sexta-feira, 9 de junho de 2017

Dança do Ventre

Dança do Ventre.

Sabemos que a cultura árabe exerceu grande fascínio sobre o Brasil. Justamente por isso, queremos transmitir informações corretas e “desmentir” as “invenções” feitas por pessoas que tem objetivo meramente comercial. Nosso inconformismo com estes dados infundados nos leva à criação desta página, que está aberta a todos que pesquisam e atuam nesta magnífica arte milenar.

DANÇA DO VENTRE OU DANÇA ORIENTAL?

O nome correto desta dança é RAKS SHARKI, que quer dizer dança oriental ou dança do oriente. Para a América, o nome dança oriental pode significar dança japonesa, chinesa, tailandesa etc. Por isso, nos EUA foi chamada de BELLY DANCE, e no Brasil, DANÇA DO VENTRE. Essa denominação deve-se aos movimentos, que são predominantes no ventre e quadril feminino.

DANÇA DO VENTRE

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A Dança do Ventr é a mais feminina e sensual de todas as danças. A mulher, através da música árabe, une seus movimentos, sua expressão e sua sedução, transformando-os, no palco, em sentimentos, que compartilha com seu público.

Há quem diga que a Dança do Ventre está ligada a rituais religiosos e danças sagradas. Não há qualquer ligação da Dança do Ventre com tais práticas, e não devemos levar em consideração este conceito, pois hoje a bailarina é considerada uma artista.

BENEFÍCIOS DