além disso, no Egito, foi encontrada pela primeira vez o símbolo do Ouroboros, a serpente que morde a própria cauda, símbolo do eterno recomeço.
No culto do deus da medicina da tradição greco-romana, a serpente do bastão de Esculápio (Asclépio), em referência a sua mudança de pele, tem um papel importante como símbolo da auto-renovação permanente da vida.
A mitologia hindu conhece as najas: serpentes mediadoras entre deuses e homens, ora benfeitoras, ora malfeitoras (como outras serpentes em outras culturas) e ligadas ao arco-íris.
No "Livro dos Mortos" tibetano: "Eu sou a serpente Sata, que mora nas partes mais distantes da terra. Eu morro, renasço, me renovo e torno a ficar jovem todos os dias".
No Oriente, no Yoga tântrico e no Budismo tântrico do Tibete, ela encarna a Kundalini, canalisa o fluxo de energias essenciais que circulam da raiz da coluna vertebral até a extremidade superior do crânio, ligando os planos vitais, mentais e suprapsíquicos, constituindo o despertar e a liberação da Serpente Kundalini, uma das etapas decisivas da realização espiritual e suscitando a eclosão de poderes paranormais, tais como a telepatia, a vidência ou a levitação.
Na China, está ligada à terra e à água, sendo por conseguinte um símbolo yin.
No horóscopo lunar, mais conhecido como "Horóscopo Chinês", a serpente representa o sexto signo zodiacal. Conta a lenda que há mais ou menos cinco séculos antes de nossa era, o Senhor Buddha convidou todos os animais da criação, prometendo-lhes uma recompensa. Quase todos os animais desdenharam o chamado do divino sábio, mas doze animais se fizeram representar. Para agradecer esses animais, o Buddha ofereceu a cada um deles um ano que lhe seria dedicado daquele momento em diante, que traria seu nome e seria impregnado com seu simbolismo e suas tendências psicológicas específicas, marcando, de tempos em tempos, o caráter e o comportamento dos homens que nascessem nesse ano. Digite o ano de nascimento:
Seu signo é:
A analogia com a história sagrada é a que mais nos aproxima da serpente, signo do horóscopo chinês, visto que é considerada o signo mais tentador, mais sedutor, mais fascinante... E, num sentido, o mais perigoso, pois poucos signos conseguem resistir às suas injeções de sedução - sua especialidade natural. São reflexivos, organizados, perspicazes e sábios. Todavia, são muito ciumentos e teimosos.
A serpente Midgard da antiga mitologia nórdica é gigantesca e nefasta; ela rodeia a terra (Midgard) figurada como um disco: um símbolo da ameaça permanente à ordem do mundo.
Segundo a interpretação psicológica, a serpente, a cobra, são símbolos fálicos. Por isso, fala-se que, sonhar com uma serpente, especialmente enrolada no pescoço, é advertência de que se é um escravo de repressões ou paixões sexuais.
Conforme o "Dicionário dos Sonhos",
de Lady S. Robinson & Tom Corbett:
Sonhar com cobras é sinal de várias perturbações, obstáculos e traições.
Sonhar que se foi mordido pressagia período de lutas contra circunstâncias adversas. Se a cobra era uma naja, há uma advertência especial quanto à possibilidade de acidentes durante as próximas semanas.
Se havia uma cobra em torno de você, que não conseguia se livrar, está avisado de que há traição onde menos se espera.
Sonhar que se está rodeado de cobras e não se consegue matar mais que uma ou duas indica o perigo de uma fraude grave, da parte de pessoa em quem se confia. Todavia, se foi possível matar (ou livrar-se) das cobras, é sinal de que você será bem sucedido, apesar das dificuldades.
Andar por entre cobras, sem tentar matá-las, dá a entender que você virará a mesa e ultrapassará as pessoas que lhe querem impedir o caminho.
Sonhar que se está brincando com tais bichos insinua o perigo de ser enganado por amigos sem princípios (ou sócios).
Um encantador de serpentes em atividade indica que você terá que defender sua reputação contra a maledicência.
Sua garganta é um sepulcro aberto,

veneno de serpente escondem nos lábios,
sua boca está cheia de maldição e amargura,
seus pés são velozes para derramar sangue,
destruição e miséria estão em seus caminhos
e seus pés não conhecem o caminho da paz,
não há temor de Deus em seus olhos."
Epístola aos romanos: I, 3
________________________________________
Há poucos animais no mundo tão ricos em significados simbólicos quanto a sepente. Ofídio sagrado ou representação do mal, habitante dos pântanos, da lama, da turfa, rastejando nas terras profundas, príncipe dos meandros, silenciosa e sinuosa, ela surge dos confins mais obscuros do nosso inconsciente, cujos sonhos e fantasmas alimenta incessantemente, fazendo surgir, sucessivamente, angústias e desejos, atração ou repulsão.
Para a maioria dos povos, a serpente desempenha um papel extraordinariamente importante e bastante multiforme como símbolo; deve-se ressaltar sobretudo sua posição privilegiada no reino animal (locomove-se sobre a terra, não tem pernas, vive em tocas e sai de ovos como os pássaros), sua aparência fria, lisa e cambiante, sua picada venenosa, seu veveno - usado também como antídoto - e sua muda periódica.
Muitas vezes encontrada como rival do homem, também mostra-se como animal protetor, guardiã das áreas sagradas ou do Reino dos Mortos, animal com alma, símbolo sexual (masculino, devido a sua forma fálica e, feminino, devido a seu ventre) e símbolo da renovação permanente (em razão da troca da pele).
Quando nos remontamos às mais longínquas lembranças da infância,a primeira serpente que salta das recordações é aquele que fez tal desordem no paraíso que até hoje se fala nisso. Esquecemos que ela foi apenas um veículo, uma aparência tomada por Satã para induzir à tentação o primeiro casal humano no Paraíso. Uma aparência sobre a qual nosso julgamente se apóia após várias gerações... Uma hereditariedade pesada para esses pobres animais, que certamente não pediram tanto!
________________________________________
O PECADO
1.A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse ‘não comais de nenhuma das árvores do jardim?’” 2.E a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim, podemos comer. 3.Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse ‘não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário morrereis’”. 4.A serpente replicou à mulher: “De modo algum morrereis. 5.É que Deus sabe: no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal”.
6.A mulher notou que era tentador comer da árvore, pois era atraente aos olhos e desejável para se alcançar inteligência. Colheu o fruto, comeu e deu também ao marido, que estava junto, e ele comeu. 7.Abriram-se os olhos de ambos e viram que estavam nus. Teceram com folhas de figueira tangas para si. 8.Ouvindo o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher se esconderam do Senhor Deus no meio do arvoredo do jardim. 9.Mas o Senhor Deus chamou o homem, dizendo: “Onde estás?” 10.E este respondeu: “Ouvi teus passos no jardim. Fiquei com medo porque estava nu, e me escondi”. 11.Disse-lhe Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12.E o homem disse: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13.Disse, pois, o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente me enganou e eu comi”.
14.E o Senhor Deus disse à serpente:
“Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da vida.
15.Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os descendentes dela. Eles te ferirão a cabeça e tu lhes ferirás o calcanhar”.
16.Para a mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos de tua gravidez. Entre dores darás à luz os filhos, a paixão arrastar-te-á para o marido e ele te dominará”.
17.Para o homem ele disse: “Porque ouviste a voz da mulher e comeste da árvore, cujo fruto te proibi comer, amaldiçoada será a terra por tua causa. Com fadiga tirarás dela o alimento durante toda a vida.
18.Produzirá para ti espinhos e abrolhos e tu comerás das ervas do campo.
19.Comerás o pão com o suor do rosto, até voltares à terra, donde foste tirado. Pois tu és pó e ao pó hás de voltar”.
20.O homem chamou a mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes. 21.E o Senhor Deus fez para o homem e a mulher túnicas de pele e os vestiu.
22.E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não vá agora estender a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre”. 23.E o Senhor Deus o mandou para fora do jardim de Éden, a fim de cultivar o solo de que fora tirado. 24.Tendo expulso o homem, colocou diante do jardim de Éden os querubins com o cintilar da espada fulgurante, para guardar o caminho da árvore da vida.
(fonte: Bíblia Vozes)
Símbolo da fertilidade em Canaã e de força política no Egito, a figura mítica da serpente é a primeira a sacudir as estruturas da Bíblia Sagrada, trazendo a imagem da tentação, do demônio, assumindo a maternidade do pecado. A maldição da serpente é uma etiologia que procura explicar o porquê do comportamento atual hostil e traiçoeiro da serpente com relação ao homem. Acredita-se que a serpente é assim porque foi amaldiçoada por Deus por haver seduzido os primeiros homens.
Considerada pelos judeus um ser antes de tudo ameaçador e incluído no Antigo Testamento entre os animais impuros, a serpente - imagem original do pecado - também simboliza a inteligência. Quando Deus castigou a desobediência dos israelitas com uma praga de serpentes venenosas e aladas, ele ordenou a pedido de Moisés que se fizesse uma serpente de bronze: quem fosse mordido pelas serpentes venenosas e contemplasse a serpente de bronze permaneceria vivo. Portanto, uma serpente de bronze dessa espécie foi durante muito tempo objeto de culto e considerada pelo cristianismo a primeira imagem simbólica de Cristo, devido a seus aspecto benéfico.
A Antiguidade conheceu também inúmeras figuras de serpentes míticas e simbólicas de Cristo, geralmente sob a forma de seres híbridos e monstruosos (Quimera, Equidna, Hidra).
No pensamento simbólico dos egípcios, a serpente tem um papel essencial e bastante multiforme; conheciam-se, por exemplo, diversas deusas-serpentes e uma deusa-cobra que vigiava o crescimento das plantas. O destino também foi venerado muitas vezes sob a forma de uma serpente. Ao lado disso, encontram-se inúmeras serpentes mitológicas (aladas, com pés ou com várias cabeças etc.). A serpente Uraeus representava uma deusa de muitos nomes; via-se nela a personificação do olho do deus-sol; segundo as concepções mitológicas ela se empina junto ao Sol ou junto à testa do deus-sol e aniquila os inimigos com seu hálito de fogo; por ser símbolo de domínio e proteção, ela aparece representada na testa dos faraós egípcios. Contudo, o inimigo principal do deus-sol e da ordem do mundo, Apophis, também tem a forma de uma serpente.
Além disso, no Egito, foi encontrada pela primeira vez o símbolo do Ouroboros, a serpente que morde a própria cauda, símbolo do eterno recomeço.
No culto do deus da medicina da tradição greco-romana, a serpente do bastão de Esculápio (Asclépio), em referência a sua mudança de pele, tem um papel importante como símbolo da auto-renovação permanente da vida.
A mitologia hindu conhece as najas: serpentes mediadoras entre deuses e homens, ora benfeitoras, ora malfeitoras (como outras serpentes em outras culturas) e ligadas ao arco-íris.
No "Livro dos Mortos" tibetano: "Eu sou a serpente Sata, que mora nas partes mais distantes da terra. Eu morro, renasço, me renovo e torno a ficar jovem todos os dias".
No Oriente, no Yoga tântrico e no Budismo tântrico do Tibete, ela encarna a Kundalini, canalisa o fluxo de energias essenciais que circulam da raiz da coluna vertebral até a extremidade superior do crânio, ligando os planos vitais, mentais e suprapsíquicos, constituindo o despertar e a liberação da Serpente Kundalini, uma das etapas decisivas da realização espiritual e suscitando a eclosão de poderes paranormais, tais como a telepatia, a vidência ou a levitação.
Na China, está ligada à terra e à água, sendo por conseguinte um símbolo yin.
No horóscopo lunar, mais conhecido como "Horóscopo Chinês", a serpente representa o sexto signo zodiacal. Conta a lenda que há mais ou menos cinco séculos antes de nossa era, o Senhor Buddha convidou todos os animais da criação, prometendo-lhes uma recompensa. Quase todos os animais desdenharam o chamado do divino sábio, mas doze animais se fizeram representar. Para agradecer esses animais, o Buddha ofereceu a cada um deles um ano que lhe seria dedicado daquele momento em diante, que traria seu nome e seria impregnado com seu simbolismo e suas tendências psicológicas específicas, marcando, de tempos em tempos, o caráter e o comportamento dos homens que nascessem nesse ano. Digite o ano de nascimento:
Seu signo é:
A analogia com a história sagrada é a que mais nos aproxima da serpente, signo do horóscopo chinês, visto que é considerada o signo mais tentador, mais sedutor, mais fascinante... E, num sentido, o mais perigoso, pois poucos signos conseguem resistir às suas injeções de sedução - sua especialidade natural. São reflexivos, organizados, perspicazes e sábios. Todavia, são muito ciumentos e teimosos.
A serpente Midgard da antiga mitologia nórdica é gigantesca e nefasta; ela rodeia a terra (Midgard) figurada como um disco: um símbolo da ameaça permanente à ordem do mundo.
Segundo a interpretação psicológica, a serpente, a cobra, são símbolos fálicos. Por isso, fala-se que, sonhar com uma serpente, especialmente enrolada no pescoço, é advertência de que se é um escravo de repressões ou paixões sexuais.
Conforme o "Dicionário dos Sonhos",
de Lady S. Robinson & Tom Corbett:
Sonhar com cobras é sinal de várias perturbações, obstáculos e traições.
Sonhar que se foi mordido pressagia período de lutas contra circunstâncias adversas. Se a cobra era uma naja, há uma advertência especial quanto à possibilidade de acidentes durante as próximas semanas.
Se havia uma cobra em torno de você, que não conseguia se livrar, está avisado de que há traição onde menos se espera.
Sonhar que se está rodeado de cobras e não se consegue matar mais que uma ou duas indica o perigo de uma fraude grave, da parte de pessoa em quem se confia. Todavia, se foi possível matar (ou livrar-se) das cobras, é sinal de que você será bem sucedido, apesar das dificuldades.
Andar por entre cobras, sem tentar matá-las, dá a entender que você virará a mesa e ultrapassará as pessoas que lhe querem impedir o caminho.
Sonhar que se está brincando com tais bichos insinua o perigo de ser enganado por amigos sem princípios (ou sócios).
Um encantador de serpentes em atividade indica que você terá que defender sua reputação contra a maledicência.
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quarta-feira, 28 de junho de 2017
Historia Maria Padilha I
Historia Maria Padilha I
De amante amada do rei; a esposa querida o príncipe do inferno
FALA DO AUTOR
Por inúmeras vezes busquei a entender a entidade Maria Padilha e as Pombas Giras, mas as
informações de muitos sempre chegava de uma forma ilusória e contraditória. Pois buscava em igrejas Evangélicas e membro da religião Afro, estas pessoas, por falta de conhecimento e até mesmo desinteresse do assunto aonde tudo que não entendia chama de demônio ou é mistério de Deus, e as respostas era;
- Saberemos quando chegar a hora certa ou no seu reino de Deus.
Então Resolvi busca informações no lugar certo com as pessoas certas conheceram o Instituto Preto Novos no Rio de janeiro nas suas oficinas encontrei pessoas comprometidas com a religião Afro-brasileira. Estas pessoas me ajudaram a conhecer e eu mesmo descobrir a historia e a origem do mito Maria Padilha e as Pombas Gira. De uma forma cultural, histórica, romântica e sem pede o lado místico aonde fascinar cada um que houver falar da entidade Maria Padilha.
Peço que ao ler este trabalho reflitam e vejam como a realidade do conceito africano e Grego sobre os desencarnados (mortos) ser assemelha. Fazer uma busca neutra, usando apenas como objeto de estudo a mascara étnica, realize uma leitura diferenciada sobre a personagem Maria Padilha e as figuras das Pombas Giras, trazendo-a para o campo cultural e descobrindo como nasceu sua construção e suas funções. O que acontecer hoje nos terreiros e casa tanto de Candomblé e Umbanda, não é diferente dos tempos antigo, quando iam ao templo de Apolo consulta o Oráculo de Délfico atreveis da sacerdotisa Pítia. Hoje temos lideres religiosos mal preparados egoístas gananciosos, e adeptos sem nenhum comprometimento com o seu mantenedor.
INTRODUÇÃO
Admirada e prestigiada na Umbanda1, Quimbanda2e Candomblé, Maria Padilha é sem dúvida a Pomba Gira mais conhecida da religião afro-brasileira. E sua fama se expande para além das fronteiras brasileiras. Muitas histórias norteiam a sua origem, é conhecida como a Ex-mulher, o similar feminino de Exu () . Como toda Entidade dessa categoria, acredita-se que ela trabalha em sintonia com as energias dos Orixás3 para ajudar os vivos e os desencarnados, a amenizar o sofrimento do seu carma alcançando assim a evolução espiritual.
Maria Padilha assim como muitas outras Pomba Giras é chefe de falange4, coordena milhares de espíritos que assim como ela tiveram em suas ultimas vidas momentos de sofrimento e angústia por um amor, recorrendo à maioria delas à magia para alcançarem seus objetivos. As Marias Padilha são uma legião de muita força mágica e espiritual, aceitando diversos trabalhos de magia e demanda. Possuem muitos aliados espirituais e nunca trabalham sozinhas, sempre estão acompanhadas por outras falanges de Pomba Giras e Exus. As linhas de atuação dessas falanges são as mais diversas, logo, é comum encontrar Entidades com vários nomes.
Exe.: Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha da Encruzilhada e assim ser segue.
SUA PERSONALIDADE E A INFLUENCIA SOBRE SEUS ADEPTOS
Maria Padilha trabalha com uma energia específica, com um objetivo próprio e peculiar. Maria Padilha é considerada a senhora dos sete punhais, de todos os portais e todos os Exus e Pomba Giras. É muito respeitada pelas outras entidades de esquerda por isto é reconhecida como Rainha. Seu nome significa Rainha do Fogo. A nomenclatura dada a entidade não é tão importante, pois á muitas características no local no qual trabalha. Pois Maria Padilha tem muitas áreas de atuação diferente como, encruzilhadas, cemitério, cabarés (Termas ou casa de massagem) e muitos outros lugares.
Cada Maria Padilha é composta de milhares de Maria, cada qual com sua história verdadeira ou alegórica, mas com certeza todas vinculadas ao médium local. E por isto sofre influencia da cultura e época, mas tem uma forte ligação cármica5com o médium. Por isto estas diferenças de nomes, na realidade todos buscam elogia - lá e transmitir uma maior intimidade.
A postura, a maneira de falar, dançar, vestir tem mais a ver com a conduta intelectual dos médiuns do que com as personalidades individuais das Pombas-gira. Seu arquétipo lhe descrever que é um tipo de entidade feminina de personalidade amigável, simpática, sensual, comunicativa, mas exige respeito e é muito reservada, sempre tem uma presença de nobreza em seu estilo de ser. Mas não se deixe enganar, ela é temida por sua frieza e seu jeito implacável nas demandas. Conta companheiras fiéis dentro da ordem das falanges ( Pomba Giras e Exus), são extremamente fortes, não deixa os obsessores; como os Eguns, Kiumbas ou mesmo os espíritos Zombateiros dominarem a situação.
Seus Adeptos
Seus seguidores do sexo feminino são geralmente mulheres, belas, bonitas, atraentes, sensuais e são dominadoras de personalidade muito forte, sabem amar como ninguém, mas com a mesma facilidade sabem odiar seus parceiros amorosos. Maria Padilha é protetora das prostitutas gosta do luxo e do sexo adora a lua, mas odeia o sol.
Homem que incorpora Maria Padilha ou pomba-gira é, fira gay?
Procuramos entender que as entidades e os orixás são energias que podem ser femininas ou masculinas, mas o sexo em si, não existe. É evidente que se no mundo material existem homens e mulheres, no astral isso também ocorre para que haja a perfeita hegemonia universal. Isto é o espirito ainda não tem seu total comprometimento da sua nova vida espiritual.
Vejam como o preconceito ou a falta de informação existe.
- Alguma vez você viu alguma mãe no santo ser tachada de haver se masculinizado já que incorpora tantos espíritos masculinos? Eu mesmo respondo. Não!
A última coisa que interessa a qualquer entidade seja de que energia for é sua opção sexual. E ela jamais afetará ou mudará nada em sua vida apenas por estar usando seu corpo para a caridade. Existem, sim, muitos, médiuns homossexuais, mas não foram levados a essa opção por espírito ou orixá algum. Já chegaram à religião com sua opção sexual definida. A religião Afro não julgar e nem obrigar a ninguém, sentem-se em liberdade para mostrarem-se como são. O que realmente acontecer em muitos casos de exageros, é o médium, sendo consciente, libera mais seu lado feminino quando nessas incorporações. Isso, porém é um fato que cabe a cada pai ou mãe no santo conter para que não se ultrapassem limites.
Maria Padilha mesmo sento um espirito feminino pode sim incorpora em homem, assim como nenhuma mulher pode se tornar prostituta só por causa da pomba gira, não tem incoerência mais absurda do que uma mulher fala que ira mentalizar uma pomba gira para da a um homem uma noite inesquecível. Isto sim é passar um atestado publico de incompetência.
Seu Gosto
Bebe Champanhe, Licor de Anis, Martini e outras bebidas doces. Fuma cigarros e cigarrilhas; gosta de joia e acessório dourados e brilhantes; gosta de trajes de luxo nas cores negro, vermelho, dourado e dependendo da linha de atuação o branco; recebe suas oferendas8nos lugares indicados por seus médiuns e por elas quando incorporadas. Muitas vezes as suas oferendas são compostas de cigarros, champanhe, rosas vermelhas, perfumes, anéis, gargantilhas, batom, pentes, espelho, farofa feita com azeite de dendê, sacrifício galinha vermelha, cabra e pata preta. Gosta que suas obrigações sejam geralmente arriadas nas encruzilhadas em forma de T.
Maria Padilha é exibicionista por natureza, gosta de ser vista e admirada, adora musica, é uma ótima bailarina, conhecer passos da dança cigana e dança espanhola. Nas suas danças saber mexer seu corpo de uma forma bastante sensual, seu porte ativo, majestoso combinação precisa com seus movimentos plenamente avassaladores para seduzir seus telespectadores.
SUA HISTORIA
Muitas são as versões de histórias contadas sobre a vida de Maria Padilha quando encarnada. Vale ressaltar que como são milhares de mulheres (espíritos) que trabalham nessa falange, cada uma traz seu relato de quando era viva. Maria Helena Farelli em sua obra bibliográfica, após diversas pesquisas de campo, divulgou o que poderia ser a história da Líder dessa enorme falange. Nara a historia que Dom Pedro apaixonou-se loucamente por ela e que se amolecia todo em seus braços, está dito no próprio romance espanhol. Eis parte dos relatos de Maria Padilha:
Sou branca, não negra, como os Orixás a quem sirvo. Não vim da Nigéria, nasci na Espanha. Não fui rainha, mas usei coroa; por isso ainda uso, é meu direito. Quem me deu a primeira coroa, feita de ouro, esmeraldas, rubis e opalas foi o meu amor, o rei Dom Pedro I de Castela6, a quem o povo espanhol chamou 'o Cruel'.
Fui amante do rei de Espanha no tempo em que lá havia mouros e judeus, lá pelos anos de mil trezentos e pouco. Andei em Andaluzia e reinei em Castela, nos fortes e nos palácios; andei em corridas de touros miuras, viguapos toureiros, grandes espadachins, belos e magros bailarinos de flamenco, e fui muito amada. Não fui a Rainha, ela se chamava Dona Blanca de Borbon, viera da França e era muito sem-graça. Só a mim o rei amou; por mim gemeu e uivou como um cão sem dono num cais da Espanha mourisca. A meus pés ficou como um crente numa capela. Eu fui a dona do dono da terra Andaluza."
Para alguns da época Padilha com a ajuda de feiticeiros e bruxas realizou muitas magias para manter o amor do rei Dom Pedro. E segundo a própria Padilha, suas maiores bruxarias foram feitas na cidade Elche, a cerca de 30 km a sudoeste de Alicante. Como relada a própria Padilha foi certa vez com seus amigos procurar o local onde, segundo a tradição, havia uma estátua, enterrada séculos antes por magos, e que era dada a feitiços fortes: A Dama de Elche.7 Sua origem é desconhecida; mas as joias que a cobrem não são de origem grega nem romana, nem vem do reino visigodo: elas vieram de Cartago, no norte da África, região com que a antiga população de Elche tinha contato e cujo rei Aníbal, o Conquistador, andou pelo sul da Espanha. Depois de tanto tempo enterrada, chegara a hora de seu feitiço tão antigo ser usado pela amante do rei. Assim contou Padilha:
"Com sete espadas encantadas e um punhal de ouro, fechei meu corpo em Elche. A Dama me olhava. O Céu ficou todo negro. Relâmpagos cruzarem os céus na hora mágica desse rito antigo. Meus sacerdotes de magia negra usavam capuzes. Meu bobo da corte também estava lá, como a vítima sacrificial de um rito pré-histórico; ele trabalhou na magia com sua força, que é a dos feios, solitários e ridicularizados. Havia ainda um bode negro, com os chifres enfeitados de flores, semelhantes aos belos bodes de Sabá pintados mais tarde por Goya8; era o símbolo do Diabo, o portador do mal, ligado aos bobos e aos anômalos9; era o centro da cerimônia. Também havia um caduceu, o bastão do poder mágico, o eixo do mundo, com as duas serpentes entrelaçadas e um capacete com pequenas asas no alto. O sacerdote invocou os deuses planetários:
- Shamash, o deus Sol; Sin, a Lua; Marduk, de Júpiter;Ninib, o Tempo; Nergal, a Guerra.
E desde então meu corpo ficou fechado. Voei em um dragão coroado, ígneo, que vence tudo.
Padilha também aprendeu feitiços nos sabás das bruxas10. Talvez a mais importante feitiçaria ligada a Padilha seja a que fez com que D. Pedro abandonasse a esposa. Uma lenda andaluza, inscrita em uma fonte de Água, conta essa história; Em resumo;
Padilha furtou de uma igreja, um cinto que acreditava ter pertencido a um santo, sendo um objeto de culto. Com a ajuda de um feiticeiro, Padilha enfeitiçou o cinto, e sabendo que Dona Blanca, Rainha e esposa de Dom Pedro, havia o presenteado com um cinto de ouro, trocou pelo cinto enfeitiçado. Na noite de núpcias, o rei usando o cinto presenteado, sob à presença de um bispo inquisidor e de um franciscano velho, o cinto se moveu, sibilou e transformou-se em uma cobra, pronta para morder o rei. Em meio a esse fato, Dona Blanca foi abandonada pelo Rei e condenada a morte pela igreja por um ator de bruxaria.
A ORIGEM DO PODER DA FAMILIA PADILLA
Antiga Família Padilla11, em Castela, na Espanha Ibérica, pertencente a Dinastia de Borgonha12. Padilha foi uma família efetivamente ligada à Casa Real Portuguesa, com vínculos à Casa Real Espanhola, e a todas as demais casas reais da Europa, e dela houve quatro Mestres da Calatrava e um de Santiago e, durante muito tempo, o cargo de Adiantado-Mor de Castela.
O nome Padilha originou-se do nome da nobreza espanhola Padilla, mais o nome ganhou força especificamente de D Maria de Padilla, mais conhecida como Maria Padilha, a amante, conselheira e, posteriormente, esposa de Dom Pedro I de Castela. Maria de Padilla filha de Juan Garcez de Padilla, o senhor de Villagera, e de Maria de Henestrona. Alguns séculos depois da época do lendário Dom João III, existia um lugar denominado Padilla, em Miranda de Castro Xerez, próximo de Burgos, o qual foi povoado por Dom Pedro I de (Rei de Castela e Leão, filho de Maria de Portugal e Afonso XI de Castela). Em uma de suas províncias Palencia vivia a suntuosa Maria de Padilla.
Significado: O termo Padilha é a pronuncia, aportuguesada, originária da palavra espanhola padilla, em castelhano, é o nome dado a uma ferramenta utilizada por padeiros; também podendo se referir a um determinado tipo de forno de pedra, ao qual se utilizavam pás de cabo longo para posicionar os alimentos no interior. O nome Padilha foi adotado pelos descendentes de Maria de Padilla, a qual teve o nome alterado para Maria Padilha após seu casamento com Dom Pedro I de Castela.
O Nome Padilla Ganha Poder e imortalidade
No dia 25 de Fevereiro de 1353, Branca de Bourbon chegava de Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona, mas seu pretendente Pedro I encontrava-se em Torrijos com Maria de Padilla prestes a dar à luz. Em 03 de Junho, do mesmo ano, houve a cerimônia da boda de Pedro de Castela com Branca de Bourbon. Mas três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán , onde Maria de Padilla o aguardava. Após uma breve reconciliação com Branca Bourbon em Valladolid, Dom Pedro I partiu, juntamente com Maria de Padilla, para Olmedo, onde se casou, secretamente, com Maria e abandonou definitivamente sua esposa. Com a realização do casamento com agora rei Pedro I de Castela, Maria de Padilla muda seu nome para Maria Padilha (troca o LL por LH) para adequar-se a pronúncia dialética de Olmedo Nascendo, assim a linhagem da família Padilha. A Casa Real de Padilha.
O Outro lado das historias
Várias teorias e lendas têm surgido em torno da rejeição de Branca por parte de Pedro. Uns referem que a reputação de Branca se encontrava manchada, pois havia tido um caso com Fadrique, irmão bastardo do rei, durante a sua viagem a Castela, mas este nem se lhe acercara nem era do seu séquito.
A outras historia defende que o amor a Maria de Padilla era maior que o casamento a que se havia proposto. O certo é que a causa se encontra na correspondência entre Pedro e Inocêncio VI, em que este exorta Pedro a receber Branca como esposa ao que o rei responde que "certas confissões" de Branca o haviam feito sentir enganado e que não podia continuar com o matrimónio.
O mais provável é que, a sós, e uma vez que nada tinham a perder visto já serem marido e mulher, Branca teria confessado ao esposo que o rei não possuía o capital necessário para lhe pagar, o que poderia ser uma das causas da sua tão tardia chegada a Castela. Com esta revelação, ter-se-á zangado e descarregado em Branca, simplesmente deixando-a só, num reino que mal conhecia.
Porem a á historia do partido político, adverso a D Pedro, descobre que ele havia se casado, secretamente, com Maria Padilha e exerce pressão política contra o reinado de Pedro.
Sabe-se que um ano depois Pedro teria pedido às autoridades eclesiásticas castelhanas que anulassem o seu casamento com Branca. Alguns historiadores duvidam da veracidade destas palavras. Nas cartas do Papa Inocêncio VI em que lhe dizia que Pedro era submetido a grandes privações, por ter abandonado sua esposa Branca. Pedro envia Branca para Arévalo e depois para o Alcázar de Toledo, aonde ela troca cartas com o Papa.
Apesar de tudo, estas cartas foram à salvação de Branca, tornaram-se rápida e convenientemente públicas, o povo toledano rapidamente se rebela contra o rei e passa a apoiar Branca, a que se unem mais aos nobres. Branca abandona assim o Alcázar, desobedecendo ao esposo, e refugia-se na Catedral, de onde organiza os seus apoiantes e lhes dá ajuda económica para a sua causa. O rei chegou inclusivamente a cair prisioneiro em Toro, mas consegue fugir graças à ajuda da tia, Leonor, e dos primos aragoneses.
Entre 1355 e 1359 Pedro consegue confinar Branca no Castelo de Sigüenza e depois em El Puerto de Santa Maria, provavelmente conhecido atualmente como Castelo de Dona Blanca. Enquanto isso o rei regressava ao castelo de Uruena, em Valladolid, onde se encontrava a sua amante e agora esposa, Maria de Padilha, vivendo com ela definitivamente.
Saber-se que Don Beltran de la Sierra, núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa. O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa. Em 1361, Pedro com seus 25 anos de idade enviou Branca para Medina Sidónia, para mantê-la longe dos seus conflitos também com o rei Aragão. Foi aí que acabou envenenada pelo ballestero Juan Perez de Rebolledo.
A morte de Branca alienou Carlos V de França, cunhado da morta, dando pretexto à intervenção da França na guerra castelhana em favor do bastardo Henrique de Trastâmara, que acabou por ganhar o trono após a morte do irmão, (D Pedro I) A família de Branca viria a governar Espanha depois da Guerra de Sucessão Espanhola em 1700.
Depois do seu assassinato, o cadáver de Branca foi sepultado no Mosteiro de San Francisco de Jerez de la Frontera, e o sepulcro permaneceu na capela maior da igreja até que Isabel I de Castela ordenou a sua trasladação para o altar maior. O sepulcro é de mármor e está adornado com os brasões de Castela e Bourbon.
No altar está a seguinte inscrição:
"CHR. OPT. MAX. SACRUM. DIVA BLANCA, HISPANIARUM REGINA, PATRE BORBONICO, EX INCLITA FRANCORUM REGUM PROSAPIA, MORIBUS ET CORPORE VENUSTISSIMA FUIT: SED PRAEVALENTE PELLICE, OCCUBUIT JUSSU PETRI MARITI CRUDELI, ANNO SALUTIS 1361, AETATIS VERO SUAE 25."
"Consagrada a Cristo Sumo Benfeitor e Todopoderoso Nosso Senhor, Dona Branca Rainha das Espanhas, filha de Bourbon, descendente da ínclita linhagem dos reis de França, foi grandemente formosa de corpo e costumes, mas prevalecendo a manceba, foi morta a mando do rei D. Pedro I o Cruel seu marido. Ano de Saúde de 1361. Sendo ela de 25 anos de idade."
O AMOR DO REI E DE PADILHA É RECONHECIDO
Alguns meses após a morte de Branca de Bourbon, Maria Padilla morre morreu antes do Rei de Castela, durante a pandemia da grande peste bubônica de 136113, e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha e seus restos mortais são sepultados nos jardins de seu castelo em Astudillo, onde ela havia fundado um convento.
Dom Pedro I de Castela nunca se conformou com a morte prematura de sua amada, a eterna Maria Padilha, tanto que um ano depois, em uma Corte celebrada em Sevilha, declarou diante dos nobres que sua primeira e única esposa havia sido Dona Maria Padilha. O Arcebispo de Toledo considerando justas e honrosas as razões que levaram Dom Pedro I de Castela a abandonar Branca de Bourbon, tendo em vista os conflitos com os Franceses, Pedro I deparou-se com uma Corte disposta a ratificar a afirmação de seu rei e assumir Maria Padilha como a legítima rainha. Com a confirmação de que Maria Padilha foi a única esposa do rei Dom Pedro I de Castela, seus restos mortais foram transferidos para a Capela dos Reis na Catedral de Sevilla.
MARIA PADILHA NO MUNDO ESPIRITUAL
No século XVII, o nome de Maria Padilha figura nas palavras encantatórias e de conjuro de três mulheres acusadas de feitiçaria e julgadas pelos tribunais da inquisição de Portugal. Trata-se de
Luísa Maria (processo 7840, ano 1640),
Manuela de Jesus (processo 761, ano 1662) e de
Maria de Seixas (processo 74, ano 1673).
Todas as três invocam em seus conjuros14 os poderes de Maria Padilha e toda a sua quadrilha. Um exemplo extraído dos arquivos nacionais da Torre do Tombo de Lisboa confirma:
“Dona Maria Padilha e toda a sua quadrilha, traga-me fulano pelos ares e pelos ventos. Marta, a perdida, que pelo amor de um homem foi ao inferno, rogo-lhe de conceder um pouco do seu amor a fulano, que não consiga dormir, e que não tenha repouso até que a mim se junte” (processo 7840, Luísa Maria, auto da- fé de 1640).
A amante má do rei de Castela, Maria de Padilha, tornou-se aqui objeto de conjuro do mal para fins amorosos e de “amarração”.
MARIA PADILHA ROMPE SEU LINEAR CULTURAL
Nos arquivos da inquisição portuguesa do século XVIII, a respeito das mulheres degredadas para o Brasil, veio à feiticeira Antônia Maria, que jurava por;
“Barrarás, Satanás, Caifás, Maria Padilha e toda a sua quadrilha”
A feiticeira Antônia Maria e a outra feiticeira, Joana de Andrade fora degradada primeiramente para Angola pelo tribunal da inquisição em 1713, depois veio para o brasil para a cidade de Pernambuco em torno do ano de 1715,Mais tarde, as duas mulheres brigaram por ciúme e prestígio profissional. Joana de Andrade acusa então Antônia de ir longe demais a suas práticas. Os relatos dos conhecimentos e das ações mágicas de Antônia incluem numerosas encantações e elementos provindos dos conhecimentos indígenas do Norte do país, tais como “as encantação da cabra preta15”, praticada no estado do Pará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba, de acordo com os estudos de Mário de Andrade (1963). Tudo indica que os ares da colônia contribuíram para acentuar a vocação demoníaca das mulheres.
Então assim podemos deduzi que foi por intermédio destas mulheres portuguesas acusadas de feitiçaria que são degredadas para o Brasil que Maria Padilha faz sua entrada no universo da magia e da feitiçaria popular no país16. Assim por um longo processo de assimilação e aculturação, Maria Padilha torna-se pomba-gira, entidade de Umbanda, sendo figura central no universo dos exus.
SUA CHEGADA AO BRASIL
As histórias de desamor e matrimônio que uniram uma rainha, um rei e sua amante, contada pelos trovadores por toda a Ibéria, reforçaram o poder de milhares de mito de Padilha17. Vindos da Espanha, trazidas pelas canções dos trovadores, a história densa “mala mujer" penetrou em Portugal e lá fez tradição entre as feiticeiras. Na Lisboa setecentista18, as bruxas usavam sortilégios19 de que Padilha participava em espírito. Apesar das perseguições, e as admiração das rezadeiras pela alma de Padilha só fez crescer. Para ela fizeram seus conjuros (pedidos) e suas invocações fortes. Muitas destas condenadas foram deportadas para o Brasil. Terra de degredados, de índios, assassinos, homens não cristãos, ciganos e principalmente de protestantes em busca de riqueza nesta terra de Arabutã, de pau-brasil, de Vera Cruz, de Santa Cruz; foram viver em Pernambuco, terra para onde eram mandados os que não eram aceitos na sociedade cristã lisboeta, com batinas por toda parte e com batinas no poder.
Assim, Padilha não veio da África como os negros e seus orixás. Ela veio nas lendas e historia dos colonos portugueses, com as suas supersticiosas e seus amores doentios. Veio no meio dos baús de madeira, das velas de sebo de Holanda, junto com bentinhos, escapulários, rosários, lobisomens e mulas-sem-cabeça.
No Brasil ela se misturou com os ritos de origem africana; primeiro nos catimbós do Nordeste, depois nos cultos de Angola, na umbanda e na quimbanda do Rio de Janeiro. Falar em Maria Padilha é falar na pomba-gira mais temida e respeitada do país. Essa combinação das histórias do imaginário popular e literário, e a Sínteses de historia de Espanha confirma a existência de Maria de Padilha e a paixão do rei dom Pedro.20
Uma nova cultura um novo casamento uma novas historias
É por isso que Padilha tornou-se a mais famosa, a rainha, a mulher de Lúcifer. Sua primeira manifestação na nova terra foi quando "baixou" em um tore. Foi em uma quarta-feira, dia de reunião do tore21, que uma mestra balbuciou algo em língua estrangeira e começou a gargalhar. Quem chegara não fora um espírito jurema do nem uma mestra Flor; era um espírito desconhecido. Não tinha sangue de índio (sangue "reá"), mas era rainha. Não vinha das aldeias de Laje Grande, Barros de Tauá, Jurema, Pedra Branca ou Ioruba, mas sim do estrangeiro. Não quis vela, preferiu cigarro; e pegou firme no médium. Seu nome, disse entre risos: Maria Padilha, e disse que não vinha para ficar, mas estava só de passagem.
De outra vez, ela foi vista na marujada22, onde cristãos e mouros (representação) guerreavam igualzinho como faziam em sua Castela. E dançou dando risadas tão fortes que a banda parou. Um sacristão se benzeu:
-A quilo era arte do Tinhoso, era sim...
Padilha passou deixando um rastro de perfume que encantou a moçada, fazendo a festa ficar mais quente. Nunca uma marujada teve tantos beijos, chupões, mordidos e promessas de paixão. Até moça fugiu de casa, contam os marujos. Na noite seguinte, metida em saias engomadas, Padilha "acostou" em uma festa afro-brasileira, o maracatu, um cortejo de influência africana, com estreita ligação com os terreiros nagôs23. Ali havia a presença de um rei e de uma rainha, a figura dominante da festa; e disso Padilha entendia bem. Entrando pela cabeça da Rainha do cortejo, Padilha rebolou a noite toda. Na figura da boneca que vinha na frente do cortejo, reconheceu feitiços de seu tempo na Terra. E riu sua risada diabólica, soltou tanto veneno que o cortejo virou a noite na vadiação.
A “Nação Leão Coroado24" parou assustado ao ver passar o cortejo onde Padilha bailava solta, nuvem de fumaça da fogueira do inferno, dama do pé de cabra espanhola, sambando na corte de um antigo rei negro. Os caboclos de lança africanos, segundo consta, brincam atuados, a reconheceram e gritaram em coro:
- Viva Exu, viva a mulher de Exu!
E perguntaram:- Qual é seu nome, dona da festa?
Ela respondeu: Sou a rainha Maria Padilha e vim para festejar...
No antigo cortejo25 nigeriano em louvor a Oxum26 chegara mais uma Lebara27, branca, diferente, a mais quente de todas. Estava formando o elo entre a macumba brasileira e o mito ibérico da grande amante feiticeira andaluza. E Padilha ficou no Nordeste. Já no séc. XVIII, no tempo em que feitiça era coisa muito escondida no Brasil. Do nordeste, o culto de Padilha foi levado para os terreiros do Rio de Janeiro e Salvador, fazendo assim, seu nome crescer e se perpetuar por toda a Umbanda e Candomblé.
CONCLUÇÃO
A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato. Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controversas. Ser saber que ela realmente viveu a muito tempo atrás na França, a uma lenda que diz que ela foi dona de uma casa de damas (Cabaré), todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade. Isso tudo ao menos é o que dizem as lendas. O que entendo é que todos os nomes hoje citados são os de guerra e estão longe de revelar os verdadeiros nomes dessas entidades. Além do mais, Maria Padilha é só uma entidade que tem uma falange em evolução.
1- APENDICE
D. Pedro I de Castela, cognominado o Cruel, Foi.
Filho de Maria de Portugal (1.313–1.357, "A formosíssima Maria" d'Os Lusíadas de Luís de Camões e de Afonso XI de Castela 1.311–1.350 28 )
Neto materno de Afonso IV de Portugal (1.291–1.357) e de Beatriz de Castela (1.293–1.359)
Sobrinho do homónimo29Pedro I de Portugal.
Único varão legítimo de Maria de Portugal e de Afonso XI, Pedro subiu ao trono após a morte do pai, em 1.35030. Pedro foi sempre apoiado pela mãe, a Rainha Maria, e pelos seus avós maternos. Era muito estimado pelo seu povo. Sua morte deu-se por assassinado em 1.369 pelo seu meio-irmão Henrique de Trastâmara, o qual veio a ser rei, como Henrique II de Castela31.
Durante o seu reinado, cometeu muitas atrocidades entre as quais, mantou assassinar, Leonor Núnez de Guzmán (Leonor de Gusmão, Sevilha, 1.310, Talavera de la Reina32, 1.351) era filha de Joana Ponce de Leão, bisneta do rei Afonso IX de Leão e de Pedro Nunes de Gusmão, pertencente à poderosa Casa de Gusmão.Que era a amante do seu pai, Afonso XI, como resposta à infelicidade da sua mãe. E os castigo que recebia com severidade e demasiadamente, mas dentro do espírito da época que Leonor fazia. Esta humilhação criar no menino um caráter amargo.
Sua mãe trouxera como mordomo-mor João Afonso de Albuquerque (1.280-1.354), que ficou conhecido como o Conde de Albuquerque, que se tornou aio33 privado da Rainha e tutor dos seus filhos. Ficou encarregado da educação de D. Pedro, quer ser tornou o homem-chave na preparação da criança, pois Pedro tinha apenas 15 anos de idade quando seu pai morreu. O Conde de Albuquerque Tornou-se o favorito do jovem rei que ser tornou um dos mais influentes políticos do reino. Ao quais favoreceu uma desmedida ambição ao menino. Souber fortalecer os laços políticos, criando uma aliança entre Castela e França.
Leonor de Gusmão Foi casada com Juan de Velasco, que faleceu sem lhe dar filhos, depois da morte do marido foi amante do rei Afonso XI de Castela, de quem teve vários filhos tais como:
1- Henrique II de Castela (1.333-1.379) (rei de 1.369 a 1.379) “ É quem mantou assassinar D Pedro I” - casou-se com Joana Manoel, Senhora de Vilhena, Escalona e Penafiel (1.339-1.381);
2- Sancho de Castela, conde de Albuquerque (1.342-1.374) - casou-se com Beatriz, Infanta de Portugal (1347-1381), filha do rei Pedro I de Portugal e da sua amante Inês de Castro.
3- Pedro Afonso de Castela, senhor de Aguilar.
4- Fadrique Afonso de Castela (1332-Sevilha, 1358), senhor de Haro casou com Leonor de Angulo.
5- Fernando Afonso de Castela, senhor Ledesma.
6- Telo Afonso de Castela, 1º senhor de Aguilar de Campo casou com Juana de Lara, 19ª senhora da Biscaia.
7- João Afonso de Castela, senhor de Badajoz e Jerez.
8- Pedro Afonso de Castela, senhor de Aguilar.
9- Juana Afonso de Castela casou com Fernando Rodrigues de Castro, conde de Trastamara casou com Tamarit de Litera e com Filipe de Aragão, barão de Castro e Peralta34.
O Conde de Albuquerque apresentou a Dom Pedro I, a Maria de Padilla, que logo foi introduzira na corte. Ela era filha de Juan Garcia de Padilla e Maria González de Henestrosa. Foi graças a Maria de Padilla, que em 1.353 (neste período passou a ser sua amante.) Que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo, casando-se com Branca de Bourbon35 (contra a vontade da própria Branca de Bourbon) como forma de fortalecer os laços políticos criando uma aliança entre Castella e França. E lhe valeu o apelido de Justiceiro. Maria Padilla passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões.
No dia 25 de fevereiro de 1.353, Branca de Bourbon, chegara a Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona, para assumir seu lugar como esposa de Dom Pedro I de Castela. Porem nesta data Pedro I ser encontrava em Torrijos com Maria de Padilla que estava prestes a dar à luz. Mais no dia 3 de junho houve a cerimônia de casamento de Pedro I de Castela com Branca de Bourbon, apadrinhada por Dom Juan Afonso de Albuquerque e sua tia Leonor de Aragão. E o Conde de Albuquerque ser tornou padrinho do casamento do rei Pedro e de Branca de Bourbon.
Mas três dias depois de casado, Pedro I abandona sua esposa e volta para a cidade de Puebla de Montalbán, onde Maria de Padilla se encontrava. E romper a aliança com a França.Dom Pedro I numa breve reconciliação com Maria Padilla, parte, para Olmedo, onde se casaram secretamente. Maria de Padilla e Dom Pedro I de Castela tiveram quatro filhos.
Beatriz, infanta de Castela (Córdoba, 23 de março de 1354-1369 Tordesillas), freira na Abadia de Santa Clara;
Constança, infanta de Castela (Castrojeriz, Castela, julho de 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leicester) casada em 21 de setembro de 1371 ,em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, João de Gante (Flandres 1340-1399)36
Isabel, infanta de Castela (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de novembro de 1393)
1º Casou-se em Hertford em 1º de março de 1372 com Edmundo de Langley (1341-1 de agosto de 1402), Conde de Cambridge, em 1385 Duque de York, irmão do precedente pois era o 4º filho de Eduardo III de Inglaterra.
2º Filipa de Hainaut. Tiveram três filhos: Ricardo (1375-1415), Conde de Cambridge; Constança e Eduardo Plantageneta (1373-1415);Conde de Rutland.
Afonso, príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362).
Seu meio-irmão37 conspirava com o rei de Aragão e rei da França, Carlos V, “o Sábio”.Contra Dom Pedro I, que com apoio do príncipe Negro38combateu-os, e mandou assassinar dois meios-irmãos e se tornou assim o Cruel.Mas depois foi injustamente acusado de simpatias pelos mouros e judeus. Enquanto isto as relações entre o rei e o seu favorito (conde Albuquerque) foram-se deteriorando devido tanto ao apoio de Albuquerque a uma aliança com a França num momento em que o rei começou a considerar uma aproximação à Inglaterra, como ao seu excesso de poder nos assuntos da cúria régia. O Conde Albuquerque retirou-se para sua terra em Extremamente dura "por medo de ser vítima de ira real" e, em seguida, voltou para Portugal. Os homens próximos a Albuquerque foram demitidos pelo Rei Pedro, para colocar em seu lugar os parentes de sua amante Maria de Padilla.
D Pedro I o justo ou cruel?
Para o historiador Fernão Lopes, hesitam no cognome de D. Pedro: se para uns foi "o Justiceiro", para outros foi "o Cruel" A sua ânsia em fazer justiça ficou manchada pelo prazer em executá-la pelas próprias mãos, incluindo a participação na tortura dos presos:
"Ele mesmo punha em eles a mão, quando via que confessar não queriam, ferindo-os cruelmente até que confessavam"...
O tormento fazia parte da justiça medieval e D. Pedro, epiléptico e gago, fez por merecer ambos os cognomes com que passou à história.
As amantes de D Pedro I
Segundo o dito maroto de Fernão Lopes39. As mulheres, D. Constança Manuel40, Inês de Castro41 e Teresa, D Pedro I, teve pelo menos mais uma paixão: o escudeiro Afonso Madeira, a quem "amava mais do que se deve aqui dizer", no dito maroto de Fernão Lopes.
“O escudeiro acabou mal. Meteu-se com uma dama da corte, o rei não gostou e – outra vez Fernão Lopes – mandou "cotar-lhe aqueles membros que os homens em mais apreço têm".Do mal o menos: ‘Afonso Madeira foi pensado e curou-se mas engrossou nas pernas e no corpo e viveu alguns anos com o rosto engelhado e sem barba".
Em 1345, Constança morreu num parto, e o príncipe D Pedro, se viu liberto das amarras do casamento de conveniência aos 24 anos de idade. Logo trouxe de volta sua amante Inês para Coimbra, instalando-a em um palácio perto do mosteiro de Santa Clara, que podia ser avistado de seu quarto.
Em 1347, Inês deu à luz ao primeiro de quatro filhos com D. Pedro e Inês viviam seu grande amor. Mas o povo comentava e condenava o adultério, e considerada a peste negra, como um sinal da cólera de Deus, que chegava à região. 42
CRONOLOGIA
1320 Nasce o infante Pedro, filho do rei Afonso IV
1336 Pedro casa-se com dona Constança
1344 Afonso IV manda Inês de Castro para o exílio, para dar fim ao caso extraconjugal dela com Pedro
1345 Dona Constança morre no parto. Viúvo, Pedro assume seu romance com Inês
1355 Três assassinos enviados por Afonso IV matam Inês de Castro no dia 7 de janeiro. Depois de saber da morte da amada, Pedro lidera uma revolta contra o rei. A guerra entre pai e filho termina com um acordo, em agosto do mesmo ano.
1357 Afonso IV morre e Pedro assume o poder em Portugal
1360 Pedro declara ter se casado secretamente com Inês de Castro, legitimando assim seus quatro filhos, e transporta o corpo da “rainha morta” para o mosteiro Real de Alcobaça
1367 Morte de Pedro I. Sua tumba é colocada de frente para a de Inês UMA
IMPRESSIONANTE DESCENDÊNCIA
Os nascidos do amor de Inês de Castro e Pedro I se espalharam pelas casas reais europeias, o que levou o pesquisador Jorge de Sena a constatar que, na virada do século XV para XVI, “a maior parte da Europa coroada descendia de Inês”.
(Parte 3 de 3)
- Princesa Beatriz (1347-1381), casou com um filho bastardo do rei de Castela, chamado Sancho de Albuquerque (1339- 1374).
- Leonor Urraca (1374-1435), filha do casal e neta de Inês, virou esposa de d. Fernando (1380-1416),
- O poderoso rei de Aragão, Sicília, Nápoles, Valência e Maiorca.
A partir daí, a lista de descendentes de Inês de Castro se torna mais impressionante. Por volta de 1500, passa a incluir o imperador da Germânia Maximiliano I (1459-1519) e D. Manuel I (1469-1521), que reinou em Portugal durante as descobertas marítimas.
O trovador Garcia de Rezende viu nisso uma vitória póstuma de Inês. Pelo sucesso dos frutos da sua relação com Pedro, ela teria vencido o trágico destino, porque o amor daria “galardão” (recompensa). Concluía o poeta, como conselho para as jovens do século XVI: “Não deixe ninguém de amar”.43
O OUTRO LADO DO AMOR DE D PEDRO I
Nas crônicas de Ayala, Maria de Padilha tem um total de citações de quarenta e cinco capítulos que se dividem ao longo da narrativa composta pela compartimentação de vinte anos. Desta forma, já pudemos perceber seu destacado papel na narrativa, pois fora Maria de Padilha a mulher mais importante da vida de D. Pedro, mesmo tendo sido este monarca um homem de muitas mulheres.44
E já nas crônicas de Fernão Lopes, Maria de Padilha é a segunda mulher mais citada na Crônica de D. Pedro I; vindo atrás somente de Inês de Castro, a amante e mulher mais importante da vida do monarca português Pedro. A amante de Pedro Cruel teve ao total no texto lopeano presença em seis capítulos.
FOTOS
Soberano castelhano (1350-1369) nascido em Burgos, Castela, personalidade de destaque na guerra civil castelhana do século XIV. Filho de Afonso XI de Castela (1311-1350) e de Maria de Portugal (1313-1357) assumiu o trono com apenas 15 anos de idade, após a morte do pai (1350), e ganhou o cognome de O Cruel pelo fato de que durante o seu reinado.45
Maria Padilha Nascida na Espanha Medieval teve o amor do rei Dom Pedro I de Castela. Era uma jovem muito sedutora.Viveu entre o ano de 1.300 à 1.400. Viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela.
REFERÊNCIAS:
FARELLI, Maria Helena. Os Conjuros de Maria Padilha, A verdadeira História da Rainha Padilha, de seus trabalhos de magia e de suas rezas infalíveis. 3ªed. Rio de Janeiro: Palas Editora, 2006
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B3nica_de_D._PedroCrónica de D. Pedro
https://pinheiromario.wordpress.com/2009/01/11/d-pedro-i-o-rei-cruel-obcecado-e-bissexual/
https://lilamenez.wordpress.com/tag/maria-padilha/
http://www.amarracoesdefinitivas.com/maria-padilha-historia/
http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/1024/752
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000400018&script=sci_arttext
1Umbanda: É uma religião brasileira formada através de elementos de outras religiões como o catolicismo ou espiritismo juntando ainda elementos da cultura africana e indígena. A palavra é derivada de "Umbanda" ou "embanda" são oriundos da língua quimbunda de Angola, significando "magia", "arte de curar”. Há também a suposição de uma origem em um mantra na Língua adâmica cujo significado seria "conjunto das leis divinas" ou "deus ao nosso lado”. A umbanda tem origem nas senzalas em reuniões onde os escravos vindos da África louvavam os seus deuses através de danças e cânticos e incorporavam espíritos. Os cultos se assemelham ao candomblé, no entanto, são religiões que possuem práticas distintas. Umbanda Tradicional, criada no Rio de Janeiro pelo jovem Zélio Fernandino de Moraes; Umbandomblé ou Umbanda Traçada, onde um mesmo sacerdote pode realizar sessões distintas de umbanda ou de candomblé; Umbanda Branca: utiliza elementos espíritas, kardecistas e os adeptos usam roupas brancas; Umbanda de Caboclo: forte influência da cultura indígena brasileira. E no dia 15 de novembro é considerado como a data oficial do surgimento da Umbanda pelos seus adeptos no Brasil em 18 de maio de 2012 através da Lei 12.644.
2Quimbanda: É um conceito religioso de origem afro-brasileira, presente na Umbanda, ainda controverso quanto a sua real definição na atualidade. Por vezes, é classificada como uma religião autônoma. Por alguns como o lado esquerdo (polo negativo) da Umbanda. Para seus adeptos a Quimbanda possui todo o conhecimento do mundo astral, inclusive da magia negra, para aqueles a que podem ajudar a fazer o bem. Suas entidades vibram nas matas, cemitérios e encruzilhadas, também conhecidos como "Povo da Rua" e abrangem os mensageiros ou guardiões Exus e Pomba-gira. A Quimbanda trabalha mais diretamente com os exus e pomba giras, também chamados de povos de rua, Estas entidades, de acordo com a cosmologia umbandista, manipulam forças negativas, o que não significa que sejam malignos. Geralmente estão presentes em lugares onde possam haver kiumbas, obsessores, também conhecidos como espíritos atrasados. A entrega de oferendas é comum na Quimbanda, assim como na Umbanda, mas variam de acordo com cada entidade.
Candomblé: É um culto ou religião de origem africana que foi trazida para o Brasil pelos escravos. Para alguns historiadores indicam que o candomblé foi trazido por escravos oriundos de países atualmente conhecidos como Nigéria e República do Benim.Os adeptos do candomblé prestam culto e adoram os orixás, que são deuses ou divindades africanas que representam as forças da Natureza. Os rituais do candomblé são liderados pela mãe-de-santo ou pai-de-santo, sendo que existe uma hierarquia definida. Muitas vezes os rituais são caracterizados por danças em adoração ao orixá, que encarnam no filho ou filha de santo. As manifestações ocorrem nas casas ou terreiros, onde existem altares. Cada orixá tem um dia específico e mesmo alimentos próprios, que alguns seguidores evitam comer alguns alimentos que são considerados proibidos ou não aconselhados. Nos dias de hoje, os rituais do candomblé fazem parte da cultura brasileira, sendo um elemento importante do folclore e estando em presente em várias tradições. Para os adeptos do candomblé os Orixás são deuses ou divindades que foram grandes figuras históricas e atingiram uma elevação espiritual. Diferente da Umbanda, aonde os Orixás são espíritos de anciãos que podem ser parentes já mortos, e muitas vezes podendo ser bons ou maus.
3Energias dos Orixás: Esta energia aqui significa o campo aonde cada orixá representa como força da natureza, e por isto podem influencia tanto o desencarnado como o Ser vivo.
4Segundo o dicionário da Umbanda; Falange significa uma subdivisão de Linhas onde cada Falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma. Neste caso seria a falange da Maria Padilha, aonde todas as Pombas Giras dar-se o respeito a sua líder. Esta falange costuma ajudar os seus adeptos e pedintes a resolver questões amorosas e matérias e também em outras áreas da vida humana, logico cada uma dentro da sua área de afinidade. sua posição dentro do grupo é identificada pelo nível de suas vibrações espirituais, pois muitas destas (Mulheres) viveram como nobres entre os anos de 1.400 e 1.800, por isto as ricas e muitas historias.
5Relação kármica: É quando temos elos fortes e predestinados, isto é em outras vidas deixamos uma divida com aquela pessoa.
Obsessores: Aqui perdendo deixa claro que pode ser Egum, Kiumbas
Na raiz yoruba egun que é um termo das religiões de matriz africana que designa a alma ou espírito de qualquer pessoa falecida, iniciada ou não. Gostaria de usa o termo "egum" pois é mais abrangente, pode se referir tanto a um espírito considerado "evoluído", "de luz", como a um espírito de um parente, ou a um espírito desorientado obsessor que precisa ser afastado. Kiumbas, Quiumbas ou Exus pagãos, são espíritos trevosos ou obsessores. São espíritos que se encontram desajustados perante à Lei tanto dos vivos quando a leis espirituais e eles provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. Se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio, são malfeitores do campo astral (espíritos sem luz). Na maioria das vezes são atraídos pelo campo magnético dos vivo, pois a semelhança do padrão vibratório os atrair. Os Espíritos levianos e zombeteiros se aproximam das pessoas que lhes favorecem a aproximação. Tem quer haver uma sintonia entre os dois, (vivo e o morto) para que possam entrosar os sentimentos.
8Oferenda: Agrado, obrigação, ebó, adimu, cada uma entidade tem um local próprio para receber seus ebós.
6Historia sobre D Pedro I de Castela estará no Apêndice no final
7 A estatueta, um busto de mulher ligeiramente curvado e com uma incisão aberta nas costas, usando grandes argolas nas orelhas, foi um antigo objeto de adoração. A imagem da Dama de Elche leva-nos de volta para as mulheres que pertenciam à aristocracia, fazendo parte da classe dominante pelo seu vestido e da grande quantidade de joias que ela usa.
8Francisco José de Goya y Lucientes (Fuendetodos, 30 de março de 1746 — Bordéus, 15 ou 16 de abril de 1828) foi um pintor gravador espanhol.
9Anómalo, fora da norma; contrário à ordem estabelecida; diz-se dos verbos irregulares na sua formação e conjugação; irregular; desigual; anormal; aberrante; excepcional; gênero de insetos himenópteros terebrastes.
10Os Sabá, são celebrações que a cada ano tanto as bruxas quando os Bruxos realizar os rituais originais antigos rituais que celebravam a passagem do ano de acordo com atestações, épocas de colheita e lactação de animais. Os Sabá, também conhecidos como a "A Roda do Ano", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo.
11http://archiver.rootsweb.ancestry.com/th/read/GEN-MEDIEVAL/1998-05/0895497863
12 Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (p. 928-932),
13Peste negra é o nome pela qual ficou conhecida, durante a Baixa Idade Média, a pandemia de peste bubônica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas (mais ou menos um terço da população europeia), sendo que alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões, aproximadamente metade da população da época.
14Conjuro significa uma invocação de um espíritos em alguma prática religiosa para fazer pedido.
15 A oração de cabra preta esta no livro de são Cipriano e é usado para amarração e trazer amor de volta.
16SOUZA, L. M. O diabo e a terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
17Romanceiro de Quevedo In Biblioteca de Autores Espanhóis, 1945
18Referente a Lisboa do século XVIII
19Sortilégio é um substantivo na língua portuguesa que se refere ao ato ou ação de enfeitiçar, encantar ou seduzir, através de atributos naturais ou artificiais. Etimologicamente, o termo "sortilégio" se originou do latim sortilegium, que significa "adivinhação”. Fonte: https://www.google.com.br
20Beretta y Ballesteros, apud Meyer, 1993
21O toré é uma tradição indígena de difícil demonstração substantiva por conta da variação semântica e das diversas formas de suas realizações práticas entre as sociedades indígenas. Fonte: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000400018&script=sci_arttext
22A marujada, também conhecida como fandango, é um folguedo típico das regiões Nordeste e Norte do Brasil. A marujada é considerada uma importante representação cultural, de caráter popular, do folclore brasileiro.
23"Nagô", nome pelo qual se tornaram conhecidos, no Brasil, os africanos provenientes da Iorubalândia. era a designação dada aos negros escravizados e vendidos na antiga Costa dos Escravos e que falavam o ioruba.
24Hoje é conhecido como a Maracatu Nação Leão Coroado Nação Nagô, ou de baque virado.
25Cortejo procissão, comitiva, por vezes pomposa, que segue pessoa ou grupo de pessoas.
26Oxum é um orixá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras.
27 A palavra Lebará significa para Tamíris: Não é nenhuma espécie de demônio relativo a prostituta. E sim uma entidade do Candomblé e Umbanda que em yorubá (lingua africana) se chama Lebará (sendo assim chamada na religião do Candomblé) e em português significa Pombo Gira (termo utilizado na Umbanda). É uma entidade (espirito) feminina que trás a força sexual e amor há ambos sexos. Fazendo sempre a caridade , jamais o mal. Adora rosas vermelhas e champanhe, também fuma cigarro e adora dançar. O antônimo da palavra "Lebará" é "Exu”. Lebará é esposa de Elegbará, dividindo o mesmo plano com ele, ela é a senhora da sedução, comanda a sexualidade feminina, a vaidade e o amor. Esbanjando sensualidade, encanta os homens com facilidade e resolve os problemas de amor mais difíceis, ajudando também aqueles que recorrem a ela. Envolve-se na vida dos seres humanos, tem um grande coração com quem a agrada e respeita, mas se mostra vingativa com aqueles que a desafiam.
28
29homónimo que disse aquele que tem o mesmo nome (de outro
30A morte do Rei Afonso XI de Castela deu-se na grande peste em 1350 conhecida mais tarde por todos como a peste negra ou peste bubônica. Os sintomas não deixavam dúvidas. A pessoa era atacada por uma febre de 40 graus, a vítima sentia crescer na virilha ou na axila um inchaço que assumia a forma de um doloroso furúnculo do tamanho de um ovo ou de uma laranja. Insônia e delírios complementavam o mal-estar, fazendo com que o a pessoa temesse tanto o sono como o despertar. No segundo ou no terceiro dia, seu a pessoa tinha o seu corpo estaria tomado por esses bubões. Se tivesse sorte, os caroços se abririam em pus, diminuindo a dor e a febre. Aí surgiriam as manchas pretas na pele. Ardendo, com feridas por todo o corpo. Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/grande-peste-433397.shtml
31A Dinastia de Trastâmara foi a dinastia que governou o reino de Castela de 1369 a 1516, pelo Compromisso de Caspe,
32Talavera de la Reina é um município da Espanha na província de Toledo, comunidade autónoma de Castilla-La Mancha, de área 192 km²
33A palavra "aio" vem de uma palavra grega que quer dizer, literalmente, "uma pessoa adulta que conduz uma criança". No período do Império Romano, eles eram servos responsáveis pela proteção dos filhos de seus senhores, levando-os para a escola, corrigindo-os, etc. Não foram os professores, nem os pais, mas serviam para cuidar da criança. É claro que esta função foi temporária. Quando o filho chegava à maioridade, não estava mais sujeito ao aio.
34Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. VI-pg. 55 (Gusmão).
35Branca era a segunda filha de Isabel de Valois, filha de Matilde de Châtillon, condessa de St-Pol e de Carlos de Valois, que era filho deFilipe III de França e Isabel de Aragão) e de Pedro I, Duque de Bourbon. Era irmã gémea da rainha Joana de Bourbon, esposa de Carlos V de França.
36Era Duque de Lencastre, filho de Eduardo III de Inglaterra e Filipa de Hainaut, viúvo desde 1369 de Branca de Lencastre. Foi pretendente de 1372 a 1387 ao trono castelhano, chegando a se intitular “Rei de Castela”. Teve uma filha, Catarina de Lancaster ou Gaunt (morta em 1418) que casou em 1388 com Henrique III de Castela (morto em 1406), irmão de Fernando III de Antequera, filhos de João I de Castela.
37Henrique II de Castela
38Eduardo de Woodstock, Príncipe de Gales foi o filho mais velho e herdeiro do rei Inglaterra. Eduardo tornou-se Duque da Cornualha em 1337, Príncipe de Gales em 1343 e da Aquitânia em 1362.
39Fernão Lopes (Lisboa, entre 1380 e 1390 − Lisboa, cerca de 1460) foi guarda-mor da Torre do Tombo, tabelião geral do reino ecronista de todo o reino de Portugal, e até antes de Portugal ser reino.
40Constança Manuel, Constanza Manuel de Villena; Castillo de Garcimuñoz, ca. 1316 — Santarém, 13 de novembrode 1345) foi uma nobre castelhana, rainha de Leão e Castela.
41A historiadora portuguesaMaria Zulmira Furtado Marques que em 1320, com o nascimento do infante Pedro. E a paixão do príncipe por Inês foi correspondida. Mas o nada discreto caso de amor incomodou a Corte. “O escândalo tomou tais proporções que a esposa, D. Constança, decidiu chamar Inês para ser a madrinha da criança que estava esperando, já que esse tipo de parentesco espiritual tornava impossível a união que se esboçava, mais intensa a cada dia”, em A tragédia de Pedro e Inês.....
42Dom Afonso foi convencido por três de seus conselheiros – Pedro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco – de que somente a morte de Inês poderia afastar tantos riscos políticos. Em 7 de janeiro de 1355, os três asseclas do rei partiram para Coimbra e encontraram Inês sozinha, pois Pedro havia saído para caçar. Eles a degolaram impiedosamente, e seu corpo foi enterrado às pressas na igreja de Santa Clara.... A paixão de Pedro e a reparação do mal feito à amante tornaram-se obsessões do agora soberano. Em 1360, ele jurou que havia se casado em segredo com Inês de Castro, o que fazia dela rainha, merecedora de todas as honras. Em abril de 1360, o corpo de Inês foi transferido solenemente do convento de Coimbra para o mosteiro Real de Alcobaça, onde eram enterrados os monarcas portugueses..... Reza a lenda que Pedro também mandou colocar o corpo de Inês no trono, pôs uma coroa em sua cabeça e obrigou os nobres presentes a beijar a mão do cadáver. Está nessa narrativa a origem da expressão “Agora, Inês é morta”, que quer dizer algo como “tarde demais”. O episódio inspirou o francês Henry de Montherlant a escrever, em 1942, a peça de teatro A rainha morta.
43Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/ines_de_castro_-_a_rainha_morta.html
44 Crônicas de los reyes de Castilla, desde Alfonso el Sábio hasta los catolicos Don Fernando y Doña Isabel.
45 Imagem fonte: http://jack.padilha.zip.net/arch2011-06-12_2011-06-18.html
fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhD1EAF/a-historia-maria-padilha
De amante amada do rei; a esposa querida o príncipe do inferno
FALA DO AUTOR
Por inúmeras vezes busquei a entender a entidade Maria Padilha e as Pombas Giras, mas as
informações de muitos sempre chegava de uma forma ilusória e contraditória. Pois buscava em igrejas Evangélicas e membro da religião Afro, estas pessoas, por falta de conhecimento e até mesmo desinteresse do assunto aonde tudo que não entendia chama de demônio ou é mistério de Deus, e as respostas era;
- Saberemos quando chegar a hora certa ou no seu reino de Deus.
Então Resolvi busca informações no lugar certo com as pessoas certas conheceram o Instituto Preto Novos no Rio de janeiro nas suas oficinas encontrei pessoas comprometidas com a religião Afro-brasileira. Estas pessoas me ajudaram a conhecer e eu mesmo descobrir a historia e a origem do mito Maria Padilha e as Pombas Gira. De uma forma cultural, histórica, romântica e sem pede o lado místico aonde fascinar cada um que houver falar da entidade Maria Padilha.
Peço que ao ler este trabalho reflitam e vejam como a realidade do conceito africano e Grego sobre os desencarnados (mortos) ser assemelha. Fazer uma busca neutra, usando apenas como objeto de estudo a mascara étnica, realize uma leitura diferenciada sobre a personagem Maria Padilha e as figuras das Pombas Giras, trazendo-a para o campo cultural e descobrindo como nasceu sua construção e suas funções. O que acontecer hoje nos terreiros e casa tanto de Candomblé e Umbanda, não é diferente dos tempos antigo, quando iam ao templo de Apolo consulta o Oráculo de Délfico atreveis da sacerdotisa Pítia. Hoje temos lideres religiosos mal preparados egoístas gananciosos, e adeptos sem nenhum comprometimento com o seu mantenedor.
INTRODUÇÃO
Admirada e prestigiada na Umbanda1, Quimbanda2e Candomblé, Maria Padilha é sem dúvida a Pomba Gira mais conhecida da religião afro-brasileira. E sua fama se expande para além das fronteiras brasileiras. Muitas histórias norteiam a sua origem, é conhecida como a Ex-mulher, o similar feminino de Exu () . Como toda Entidade dessa categoria, acredita-se que ela trabalha em sintonia com as energias dos Orixás3 para ajudar os vivos e os desencarnados, a amenizar o sofrimento do seu carma alcançando assim a evolução espiritual.
Maria Padilha assim como muitas outras Pomba Giras é chefe de falange4, coordena milhares de espíritos que assim como ela tiveram em suas ultimas vidas momentos de sofrimento e angústia por um amor, recorrendo à maioria delas à magia para alcançarem seus objetivos. As Marias Padilha são uma legião de muita força mágica e espiritual, aceitando diversos trabalhos de magia e demanda. Possuem muitos aliados espirituais e nunca trabalham sozinhas, sempre estão acompanhadas por outras falanges de Pomba Giras e Exus. As linhas de atuação dessas falanges são as mais diversas, logo, é comum encontrar Entidades com vários nomes.
Exe.: Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha da Encruzilhada e assim ser segue.
SUA PERSONALIDADE E A INFLUENCIA SOBRE SEUS ADEPTOS
Maria Padilha trabalha com uma energia específica, com um objetivo próprio e peculiar. Maria Padilha é considerada a senhora dos sete punhais, de todos os portais e todos os Exus e Pomba Giras. É muito respeitada pelas outras entidades de esquerda por isto é reconhecida como Rainha. Seu nome significa Rainha do Fogo. A nomenclatura dada a entidade não é tão importante, pois á muitas características no local no qual trabalha. Pois Maria Padilha tem muitas áreas de atuação diferente como, encruzilhadas, cemitério, cabarés (Termas ou casa de massagem) e muitos outros lugares.
Cada Maria Padilha é composta de milhares de Maria, cada qual com sua história verdadeira ou alegórica, mas com certeza todas vinculadas ao médium local. E por isto sofre influencia da cultura e época, mas tem uma forte ligação cármica5com o médium. Por isto estas diferenças de nomes, na realidade todos buscam elogia - lá e transmitir uma maior intimidade.
A postura, a maneira de falar, dançar, vestir tem mais a ver com a conduta intelectual dos médiuns do que com as personalidades individuais das Pombas-gira. Seu arquétipo lhe descrever que é um tipo de entidade feminina de personalidade amigável, simpática, sensual, comunicativa, mas exige respeito e é muito reservada, sempre tem uma presença de nobreza em seu estilo de ser. Mas não se deixe enganar, ela é temida por sua frieza e seu jeito implacável nas demandas. Conta companheiras fiéis dentro da ordem das falanges ( Pomba Giras e Exus), são extremamente fortes, não deixa os obsessores; como os Eguns, Kiumbas ou mesmo os espíritos Zombateiros dominarem a situação.
Seus Adeptos
Seus seguidores do sexo feminino são geralmente mulheres, belas, bonitas, atraentes, sensuais e são dominadoras de personalidade muito forte, sabem amar como ninguém, mas com a mesma facilidade sabem odiar seus parceiros amorosos. Maria Padilha é protetora das prostitutas gosta do luxo e do sexo adora a lua, mas odeia o sol.
Homem que incorpora Maria Padilha ou pomba-gira é, fira gay?
Procuramos entender que as entidades e os orixás são energias que podem ser femininas ou masculinas, mas o sexo em si, não existe. É evidente que se no mundo material existem homens e mulheres, no astral isso também ocorre para que haja a perfeita hegemonia universal. Isto é o espirito ainda não tem seu total comprometimento da sua nova vida espiritual.
Vejam como o preconceito ou a falta de informação existe.
- Alguma vez você viu alguma mãe no santo ser tachada de haver se masculinizado já que incorpora tantos espíritos masculinos? Eu mesmo respondo. Não!
A última coisa que interessa a qualquer entidade seja de que energia for é sua opção sexual. E ela jamais afetará ou mudará nada em sua vida apenas por estar usando seu corpo para a caridade. Existem, sim, muitos, médiuns homossexuais, mas não foram levados a essa opção por espírito ou orixá algum. Já chegaram à religião com sua opção sexual definida. A religião Afro não julgar e nem obrigar a ninguém, sentem-se em liberdade para mostrarem-se como são. O que realmente acontecer em muitos casos de exageros, é o médium, sendo consciente, libera mais seu lado feminino quando nessas incorporações. Isso, porém é um fato que cabe a cada pai ou mãe no santo conter para que não se ultrapassem limites.
Maria Padilha mesmo sento um espirito feminino pode sim incorpora em homem, assim como nenhuma mulher pode se tornar prostituta só por causa da pomba gira, não tem incoerência mais absurda do que uma mulher fala que ira mentalizar uma pomba gira para da a um homem uma noite inesquecível. Isto sim é passar um atestado publico de incompetência.
Seu Gosto
Bebe Champanhe, Licor de Anis, Martini e outras bebidas doces. Fuma cigarros e cigarrilhas; gosta de joia e acessório dourados e brilhantes; gosta de trajes de luxo nas cores negro, vermelho, dourado e dependendo da linha de atuação o branco; recebe suas oferendas8nos lugares indicados por seus médiuns e por elas quando incorporadas. Muitas vezes as suas oferendas são compostas de cigarros, champanhe, rosas vermelhas, perfumes, anéis, gargantilhas, batom, pentes, espelho, farofa feita com azeite de dendê, sacrifício galinha vermelha, cabra e pata preta. Gosta que suas obrigações sejam geralmente arriadas nas encruzilhadas em forma de T.
Maria Padilha é exibicionista por natureza, gosta de ser vista e admirada, adora musica, é uma ótima bailarina, conhecer passos da dança cigana e dança espanhola. Nas suas danças saber mexer seu corpo de uma forma bastante sensual, seu porte ativo, majestoso combinação precisa com seus movimentos plenamente avassaladores para seduzir seus telespectadores.
SUA HISTORIA
Muitas são as versões de histórias contadas sobre a vida de Maria Padilha quando encarnada. Vale ressaltar que como são milhares de mulheres (espíritos) que trabalham nessa falange, cada uma traz seu relato de quando era viva. Maria Helena Farelli em sua obra bibliográfica, após diversas pesquisas de campo, divulgou o que poderia ser a história da Líder dessa enorme falange. Nara a historia que Dom Pedro apaixonou-se loucamente por ela e que se amolecia todo em seus braços, está dito no próprio romance espanhol. Eis parte dos relatos de Maria Padilha:
Sou branca, não negra, como os Orixás a quem sirvo. Não vim da Nigéria, nasci na Espanha. Não fui rainha, mas usei coroa; por isso ainda uso, é meu direito. Quem me deu a primeira coroa, feita de ouro, esmeraldas, rubis e opalas foi o meu amor, o rei Dom Pedro I de Castela6, a quem o povo espanhol chamou 'o Cruel'.
Fui amante do rei de Espanha no tempo em que lá havia mouros e judeus, lá pelos anos de mil trezentos e pouco. Andei em Andaluzia e reinei em Castela, nos fortes e nos palácios; andei em corridas de touros miuras, viguapos toureiros, grandes espadachins, belos e magros bailarinos de flamenco, e fui muito amada. Não fui a Rainha, ela se chamava Dona Blanca de Borbon, viera da França e era muito sem-graça. Só a mim o rei amou; por mim gemeu e uivou como um cão sem dono num cais da Espanha mourisca. A meus pés ficou como um crente numa capela. Eu fui a dona do dono da terra Andaluza."
Para alguns da época Padilha com a ajuda de feiticeiros e bruxas realizou muitas magias para manter o amor do rei Dom Pedro. E segundo a própria Padilha, suas maiores bruxarias foram feitas na cidade Elche, a cerca de 30 km a sudoeste de Alicante. Como relada a própria Padilha foi certa vez com seus amigos procurar o local onde, segundo a tradição, havia uma estátua, enterrada séculos antes por magos, e que era dada a feitiços fortes: A Dama de Elche.7 Sua origem é desconhecida; mas as joias que a cobrem não são de origem grega nem romana, nem vem do reino visigodo: elas vieram de Cartago, no norte da África, região com que a antiga população de Elche tinha contato e cujo rei Aníbal, o Conquistador, andou pelo sul da Espanha. Depois de tanto tempo enterrada, chegara a hora de seu feitiço tão antigo ser usado pela amante do rei. Assim contou Padilha:
"Com sete espadas encantadas e um punhal de ouro, fechei meu corpo em Elche. A Dama me olhava. O Céu ficou todo negro. Relâmpagos cruzarem os céus na hora mágica desse rito antigo. Meus sacerdotes de magia negra usavam capuzes. Meu bobo da corte também estava lá, como a vítima sacrificial de um rito pré-histórico; ele trabalhou na magia com sua força, que é a dos feios, solitários e ridicularizados. Havia ainda um bode negro, com os chifres enfeitados de flores, semelhantes aos belos bodes de Sabá pintados mais tarde por Goya8; era o símbolo do Diabo, o portador do mal, ligado aos bobos e aos anômalos9; era o centro da cerimônia. Também havia um caduceu, o bastão do poder mágico, o eixo do mundo, com as duas serpentes entrelaçadas e um capacete com pequenas asas no alto. O sacerdote invocou os deuses planetários:
- Shamash, o deus Sol; Sin, a Lua; Marduk, de Júpiter;Ninib, o Tempo; Nergal, a Guerra.
E desde então meu corpo ficou fechado. Voei em um dragão coroado, ígneo, que vence tudo.
Padilha também aprendeu feitiços nos sabás das bruxas10. Talvez a mais importante feitiçaria ligada a Padilha seja a que fez com que D. Pedro abandonasse a esposa. Uma lenda andaluza, inscrita em uma fonte de Água, conta essa história; Em resumo;
Padilha furtou de uma igreja, um cinto que acreditava ter pertencido a um santo, sendo um objeto de culto. Com a ajuda de um feiticeiro, Padilha enfeitiçou o cinto, e sabendo que Dona Blanca, Rainha e esposa de Dom Pedro, havia o presenteado com um cinto de ouro, trocou pelo cinto enfeitiçado. Na noite de núpcias, o rei usando o cinto presenteado, sob à presença de um bispo inquisidor e de um franciscano velho, o cinto se moveu, sibilou e transformou-se em uma cobra, pronta para morder o rei. Em meio a esse fato, Dona Blanca foi abandonada pelo Rei e condenada a morte pela igreja por um ator de bruxaria.
A ORIGEM DO PODER DA FAMILIA PADILLA
Antiga Família Padilla11, em Castela, na Espanha Ibérica, pertencente a Dinastia de Borgonha12. Padilha foi uma família efetivamente ligada à Casa Real Portuguesa, com vínculos à Casa Real Espanhola, e a todas as demais casas reais da Europa, e dela houve quatro Mestres da Calatrava e um de Santiago e, durante muito tempo, o cargo de Adiantado-Mor de Castela.
O nome Padilha originou-se do nome da nobreza espanhola Padilla, mais o nome ganhou força especificamente de D Maria de Padilla, mais conhecida como Maria Padilha, a amante, conselheira e, posteriormente, esposa de Dom Pedro I de Castela. Maria de Padilla filha de Juan Garcez de Padilla, o senhor de Villagera, e de Maria de Henestrona. Alguns séculos depois da época do lendário Dom João III, existia um lugar denominado Padilla, em Miranda de Castro Xerez, próximo de Burgos, o qual foi povoado por Dom Pedro I de (Rei de Castela e Leão, filho de Maria de Portugal e Afonso XI de Castela). Em uma de suas províncias Palencia vivia a suntuosa Maria de Padilla.
Significado: O termo Padilha é a pronuncia, aportuguesada, originária da palavra espanhola padilla, em castelhano, é o nome dado a uma ferramenta utilizada por padeiros; também podendo se referir a um determinado tipo de forno de pedra, ao qual se utilizavam pás de cabo longo para posicionar os alimentos no interior. O nome Padilha foi adotado pelos descendentes de Maria de Padilla, a qual teve o nome alterado para Maria Padilha após seu casamento com Dom Pedro I de Castela.
O Nome Padilla Ganha Poder e imortalidade
No dia 25 de Fevereiro de 1353, Branca de Bourbon chegava de Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona, mas seu pretendente Pedro I encontrava-se em Torrijos com Maria de Padilla prestes a dar à luz. Em 03 de Junho, do mesmo ano, houve a cerimônia da boda de Pedro de Castela com Branca de Bourbon. Mas três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán , onde Maria de Padilla o aguardava. Após uma breve reconciliação com Branca Bourbon em Valladolid, Dom Pedro I partiu, juntamente com Maria de Padilla, para Olmedo, onde se casou, secretamente, com Maria e abandonou definitivamente sua esposa. Com a realização do casamento com agora rei Pedro I de Castela, Maria de Padilla muda seu nome para Maria Padilha (troca o LL por LH) para adequar-se a pronúncia dialética de Olmedo Nascendo, assim a linhagem da família Padilha. A Casa Real de Padilha.
O Outro lado das historias
Várias teorias e lendas têm surgido em torno da rejeição de Branca por parte de Pedro. Uns referem que a reputação de Branca se encontrava manchada, pois havia tido um caso com Fadrique, irmão bastardo do rei, durante a sua viagem a Castela, mas este nem se lhe acercara nem era do seu séquito.
A outras historia defende que o amor a Maria de Padilla era maior que o casamento a que se havia proposto. O certo é que a causa se encontra na correspondência entre Pedro e Inocêncio VI, em que este exorta Pedro a receber Branca como esposa ao que o rei responde que "certas confissões" de Branca o haviam feito sentir enganado e que não podia continuar com o matrimónio.
O mais provável é que, a sós, e uma vez que nada tinham a perder visto já serem marido e mulher, Branca teria confessado ao esposo que o rei não possuía o capital necessário para lhe pagar, o que poderia ser uma das causas da sua tão tardia chegada a Castela. Com esta revelação, ter-se-á zangado e descarregado em Branca, simplesmente deixando-a só, num reino que mal conhecia.
Porem a á historia do partido político, adverso a D Pedro, descobre que ele havia se casado, secretamente, com Maria Padilha e exerce pressão política contra o reinado de Pedro.
Sabe-se que um ano depois Pedro teria pedido às autoridades eclesiásticas castelhanas que anulassem o seu casamento com Branca. Alguns historiadores duvidam da veracidade destas palavras. Nas cartas do Papa Inocêncio VI em que lhe dizia que Pedro era submetido a grandes privações, por ter abandonado sua esposa Branca. Pedro envia Branca para Arévalo e depois para o Alcázar de Toledo, aonde ela troca cartas com o Papa.
Apesar de tudo, estas cartas foram à salvação de Branca, tornaram-se rápida e convenientemente públicas, o povo toledano rapidamente se rebela contra o rei e passa a apoiar Branca, a que se unem mais aos nobres. Branca abandona assim o Alcázar, desobedecendo ao esposo, e refugia-se na Catedral, de onde organiza os seus apoiantes e lhes dá ajuda económica para a sua causa. O rei chegou inclusivamente a cair prisioneiro em Toro, mas consegue fugir graças à ajuda da tia, Leonor, e dos primos aragoneses.
Entre 1355 e 1359 Pedro consegue confinar Branca no Castelo de Sigüenza e depois em El Puerto de Santa Maria, provavelmente conhecido atualmente como Castelo de Dona Blanca. Enquanto isso o rei regressava ao castelo de Uruena, em Valladolid, onde se encontrava a sua amante e agora esposa, Maria de Padilha, vivendo com ela definitivamente.
Saber-se que Don Beltran de la Sierra, núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa. O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa. Em 1361, Pedro com seus 25 anos de idade enviou Branca para Medina Sidónia, para mantê-la longe dos seus conflitos também com o rei Aragão. Foi aí que acabou envenenada pelo ballestero Juan Perez de Rebolledo.
A morte de Branca alienou Carlos V de França, cunhado da morta, dando pretexto à intervenção da França na guerra castelhana em favor do bastardo Henrique de Trastâmara, que acabou por ganhar o trono após a morte do irmão, (D Pedro I) A família de Branca viria a governar Espanha depois da Guerra de Sucessão Espanhola em 1700.
Depois do seu assassinato, o cadáver de Branca foi sepultado no Mosteiro de San Francisco de Jerez de la Frontera, e o sepulcro permaneceu na capela maior da igreja até que Isabel I de Castela ordenou a sua trasladação para o altar maior. O sepulcro é de mármor e está adornado com os brasões de Castela e Bourbon.
No altar está a seguinte inscrição:
"CHR. OPT. MAX. SACRUM. DIVA BLANCA, HISPANIARUM REGINA, PATRE BORBONICO, EX INCLITA FRANCORUM REGUM PROSAPIA, MORIBUS ET CORPORE VENUSTISSIMA FUIT: SED PRAEVALENTE PELLICE, OCCUBUIT JUSSU PETRI MARITI CRUDELI, ANNO SALUTIS 1361, AETATIS VERO SUAE 25."
"Consagrada a Cristo Sumo Benfeitor e Todopoderoso Nosso Senhor, Dona Branca Rainha das Espanhas, filha de Bourbon, descendente da ínclita linhagem dos reis de França, foi grandemente formosa de corpo e costumes, mas prevalecendo a manceba, foi morta a mando do rei D. Pedro I o Cruel seu marido. Ano de Saúde de 1361. Sendo ela de 25 anos de idade."
O AMOR DO REI E DE PADILHA É RECONHECIDO
Alguns meses após a morte de Branca de Bourbon, Maria Padilla morre morreu antes do Rei de Castela, durante a pandemia da grande peste bubônica de 136113, e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha e seus restos mortais são sepultados nos jardins de seu castelo em Astudillo, onde ela havia fundado um convento.
Dom Pedro I de Castela nunca se conformou com a morte prematura de sua amada, a eterna Maria Padilha, tanto que um ano depois, em uma Corte celebrada em Sevilha, declarou diante dos nobres que sua primeira e única esposa havia sido Dona Maria Padilha. O Arcebispo de Toledo considerando justas e honrosas as razões que levaram Dom Pedro I de Castela a abandonar Branca de Bourbon, tendo em vista os conflitos com os Franceses, Pedro I deparou-se com uma Corte disposta a ratificar a afirmação de seu rei e assumir Maria Padilha como a legítima rainha. Com a confirmação de que Maria Padilha foi a única esposa do rei Dom Pedro I de Castela, seus restos mortais foram transferidos para a Capela dos Reis na Catedral de Sevilla.
MARIA PADILHA NO MUNDO ESPIRITUAL
No século XVII, o nome de Maria Padilha figura nas palavras encantatórias e de conjuro de três mulheres acusadas de feitiçaria e julgadas pelos tribunais da inquisição de Portugal. Trata-se de
Luísa Maria (processo 7840, ano 1640),
Manuela de Jesus (processo 761, ano 1662) e de
Maria de Seixas (processo 74, ano 1673).
Todas as três invocam em seus conjuros14 os poderes de Maria Padilha e toda a sua quadrilha. Um exemplo extraído dos arquivos nacionais da Torre do Tombo de Lisboa confirma:
“Dona Maria Padilha e toda a sua quadrilha, traga-me fulano pelos ares e pelos ventos. Marta, a perdida, que pelo amor de um homem foi ao inferno, rogo-lhe de conceder um pouco do seu amor a fulano, que não consiga dormir, e que não tenha repouso até que a mim se junte” (processo 7840, Luísa Maria, auto da- fé de 1640).
A amante má do rei de Castela, Maria de Padilha, tornou-se aqui objeto de conjuro do mal para fins amorosos e de “amarração”.
MARIA PADILHA ROMPE SEU LINEAR CULTURAL
Nos arquivos da inquisição portuguesa do século XVIII, a respeito das mulheres degredadas para o Brasil, veio à feiticeira Antônia Maria, que jurava por;
“Barrarás, Satanás, Caifás, Maria Padilha e toda a sua quadrilha”
A feiticeira Antônia Maria e a outra feiticeira, Joana de Andrade fora degradada primeiramente para Angola pelo tribunal da inquisição em 1713, depois veio para o brasil para a cidade de Pernambuco em torno do ano de 1715,Mais tarde, as duas mulheres brigaram por ciúme e prestígio profissional. Joana de Andrade acusa então Antônia de ir longe demais a suas práticas. Os relatos dos conhecimentos e das ações mágicas de Antônia incluem numerosas encantações e elementos provindos dos conhecimentos indígenas do Norte do país, tais como “as encantação da cabra preta15”, praticada no estado do Pará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba, de acordo com os estudos de Mário de Andrade (1963). Tudo indica que os ares da colônia contribuíram para acentuar a vocação demoníaca das mulheres.
Então assim podemos deduzi que foi por intermédio destas mulheres portuguesas acusadas de feitiçaria que são degredadas para o Brasil que Maria Padilha faz sua entrada no universo da magia e da feitiçaria popular no país16. Assim por um longo processo de assimilação e aculturação, Maria Padilha torna-se pomba-gira, entidade de Umbanda, sendo figura central no universo dos exus.
SUA CHEGADA AO BRASIL
As histórias de desamor e matrimônio que uniram uma rainha, um rei e sua amante, contada pelos trovadores por toda a Ibéria, reforçaram o poder de milhares de mito de Padilha17. Vindos da Espanha, trazidas pelas canções dos trovadores, a história densa “mala mujer" penetrou em Portugal e lá fez tradição entre as feiticeiras. Na Lisboa setecentista18, as bruxas usavam sortilégios19 de que Padilha participava em espírito. Apesar das perseguições, e as admiração das rezadeiras pela alma de Padilha só fez crescer. Para ela fizeram seus conjuros (pedidos) e suas invocações fortes. Muitas destas condenadas foram deportadas para o Brasil. Terra de degredados, de índios, assassinos, homens não cristãos, ciganos e principalmente de protestantes em busca de riqueza nesta terra de Arabutã, de pau-brasil, de Vera Cruz, de Santa Cruz; foram viver em Pernambuco, terra para onde eram mandados os que não eram aceitos na sociedade cristã lisboeta, com batinas por toda parte e com batinas no poder.
Assim, Padilha não veio da África como os negros e seus orixás. Ela veio nas lendas e historia dos colonos portugueses, com as suas supersticiosas e seus amores doentios. Veio no meio dos baús de madeira, das velas de sebo de Holanda, junto com bentinhos, escapulários, rosários, lobisomens e mulas-sem-cabeça.
No Brasil ela se misturou com os ritos de origem africana; primeiro nos catimbós do Nordeste, depois nos cultos de Angola, na umbanda e na quimbanda do Rio de Janeiro. Falar em Maria Padilha é falar na pomba-gira mais temida e respeitada do país. Essa combinação das histórias do imaginário popular e literário, e a Sínteses de historia de Espanha confirma a existência de Maria de Padilha e a paixão do rei dom Pedro.20
Uma nova cultura um novo casamento uma novas historias
É por isso que Padilha tornou-se a mais famosa, a rainha, a mulher de Lúcifer. Sua primeira manifestação na nova terra foi quando "baixou" em um tore. Foi em uma quarta-feira, dia de reunião do tore21, que uma mestra balbuciou algo em língua estrangeira e começou a gargalhar. Quem chegara não fora um espírito jurema do nem uma mestra Flor; era um espírito desconhecido. Não tinha sangue de índio (sangue "reá"), mas era rainha. Não vinha das aldeias de Laje Grande, Barros de Tauá, Jurema, Pedra Branca ou Ioruba, mas sim do estrangeiro. Não quis vela, preferiu cigarro; e pegou firme no médium. Seu nome, disse entre risos: Maria Padilha, e disse que não vinha para ficar, mas estava só de passagem.
De outra vez, ela foi vista na marujada22, onde cristãos e mouros (representação) guerreavam igualzinho como faziam em sua Castela. E dançou dando risadas tão fortes que a banda parou. Um sacristão se benzeu:
-A quilo era arte do Tinhoso, era sim...
Padilha passou deixando um rastro de perfume que encantou a moçada, fazendo a festa ficar mais quente. Nunca uma marujada teve tantos beijos, chupões, mordidos e promessas de paixão. Até moça fugiu de casa, contam os marujos. Na noite seguinte, metida em saias engomadas, Padilha "acostou" em uma festa afro-brasileira, o maracatu, um cortejo de influência africana, com estreita ligação com os terreiros nagôs23. Ali havia a presença de um rei e de uma rainha, a figura dominante da festa; e disso Padilha entendia bem. Entrando pela cabeça da Rainha do cortejo, Padilha rebolou a noite toda. Na figura da boneca que vinha na frente do cortejo, reconheceu feitiços de seu tempo na Terra. E riu sua risada diabólica, soltou tanto veneno que o cortejo virou a noite na vadiação.
A “Nação Leão Coroado24" parou assustado ao ver passar o cortejo onde Padilha bailava solta, nuvem de fumaça da fogueira do inferno, dama do pé de cabra espanhola, sambando na corte de um antigo rei negro. Os caboclos de lança africanos, segundo consta, brincam atuados, a reconheceram e gritaram em coro:
- Viva Exu, viva a mulher de Exu!
E perguntaram:- Qual é seu nome, dona da festa?
Ela respondeu: Sou a rainha Maria Padilha e vim para festejar...
No antigo cortejo25 nigeriano em louvor a Oxum26 chegara mais uma Lebara27, branca, diferente, a mais quente de todas. Estava formando o elo entre a macumba brasileira e o mito ibérico da grande amante feiticeira andaluza. E Padilha ficou no Nordeste. Já no séc. XVIII, no tempo em que feitiça era coisa muito escondida no Brasil. Do nordeste, o culto de Padilha foi levado para os terreiros do Rio de Janeiro e Salvador, fazendo assim, seu nome crescer e se perpetuar por toda a Umbanda e Candomblé.
CONCLUÇÃO
A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato. Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controversas. Ser saber que ela realmente viveu a muito tempo atrás na França, a uma lenda que diz que ela foi dona de uma casa de damas (Cabaré), todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade. Isso tudo ao menos é o que dizem as lendas. O que entendo é que todos os nomes hoje citados são os de guerra e estão longe de revelar os verdadeiros nomes dessas entidades. Além do mais, Maria Padilha é só uma entidade que tem uma falange em evolução.
1- APENDICE
D. Pedro I de Castela, cognominado o Cruel, Foi.
Filho de Maria de Portugal (1.313–1.357, "A formosíssima Maria" d'Os Lusíadas de Luís de Camões e de Afonso XI de Castela 1.311–1.350 28 )
Neto materno de Afonso IV de Portugal (1.291–1.357) e de Beatriz de Castela (1.293–1.359)
Sobrinho do homónimo29Pedro I de Portugal.
Único varão legítimo de Maria de Portugal e de Afonso XI, Pedro subiu ao trono após a morte do pai, em 1.35030. Pedro foi sempre apoiado pela mãe, a Rainha Maria, e pelos seus avós maternos. Era muito estimado pelo seu povo. Sua morte deu-se por assassinado em 1.369 pelo seu meio-irmão Henrique de Trastâmara, o qual veio a ser rei, como Henrique II de Castela31.
Durante o seu reinado, cometeu muitas atrocidades entre as quais, mantou assassinar, Leonor Núnez de Guzmán (Leonor de Gusmão, Sevilha, 1.310, Talavera de la Reina32, 1.351) era filha de Joana Ponce de Leão, bisneta do rei Afonso IX de Leão e de Pedro Nunes de Gusmão, pertencente à poderosa Casa de Gusmão.Que era a amante do seu pai, Afonso XI, como resposta à infelicidade da sua mãe. E os castigo que recebia com severidade e demasiadamente, mas dentro do espírito da época que Leonor fazia. Esta humilhação criar no menino um caráter amargo.
Sua mãe trouxera como mordomo-mor João Afonso de Albuquerque (1.280-1.354), que ficou conhecido como o Conde de Albuquerque, que se tornou aio33 privado da Rainha e tutor dos seus filhos. Ficou encarregado da educação de D. Pedro, quer ser tornou o homem-chave na preparação da criança, pois Pedro tinha apenas 15 anos de idade quando seu pai morreu. O Conde de Albuquerque Tornou-se o favorito do jovem rei que ser tornou um dos mais influentes políticos do reino. Ao quais favoreceu uma desmedida ambição ao menino. Souber fortalecer os laços políticos, criando uma aliança entre Castela e França.
Leonor de Gusmão Foi casada com Juan de Velasco, que faleceu sem lhe dar filhos, depois da morte do marido foi amante do rei Afonso XI de Castela, de quem teve vários filhos tais como:
1- Henrique II de Castela (1.333-1.379) (rei de 1.369 a 1.379) “ É quem mantou assassinar D Pedro I” - casou-se com Joana Manoel, Senhora de Vilhena, Escalona e Penafiel (1.339-1.381);
2- Sancho de Castela, conde de Albuquerque (1.342-1.374) - casou-se com Beatriz, Infanta de Portugal (1347-1381), filha do rei Pedro I de Portugal e da sua amante Inês de Castro.
3- Pedro Afonso de Castela, senhor de Aguilar.
4- Fadrique Afonso de Castela (1332-Sevilha, 1358), senhor de Haro casou com Leonor de Angulo.
5- Fernando Afonso de Castela, senhor Ledesma.
6- Telo Afonso de Castela, 1º senhor de Aguilar de Campo casou com Juana de Lara, 19ª senhora da Biscaia.
7- João Afonso de Castela, senhor de Badajoz e Jerez.
8- Pedro Afonso de Castela, senhor de Aguilar.
9- Juana Afonso de Castela casou com Fernando Rodrigues de Castro, conde de Trastamara casou com Tamarit de Litera e com Filipe de Aragão, barão de Castro e Peralta34.
O Conde de Albuquerque apresentou a Dom Pedro I, a Maria de Padilla, que logo foi introduzira na corte. Ela era filha de Juan Garcia de Padilla e Maria González de Henestrosa. Foi graças a Maria de Padilla, que em 1.353 (neste período passou a ser sua amante.) Que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo, casando-se com Branca de Bourbon35 (contra a vontade da própria Branca de Bourbon) como forma de fortalecer os laços políticos criando uma aliança entre Castella e França. E lhe valeu o apelido de Justiceiro. Maria Padilla passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões.
No dia 25 de fevereiro de 1.353, Branca de Bourbon, chegara a Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona, para assumir seu lugar como esposa de Dom Pedro I de Castela. Porem nesta data Pedro I ser encontrava em Torrijos com Maria de Padilla que estava prestes a dar à luz. Mais no dia 3 de junho houve a cerimônia de casamento de Pedro I de Castela com Branca de Bourbon, apadrinhada por Dom Juan Afonso de Albuquerque e sua tia Leonor de Aragão. E o Conde de Albuquerque ser tornou padrinho do casamento do rei Pedro e de Branca de Bourbon.
Mas três dias depois de casado, Pedro I abandona sua esposa e volta para a cidade de Puebla de Montalbán, onde Maria de Padilla se encontrava. E romper a aliança com a França.Dom Pedro I numa breve reconciliação com Maria Padilla, parte, para Olmedo, onde se casaram secretamente. Maria de Padilla e Dom Pedro I de Castela tiveram quatro filhos.
Beatriz, infanta de Castela (Córdoba, 23 de março de 1354-1369 Tordesillas), freira na Abadia de Santa Clara;
Constança, infanta de Castela (Castrojeriz, Castela, julho de 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leicester) casada em 21 de setembro de 1371 ,em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, João de Gante (Flandres 1340-1399)36
Isabel, infanta de Castela (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de novembro de 1393)
1º Casou-se em Hertford em 1º de março de 1372 com Edmundo de Langley (1341-1 de agosto de 1402), Conde de Cambridge, em 1385 Duque de York, irmão do precedente pois era o 4º filho de Eduardo III de Inglaterra.
2º Filipa de Hainaut. Tiveram três filhos: Ricardo (1375-1415), Conde de Cambridge; Constança e Eduardo Plantageneta (1373-1415);Conde de Rutland.
Afonso, príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362).
Seu meio-irmão37 conspirava com o rei de Aragão e rei da França, Carlos V, “o Sábio”.Contra Dom Pedro I, que com apoio do príncipe Negro38combateu-os, e mandou assassinar dois meios-irmãos e se tornou assim o Cruel.Mas depois foi injustamente acusado de simpatias pelos mouros e judeus. Enquanto isto as relações entre o rei e o seu favorito (conde Albuquerque) foram-se deteriorando devido tanto ao apoio de Albuquerque a uma aliança com a França num momento em que o rei começou a considerar uma aproximação à Inglaterra, como ao seu excesso de poder nos assuntos da cúria régia. O Conde Albuquerque retirou-se para sua terra em Extremamente dura "por medo de ser vítima de ira real" e, em seguida, voltou para Portugal. Os homens próximos a Albuquerque foram demitidos pelo Rei Pedro, para colocar em seu lugar os parentes de sua amante Maria de Padilla.
D Pedro I o justo ou cruel?
Para o historiador Fernão Lopes, hesitam no cognome de D. Pedro: se para uns foi "o Justiceiro", para outros foi "o Cruel" A sua ânsia em fazer justiça ficou manchada pelo prazer em executá-la pelas próprias mãos, incluindo a participação na tortura dos presos:
"Ele mesmo punha em eles a mão, quando via que confessar não queriam, ferindo-os cruelmente até que confessavam"...
O tormento fazia parte da justiça medieval e D. Pedro, epiléptico e gago, fez por merecer ambos os cognomes com que passou à história.
As amantes de D Pedro I
Segundo o dito maroto de Fernão Lopes39. As mulheres, D. Constança Manuel40, Inês de Castro41 e Teresa, D Pedro I, teve pelo menos mais uma paixão: o escudeiro Afonso Madeira, a quem "amava mais do que se deve aqui dizer", no dito maroto de Fernão Lopes.
“O escudeiro acabou mal. Meteu-se com uma dama da corte, o rei não gostou e – outra vez Fernão Lopes – mandou "cotar-lhe aqueles membros que os homens em mais apreço têm".Do mal o menos: ‘Afonso Madeira foi pensado e curou-se mas engrossou nas pernas e no corpo e viveu alguns anos com o rosto engelhado e sem barba".
Em 1345, Constança morreu num parto, e o príncipe D Pedro, se viu liberto das amarras do casamento de conveniência aos 24 anos de idade. Logo trouxe de volta sua amante Inês para Coimbra, instalando-a em um palácio perto do mosteiro de Santa Clara, que podia ser avistado de seu quarto.
Em 1347, Inês deu à luz ao primeiro de quatro filhos com D. Pedro e Inês viviam seu grande amor. Mas o povo comentava e condenava o adultério, e considerada a peste negra, como um sinal da cólera de Deus, que chegava à região. 42
CRONOLOGIA
1320 Nasce o infante Pedro, filho do rei Afonso IV
1336 Pedro casa-se com dona Constança
1344 Afonso IV manda Inês de Castro para o exílio, para dar fim ao caso extraconjugal dela com Pedro
1345 Dona Constança morre no parto. Viúvo, Pedro assume seu romance com Inês
1355 Três assassinos enviados por Afonso IV matam Inês de Castro no dia 7 de janeiro. Depois de saber da morte da amada, Pedro lidera uma revolta contra o rei. A guerra entre pai e filho termina com um acordo, em agosto do mesmo ano.
1357 Afonso IV morre e Pedro assume o poder em Portugal
1360 Pedro declara ter se casado secretamente com Inês de Castro, legitimando assim seus quatro filhos, e transporta o corpo da “rainha morta” para o mosteiro Real de Alcobaça
1367 Morte de Pedro I. Sua tumba é colocada de frente para a de Inês UMA
IMPRESSIONANTE DESCENDÊNCIA
Os nascidos do amor de Inês de Castro e Pedro I se espalharam pelas casas reais europeias, o que levou o pesquisador Jorge de Sena a constatar que, na virada do século XV para XVI, “a maior parte da Europa coroada descendia de Inês”.
(Parte 3 de 3)
- Princesa Beatriz (1347-1381), casou com um filho bastardo do rei de Castela, chamado Sancho de Albuquerque (1339- 1374).
- Leonor Urraca (1374-1435), filha do casal e neta de Inês, virou esposa de d. Fernando (1380-1416),
- O poderoso rei de Aragão, Sicília, Nápoles, Valência e Maiorca.
A partir daí, a lista de descendentes de Inês de Castro se torna mais impressionante. Por volta de 1500, passa a incluir o imperador da Germânia Maximiliano I (1459-1519) e D. Manuel I (1469-1521), que reinou em Portugal durante as descobertas marítimas.
O trovador Garcia de Rezende viu nisso uma vitória póstuma de Inês. Pelo sucesso dos frutos da sua relação com Pedro, ela teria vencido o trágico destino, porque o amor daria “galardão” (recompensa). Concluía o poeta, como conselho para as jovens do século XVI: “Não deixe ninguém de amar”.43
O OUTRO LADO DO AMOR DE D PEDRO I
Nas crônicas de Ayala, Maria de Padilha tem um total de citações de quarenta e cinco capítulos que se dividem ao longo da narrativa composta pela compartimentação de vinte anos. Desta forma, já pudemos perceber seu destacado papel na narrativa, pois fora Maria de Padilha a mulher mais importante da vida de D. Pedro, mesmo tendo sido este monarca um homem de muitas mulheres.44
E já nas crônicas de Fernão Lopes, Maria de Padilha é a segunda mulher mais citada na Crônica de D. Pedro I; vindo atrás somente de Inês de Castro, a amante e mulher mais importante da vida do monarca português Pedro. A amante de Pedro Cruel teve ao total no texto lopeano presença em seis capítulos.
FOTOS
Soberano castelhano (1350-1369) nascido em Burgos, Castela, personalidade de destaque na guerra civil castelhana do século XIV. Filho de Afonso XI de Castela (1311-1350) e de Maria de Portugal (1313-1357) assumiu o trono com apenas 15 anos de idade, após a morte do pai (1350), e ganhou o cognome de O Cruel pelo fato de que durante o seu reinado.45
Maria Padilha Nascida na Espanha Medieval teve o amor do rei Dom Pedro I de Castela. Era uma jovem muito sedutora.Viveu entre o ano de 1.300 à 1.400. Viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela.
REFERÊNCIAS:
FARELLI, Maria Helena. Os Conjuros de Maria Padilha, A verdadeira História da Rainha Padilha, de seus trabalhos de magia e de suas rezas infalíveis. 3ªed. Rio de Janeiro: Palas Editora, 2006
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B3nica_de_D._PedroCrónica de D. Pedro
https://pinheiromario.wordpress.com/2009/01/11/d-pedro-i-o-rei-cruel-obcecado-e-bissexual/
https://lilamenez.wordpress.com/tag/maria-padilha/
http://www.amarracoesdefinitivas.com/maria-padilha-historia/
http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/1024/752
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000400018&script=sci_arttext
1Umbanda: É uma religião brasileira formada através de elementos de outras religiões como o catolicismo ou espiritismo juntando ainda elementos da cultura africana e indígena. A palavra é derivada de "Umbanda" ou "embanda" são oriundos da língua quimbunda de Angola, significando "magia", "arte de curar”. Há também a suposição de uma origem em um mantra na Língua adâmica cujo significado seria "conjunto das leis divinas" ou "deus ao nosso lado”. A umbanda tem origem nas senzalas em reuniões onde os escravos vindos da África louvavam os seus deuses através de danças e cânticos e incorporavam espíritos. Os cultos se assemelham ao candomblé, no entanto, são religiões que possuem práticas distintas. Umbanda Tradicional, criada no Rio de Janeiro pelo jovem Zélio Fernandino de Moraes; Umbandomblé ou Umbanda Traçada, onde um mesmo sacerdote pode realizar sessões distintas de umbanda ou de candomblé; Umbanda Branca: utiliza elementos espíritas, kardecistas e os adeptos usam roupas brancas; Umbanda de Caboclo: forte influência da cultura indígena brasileira. E no dia 15 de novembro é considerado como a data oficial do surgimento da Umbanda pelos seus adeptos no Brasil em 18 de maio de 2012 através da Lei 12.644.
2Quimbanda: É um conceito religioso de origem afro-brasileira, presente na Umbanda, ainda controverso quanto a sua real definição na atualidade. Por vezes, é classificada como uma religião autônoma. Por alguns como o lado esquerdo (polo negativo) da Umbanda. Para seus adeptos a Quimbanda possui todo o conhecimento do mundo astral, inclusive da magia negra, para aqueles a que podem ajudar a fazer o bem. Suas entidades vibram nas matas, cemitérios e encruzilhadas, também conhecidos como "Povo da Rua" e abrangem os mensageiros ou guardiões Exus e Pomba-gira. A Quimbanda trabalha mais diretamente com os exus e pomba giras, também chamados de povos de rua, Estas entidades, de acordo com a cosmologia umbandista, manipulam forças negativas, o que não significa que sejam malignos. Geralmente estão presentes em lugares onde possam haver kiumbas, obsessores, também conhecidos como espíritos atrasados. A entrega de oferendas é comum na Quimbanda, assim como na Umbanda, mas variam de acordo com cada entidade.
Candomblé: É um culto ou religião de origem africana que foi trazida para o Brasil pelos escravos. Para alguns historiadores indicam que o candomblé foi trazido por escravos oriundos de países atualmente conhecidos como Nigéria e República do Benim.Os adeptos do candomblé prestam culto e adoram os orixás, que são deuses ou divindades africanas que representam as forças da Natureza. Os rituais do candomblé são liderados pela mãe-de-santo ou pai-de-santo, sendo que existe uma hierarquia definida. Muitas vezes os rituais são caracterizados por danças em adoração ao orixá, que encarnam no filho ou filha de santo. As manifestações ocorrem nas casas ou terreiros, onde existem altares. Cada orixá tem um dia específico e mesmo alimentos próprios, que alguns seguidores evitam comer alguns alimentos que são considerados proibidos ou não aconselhados. Nos dias de hoje, os rituais do candomblé fazem parte da cultura brasileira, sendo um elemento importante do folclore e estando em presente em várias tradições. Para os adeptos do candomblé os Orixás são deuses ou divindades que foram grandes figuras históricas e atingiram uma elevação espiritual. Diferente da Umbanda, aonde os Orixás são espíritos de anciãos que podem ser parentes já mortos, e muitas vezes podendo ser bons ou maus.
3Energias dos Orixás: Esta energia aqui significa o campo aonde cada orixá representa como força da natureza, e por isto podem influencia tanto o desencarnado como o Ser vivo.
4Segundo o dicionário da Umbanda; Falange significa uma subdivisão de Linhas onde cada Falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma. Neste caso seria a falange da Maria Padilha, aonde todas as Pombas Giras dar-se o respeito a sua líder. Esta falange costuma ajudar os seus adeptos e pedintes a resolver questões amorosas e matérias e também em outras áreas da vida humana, logico cada uma dentro da sua área de afinidade. sua posição dentro do grupo é identificada pelo nível de suas vibrações espirituais, pois muitas destas (Mulheres) viveram como nobres entre os anos de 1.400 e 1.800, por isto as ricas e muitas historias.
5Relação kármica: É quando temos elos fortes e predestinados, isto é em outras vidas deixamos uma divida com aquela pessoa.
Obsessores: Aqui perdendo deixa claro que pode ser Egum, Kiumbas
Na raiz yoruba egun que é um termo das religiões de matriz africana que designa a alma ou espírito de qualquer pessoa falecida, iniciada ou não. Gostaria de usa o termo "egum" pois é mais abrangente, pode se referir tanto a um espírito considerado "evoluído", "de luz", como a um espírito de um parente, ou a um espírito desorientado obsessor que precisa ser afastado. Kiumbas, Quiumbas ou Exus pagãos, são espíritos trevosos ou obsessores. São espíritos que se encontram desajustados perante à Lei tanto dos vivos quando a leis espirituais e eles provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. Se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio, são malfeitores do campo astral (espíritos sem luz). Na maioria das vezes são atraídos pelo campo magnético dos vivo, pois a semelhança do padrão vibratório os atrair. Os Espíritos levianos e zombeteiros se aproximam das pessoas que lhes favorecem a aproximação. Tem quer haver uma sintonia entre os dois, (vivo e o morto) para que possam entrosar os sentimentos.
8Oferenda: Agrado, obrigação, ebó, adimu, cada uma entidade tem um local próprio para receber seus ebós.
6Historia sobre D Pedro I de Castela estará no Apêndice no final
7 A estatueta, um busto de mulher ligeiramente curvado e com uma incisão aberta nas costas, usando grandes argolas nas orelhas, foi um antigo objeto de adoração. A imagem da Dama de Elche leva-nos de volta para as mulheres que pertenciam à aristocracia, fazendo parte da classe dominante pelo seu vestido e da grande quantidade de joias que ela usa.
8Francisco José de Goya y Lucientes (Fuendetodos, 30 de março de 1746 — Bordéus, 15 ou 16 de abril de 1828) foi um pintor gravador espanhol.
9Anómalo, fora da norma; contrário à ordem estabelecida; diz-se dos verbos irregulares na sua formação e conjugação; irregular; desigual; anormal; aberrante; excepcional; gênero de insetos himenópteros terebrastes.
10Os Sabá, são celebrações que a cada ano tanto as bruxas quando os Bruxos realizar os rituais originais antigos rituais que celebravam a passagem do ano de acordo com atestações, épocas de colheita e lactação de animais. Os Sabá, também conhecidos como a "A Roda do Ano", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo.
11http://archiver.rootsweb.ancestry.com/th/read/GEN-MEDIEVAL/1998-05/0895497863
12 Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (p. 928-932),
13Peste negra é o nome pela qual ficou conhecida, durante a Baixa Idade Média, a pandemia de peste bubônica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas (mais ou menos um terço da população europeia), sendo que alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões, aproximadamente metade da população da época.
14Conjuro significa uma invocação de um espíritos em alguma prática religiosa para fazer pedido.
15 A oração de cabra preta esta no livro de são Cipriano e é usado para amarração e trazer amor de volta.
16SOUZA, L. M. O diabo e a terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
17Romanceiro de Quevedo In Biblioteca de Autores Espanhóis, 1945
18Referente a Lisboa do século XVIII
19Sortilégio é um substantivo na língua portuguesa que se refere ao ato ou ação de enfeitiçar, encantar ou seduzir, através de atributos naturais ou artificiais. Etimologicamente, o termo "sortilégio" se originou do latim sortilegium, que significa "adivinhação”. Fonte: https://www.google.com.br
20Beretta y Ballesteros, apud Meyer, 1993
21O toré é uma tradição indígena de difícil demonstração substantiva por conta da variação semântica e das diversas formas de suas realizações práticas entre as sociedades indígenas. Fonte: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000400018&script=sci_arttext
22A marujada, também conhecida como fandango, é um folguedo típico das regiões Nordeste e Norte do Brasil. A marujada é considerada uma importante representação cultural, de caráter popular, do folclore brasileiro.
23"Nagô", nome pelo qual se tornaram conhecidos, no Brasil, os africanos provenientes da Iorubalândia. era a designação dada aos negros escravizados e vendidos na antiga Costa dos Escravos e que falavam o ioruba.
24Hoje é conhecido como a Maracatu Nação Leão Coroado Nação Nagô, ou de baque virado.
25Cortejo procissão, comitiva, por vezes pomposa, que segue pessoa ou grupo de pessoas.
26Oxum é um orixá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras.
27 A palavra Lebará significa para Tamíris: Não é nenhuma espécie de demônio relativo a prostituta. E sim uma entidade do Candomblé e Umbanda que em yorubá (lingua africana) se chama Lebará (sendo assim chamada na religião do Candomblé) e em português significa Pombo Gira (termo utilizado na Umbanda). É uma entidade (espirito) feminina que trás a força sexual e amor há ambos sexos. Fazendo sempre a caridade , jamais o mal. Adora rosas vermelhas e champanhe, também fuma cigarro e adora dançar. O antônimo da palavra "Lebará" é "Exu”. Lebará é esposa de Elegbará, dividindo o mesmo plano com ele, ela é a senhora da sedução, comanda a sexualidade feminina, a vaidade e o amor. Esbanjando sensualidade, encanta os homens com facilidade e resolve os problemas de amor mais difíceis, ajudando também aqueles que recorrem a ela. Envolve-se na vida dos seres humanos, tem um grande coração com quem a agrada e respeita, mas se mostra vingativa com aqueles que a desafiam.
28
29homónimo que disse aquele que tem o mesmo nome (de outro
30A morte do Rei Afonso XI de Castela deu-se na grande peste em 1350 conhecida mais tarde por todos como a peste negra ou peste bubônica. Os sintomas não deixavam dúvidas. A pessoa era atacada por uma febre de 40 graus, a vítima sentia crescer na virilha ou na axila um inchaço que assumia a forma de um doloroso furúnculo do tamanho de um ovo ou de uma laranja. Insônia e delírios complementavam o mal-estar, fazendo com que o a pessoa temesse tanto o sono como o despertar. No segundo ou no terceiro dia, seu a pessoa tinha o seu corpo estaria tomado por esses bubões. Se tivesse sorte, os caroços se abririam em pus, diminuindo a dor e a febre. Aí surgiriam as manchas pretas na pele. Ardendo, com feridas por todo o corpo. Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/grande-peste-433397.shtml
31A Dinastia de Trastâmara foi a dinastia que governou o reino de Castela de 1369 a 1516, pelo Compromisso de Caspe,
32Talavera de la Reina é um município da Espanha na província de Toledo, comunidade autónoma de Castilla-La Mancha, de área 192 km²
33A palavra "aio" vem de uma palavra grega que quer dizer, literalmente, "uma pessoa adulta que conduz uma criança". No período do Império Romano, eles eram servos responsáveis pela proteção dos filhos de seus senhores, levando-os para a escola, corrigindo-os, etc. Não foram os professores, nem os pais, mas serviam para cuidar da criança. É claro que esta função foi temporária. Quando o filho chegava à maioridade, não estava mais sujeito ao aio.
34Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. VI-pg. 55 (Gusmão).
35Branca era a segunda filha de Isabel de Valois, filha de Matilde de Châtillon, condessa de St-Pol e de Carlos de Valois, que era filho deFilipe III de França e Isabel de Aragão) e de Pedro I, Duque de Bourbon. Era irmã gémea da rainha Joana de Bourbon, esposa de Carlos V de França.
36Era Duque de Lencastre, filho de Eduardo III de Inglaterra e Filipa de Hainaut, viúvo desde 1369 de Branca de Lencastre. Foi pretendente de 1372 a 1387 ao trono castelhano, chegando a se intitular “Rei de Castela”. Teve uma filha, Catarina de Lancaster ou Gaunt (morta em 1418) que casou em 1388 com Henrique III de Castela (morto em 1406), irmão de Fernando III de Antequera, filhos de João I de Castela.
37Henrique II de Castela
38Eduardo de Woodstock, Príncipe de Gales foi o filho mais velho e herdeiro do rei Inglaterra. Eduardo tornou-se Duque da Cornualha em 1337, Príncipe de Gales em 1343 e da Aquitânia em 1362.
39Fernão Lopes (Lisboa, entre 1380 e 1390 − Lisboa, cerca de 1460) foi guarda-mor da Torre do Tombo, tabelião geral do reino ecronista de todo o reino de Portugal, e até antes de Portugal ser reino.
40Constança Manuel, Constanza Manuel de Villena; Castillo de Garcimuñoz, ca. 1316 — Santarém, 13 de novembrode 1345) foi uma nobre castelhana, rainha de Leão e Castela.
41A historiadora portuguesaMaria Zulmira Furtado Marques que em 1320, com o nascimento do infante Pedro. E a paixão do príncipe por Inês foi correspondida. Mas o nada discreto caso de amor incomodou a Corte. “O escândalo tomou tais proporções que a esposa, D. Constança, decidiu chamar Inês para ser a madrinha da criança que estava esperando, já que esse tipo de parentesco espiritual tornava impossível a união que se esboçava, mais intensa a cada dia”, em A tragédia de Pedro e Inês.....
42Dom Afonso foi convencido por três de seus conselheiros – Pedro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco – de que somente a morte de Inês poderia afastar tantos riscos políticos. Em 7 de janeiro de 1355, os três asseclas do rei partiram para Coimbra e encontraram Inês sozinha, pois Pedro havia saído para caçar. Eles a degolaram impiedosamente, e seu corpo foi enterrado às pressas na igreja de Santa Clara.... A paixão de Pedro e a reparação do mal feito à amante tornaram-se obsessões do agora soberano. Em 1360, ele jurou que havia se casado em segredo com Inês de Castro, o que fazia dela rainha, merecedora de todas as honras. Em abril de 1360, o corpo de Inês foi transferido solenemente do convento de Coimbra para o mosteiro Real de Alcobaça, onde eram enterrados os monarcas portugueses..... Reza a lenda que Pedro também mandou colocar o corpo de Inês no trono, pôs uma coroa em sua cabeça e obrigou os nobres presentes a beijar a mão do cadáver. Está nessa narrativa a origem da expressão “Agora, Inês é morta”, que quer dizer algo como “tarde demais”. O episódio inspirou o francês Henry de Montherlant a escrever, em 1942, a peça de teatro A rainha morta.
43Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/ines_de_castro_-_a_rainha_morta.html
44 Crônicas de los reyes de Castilla, desde Alfonso el Sábio hasta los catolicos Don Fernando y Doña Isabel.
45 Imagem fonte: http://jack.padilha.zip.net/arch2011-06-12_2011-06-18.html
fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhD1EAF/a-historia-maria-padilha
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terça-feira, 27 de junho de 2017
Historia exu Marabô I, II, III
Historia exu Marabô I
Bom, a entidade Sr. Marabô é um exu, negativo de Oxosse e algumas casas, como na casa que freqüento, gira para Xangô.
Fala pouco, é sério e gosta de bebidas e charutos finos.
É um dos sete corados na Umbanda e dos seus sete primeiros comandos, consta o exu sete ventanias e exu do lodo.
Existem muitas histórias sobre esta entidade. Em sua última encarnação neste planeta foi um general romano que viveu no tempo de Cristo.
Possui alianças com o Rei das 7 Encruzilhadas, Principe Negro, Tranca Ruas, Pinga-Fogo, entre outros.
Tem uma vibração semelhante ao exu Sr. Mangueira e são companheiros.
Tem como para a pomba gira Rainha dos 7 Cruzeiros....
https://www.agnoticia.org/historia-exu-marabo
============================
Uma história de sr Marabô !!! II
Exu Marabô está em terra.
Os poucos filhos que acompanham aquele terreiro vibram com sua presença.
Na assistência algumas pessoas ansiosas aguardam para serem atendidas.
O Exu ri, dança, bebe desenfreadamente. Atende uma filha da casa recém-casada.
Fala para a filha tomar cuidado com o marido, pois ele vai traí-la em breve.
A moça desespera-se.
Ele então passa uma longa lista para realizar o trabalho salvador.
Sabe que já plantou a semente irreversível da desconfiança no jovem casal.
Na assistência um pequeno empresário aguarda atendimento.
O Exu diz que a firma não falirá, para isso precisa de vultuosa quantia em dinheiro para trabalho urgente.
Chega a vez de uma médium, filha de outro terreiro, que visita pela primeira vez a casa.
Mais uma vez o compadre não se faz de rogado.
Diz para a pequena sair do terreiro que freqüenta, pois segundo ele a mãe de santo não entende nada sobre Umbanda.
E assim ele vai plantando a discórdia, a desunião, a dor.
Sempre que pode humilha publicamente os filhos da casa. Os dias passam sem novidades.
O que ninguém ali imagina é que por trás daquela entidade que se diz chamar Marabô, está escondido um enorme Kiumba.
Aproveitando-se do fato do tal pai de santo ser pessoa leiga, gananciosa e, totalmente despreparado ele domina o mental do incauto médium.
Diverte-se com a angústia dos outros.
Sempre que pode põe o pai de santo em enrascadas (cheques sem fundos, golpes que são descobertos constantemente, brigas e desunião em família).
E o pai de santo não tem escrúpulos algum em usar o nome de um grande e respeitado Exu de Lei.
Ao contrário, fica feliz em saber que aos poucos vai minando a credibilidade do verdadeiro Marabô.
O Kiumba raciocina que o dia em que as trapalhadas colocarem tudo a perder ele simplesmente abandonará o falso pai de santo à própria sorte.
Não será o primeiro nem o último que ele abandonará.
Afinal pensa o Kiumba, não fora o falso pai de santo que médium ainda novo, desenvolvendo, resolveu mistificar para dar uma abreviada no processo mediúnico de desenvolvimento?
Não fora também por conta própria que o médium abandonara o terreiro de sua mãe de santo, sem ter preparo algum?
Sem falar que enquanto esteve lá, desrespeitava os ensinamentos da casa, zombava dos irmãos de santo, dava golpes em tantos médiuns que muitos pediram até sua expulsão da casa?
Pois então fora ele mesmo que atraiu o Kiumba e sendo assim essa sociedade duraria até quando fosse possível.
O ser do umbral ganhando energia negativa, achincalhando Marabô, e o falso pai de santo ganhando dinheiro.
O Kiumba também aproveitava para trazer em terra seus falangeiros, que se aproveitam dos médiuns titubeantes da casa.
Hoje é dia de gira, no atabaque o ogã já está devidamente bêbado e sob influência dos asseclas do Kiumba.
As filhas e filhos da casa cegos em sua fé e sob forte energia maléfica, são capazes de aceitar qualquer loucura ali realizadas.
O falso Marabô está feliz, já olhou a assistência antes de incorporar.
Notou algumas pessoas que não lhe despertaram interesse.
Algumas mulheres velhas e sem dinheiro, um homem que também não traz dinheiro algum.
Vai se divertir com eles.
Pronto já está em terra! Atende a assistência como de costume, diverte-se com as angústias, os medos, as dores daquelas pobres almas.
Chega a vez do homem que estava na assistência, ele adentra de maneira lenta.
O Kiumba não lhe dá a mínima atenção. Um erro fatal.
Pois assim que o homem fica frente a frente com o ser do umbral algo inusitado acontece: o homem incorpora, solta uma gargalhada jovial e desafiadora.
Alguns médiuns do terreiro que mistificavam ou recebiam alguns asseclas do Kiumba “desincorporam” convenientemente. O ogã de tão bêbado, acaba por cair ao lado do tambor.
A assistência não entende o que se passa. O Kiumba entende, mas para ele é tarde demais. Por estar incorporado ele não tem tanta desenvoltura como gostaria nesse momento crucial.
Está só, já que os covardes que o seguiam fugiram dali.
O verdadeiro Marabô está ali diante dele e avança em sua direção.
No congá as velas começam a queimar a cortina que protege o altar.
Na cafua a pinga aquecida pelas velas também se incendeia.
A assistência percebe que algo muito errado está acontecendo e fogem todos. Antes o verdadeiro Marabô se vira para eles e mostra o quanto foram tolos em se deixar enganar. Fala que devem procurar ajuda, mas em terreiros sérios aonde se pratica a caridade, o amor e a união. Mostra o quanto foram usados. O Kiumba protesta, mas é inútil, a máscara já caiu. Marabô não está só, sua falange e muitos Exus de Lei estão adentrando no falso terreiro. O Kiumba é capturado e levado para o Reino de Exu, onde pagará caro pela insolência. O falso pai de santo está entregue a própria sorte. As chamas consomem o terreiro velozmente. Ao chegar as primeiras viaturas do Corpo de Bombeiro o oficial de plantão presencia uma cena que jamais esquecerá: no meio das chamas o pai de santo é “tragado” por um buraco negro, e some diante dos olhos do atônito bombeiro. Uma risada se faz ouvir. Marabô gargalha satisfeito do outro lado. Apesar das chamas o bombeiro sente um frio que lhe percorre a espinha.
O terreiro vira cinza e não se acham vestígios do corpo do pai de santo.
Justiça foi feita. Saravá Senhor Marabô!!!
http://espiritismoumbanda.blogspot.com.br/2009/09/uma-historia-de-sr-marabo.html
============================
HISTÓRIA DO EXU MARABÔ III
Guardião Marabô
(Put Satanakia) - Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema. Gosta de usar cobre em seus assentamentos. Possui um porte ereto e elegante. Astralmente se veste vermelho. Trabalha na linha negativa de Oxossi serventia do Caboclo Arranca-Toco.
O Sr. Marabô tem sua legião trabalhando no corte de trabalhos de magia negra. Sua poderosa legião também atua no corte de trabalhos ou correntes negativas em pessoas que sintam-se atingidas por espíritos perturbadores - quiumbas, promovem descargas em pessoas atingidas por despeitos com repercussão no emocional (queda de posição financeira, desemprego etc.), cortam demandas de saúde física e mental e descarga nos filhos de Oxossi.
Caminhos
Marabô das Sete Encruzilhadas
Marabô do Cruzeiro
Marabô das Almas
Marabô Toquinho
Marabô Cigano
Marabô das Matas
Marabô da Calunga
Características
Bebida bebidas finas
Fuma finos charutos
Guia Vermelha e Preta
Lugar encruzilhadas de ferro (trilho de trem).
Metal Cobre
Mineral Quartzo Azul Escuro
Planta Mamona
Vela pretas, vermelhas e pretas
Pontos Cantados
EXU EXU Exú Marabô
Dentro de uma casa velha aonde mora a escuridão Exú
um homem sempre passava com o seu chapéu na mão Exú
quem tem asa sempre voa quem tem pé sempre caminha
eu nao saio a luz do dia não mas a noite sempre é minha Exú
Na porteira da calunga eu vi os exús de marabô 2X
Procure aprender
Este dito popular
Devagar se vai longe
Quem espera sempre alcança
Num toque de alegria
O doce sabor que contagia
Quem tem amor
Pode até compartilhar
E quem não tem
Com certeza vai achar
O teu medo de perder
Não se deixa vencer
Não é razão
Mas é a vontade
De mudar a situação
Não tenho luxo
E nem tenho riqueza
Só amor e sabedoria
E sei até falar francês
Sou exu Marabô
E pra você eu sou doutor
História
O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!
https://www.facebook.com/amomeuorixa/posts/684753224892780
Bom, a entidade Sr. Marabô é um exu, negativo de Oxosse e algumas casas, como na casa que freqüento, gira para Xangô.
Fala pouco, é sério e gosta de bebidas e charutos finos.
É um dos sete corados na Umbanda e dos seus sete primeiros comandos, consta o exu sete ventanias e exu do lodo.
Existem muitas histórias sobre esta entidade. Em sua última encarnação neste planeta foi um general romano que viveu no tempo de Cristo.
Possui alianças com o Rei das 7 Encruzilhadas, Principe Negro, Tranca Ruas, Pinga-Fogo, entre outros.
Tem uma vibração semelhante ao exu Sr. Mangueira e são companheiros.
Tem como para a pomba gira Rainha dos 7 Cruzeiros....
https://www.agnoticia.org/historia-exu-marabo
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Uma história de sr Marabô !!! II
Exu Marabô está em terra.
Os poucos filhos que acompanham aquele terreiro vibram com sua presença.
Na assistência algumas pessoas ansiosas aguardam para serem atendidas.
O Exu ri, dança, bebe desenfreadamente. Atende uma filha da casa recém-casada.
Fala para a filha tomar cuidado com o marido, pois ele vai traí-la em breve.
A moça desespera-se.
Ele então passa uma longa lista para realizar o trabalho salvador.
Sabe que já plantou a semente irreversível da desconfiança no jovem casal.
Na assistência um pequeno empresário aguarda atendimento.
O Exu diz que a firma não falirá, para isso precisa de vultuosa quantia em dinheiro para trabalho urgente.
Chega a vez de uma médium, filha de outro terreiro, que visita pela primeira vez a casa.
Mais uma vez o compadre não se faz de rogado.
Diz para a pequena sair do terreiro que freqüenta, pois segundo ele a mãe de santo não entende nada sobre Umbanda.
E assim ele vai plantando a discórdia, a desunião, a dor.
Sempre que pode humilha publicamente os filhos da casa. Os dias passam sem novidades.
O que ninguém ali imagina é que por trás daquela entidade que se diz chamar Marabô, está escondido um enorme Kiumba.
Aproveitando-se do fato do tal pai de santo ser pessoa leiga, gananciosa e, totalmente despreparado ele domina o mental do incauto médium.
Diverte-se com a angústia dos outros.
Sempre que pode põe o pai de santo em enrascadas (cheques sem fundos, golpes que são descobertos constantemente, brigas e desunião em família).
E o pai de santo não tem escrúpulos algum em usar o nome de um grande e respeitado Exu de Lei.
Ao contrário, fica feliz em saber que aos poucos vai minando a credibilidade do verdadeiro Marabô.
O Kiumba raciocina que o dia em que as trapalhadas colocarem tudo a perder ele simplesmente abandonará o falso pai de santo à própria sorte.
Não será o primeiro nem o último que ele abandonará.
Afinal pensa o Kiumba, não fora o falso pai de santo que médium ainda novo, desenvolvendo, resolveu mistificar para dar uma abreviada no processo mediúnico de desenvolvimento?
Não fora também por conta própria que o médium abandonara o terreiro de sua mãe de santo, sem ter preparo algum?
Sem falar que enquanto esteve lá, desrespeitava os ensinamentos da casa, zombava dos irmãos de santo, dava golpes em tantos médiuns que muitos pediram até sua expulsão da casa?
Pois então fora ele mesmo que atraiu o Kiumba e sendo assim essa sociedade duraria até quando fosse possível.
O ser do umbral ganhando energia negativa, achincalhando Marabô, e o falso pai de santo ganhando dinheiro.
O Kiumba também aproveitava para trazer em terra seus falangeiros, que se aproveitam dos médiuns titubeantes da casa.
Hoje é dia de gira, no atabaque o ogã já está devidamente bêbado e sob influência dos asseclas do Kiumba.
As filhas e filhos da casa cegos em sua fé e sob forte energia maléfica, são capazes de aceitar qualquer loucura ali realizadas.
O falso Marabô está feliz, já olhou a assistência antes de incorporar.
Notou algumas pessoas que não lhe despertaram interesse.
Algumas mulheres velhas e sem dinheiro, um homem que também não traz dinheiro algum.
Vai se divertir com eles.
Pronto já está em terra! Atende a assistência como de costume, diverte-se com as angústias, os medos, as dores daquelas pobres almas.
Chega a vez do homem que estava na assistência, ele adentra de maneira lenta.
O Kiumba não lhe dá a mínima atenção. Um erro fatal.
Pois assim que o homem fica frente a frente com o ser do umbral algo inusitado acontece: o homem incorpora, solta uma gargalhada jovial e desafiadora.
Alguns médiuns do terreiro que mistificavam ou recebiam alguns asseclas do Kiumba “desincorporam” convenientemente. O ogã de tão bêbado, acaba por cair ao lado do tambor.
A assistência não entende o que se passa. O Kiumba entende, mas para ele é tarde demais. Por estar incorporado ele não tem tanta desenvoltura como gostaria nesse momento crucial.
Está só, já que os covardes que o seguiam fugiram dali.
O verdadeiro Marabô está ali diante dele e avança em sua direção.
No congá as velas começam a queimar a cortina que protege o altar.
Na cafua a pinga aquecida pelas velas também se incendeia.
A assistência percebe que algo muito errado está acontecendo e fogem todos. Antes o verdadeiro Marabô se vira para eles e mostra o quanto foram tolos em se deixar enganar. Fala que devem procurar ajuda, mas em terreiros sérios aonde se pratica a caridade, o amor e a união. Mostra o quanto foram usados. O Kiumba protesta, mas é inútil, a máscara já caiu. Marabô não está só, sua falange e muitos Exus de Lei estão adentrando no falso terreiro. O Kiumba é capturado e levado para o Reino de Exu, onde pagará caro pela insolência. O falso pai de santo está entregue a própria sorte. As chamas consomem o terreiro velozmente. Ao chegar as primeiras viaturas do Corpo de Bombeiro o oficial de plantão presencia uma cena que jamais esquecerá: no meio das chamas o pai de santo é “tragado” por um buraco negro, e some diante dos olhos do atônito bombeiro. Uma risada se faz ouvir. Marabô gargalha satisfeito do outro lado. Apesar das chamas o bombeiro sente um frio que lhe percorre a espinha.
O terreiro vira cinza e não se acham vestígios do corpo do pai de santo.
Justiça foi feita. Saravá Senhor Marabô!!!
http://espiritismoumbanda.blogspot.com.br/2009/09/uma-historia-de-sr-marabo.html
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HISTÓRIA DO EXU MARABÔ III
Guardião Marabô
(Put Satanakia) - Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema. Gosta de usar cobre em seus assentamentos. Possui um porte ereto e elegante. Astralmente se veste vermelho. Trabalha na linha negativa de Oxossi serventia do Caboclo Arranca-Toco.
O Sr. Marabô tem sua legião trabalhando no corte de trabalhos de magia negra. Sua poderosa legião também atua no corte de trabalhos ou correntes negativas em pessoas que sintam-se atingidas por espíritos perturbadores - quiumbas, promovem descargas em pessoas atingidas por despeitos com repercussão no emocional (queda de posição financeira, desemprego etc.), cortam demandas de saúde física e mental e descarga nos filhos de Oxossi.
Caminhos
Marabô das Sete Encruzilhadas
Marabô do Cruzeiro
Marabô das Almas
Marabô Toquinho
Marabô Cigano
Marabô das Matas
Marabô da Calunga
Características
Bebida bebidas finas
Fuma finos charutos
Guia Vermelha e Preta
Lugar encruzilhadas de ferro (trilho de trem).
Metal Cobre
Mineral Quartzo Azul Escuro
Planta Mamona
Vela pretas, vermelhas e pretas
Pontos Cantados
EXU EXU Exú Marabô
Dentro de uma casa velha aonde mora a escuridão Exú
um homem sempre passava com o seu chapéu na mão Exú
quem tem asa sempre voa quem tem pé sempre caminha
eu nao saio a luz do dia não mas a noite sempre é minha Exú
Na porteira da calunga eu vi os exús de marabô 2X
Procure aprender
Este dito popular
Devagar se vai longe
Quem espera sempre alcança
Num toque de alegria
O doce sabor que contagia
Quem tem amor
Pode até compartilhar
E quem não tem
Com certeza vai achar
O teu medo de perder
Não se deixa vencer
Não é razão
Mas é a vontade
De mudar a situação
Não tenho luxo
E nem tenho riqueza
Só amor e sabedoria
E sei até falar francês
Sou exu Marabô
E pra você eu sou doutor
História
O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!
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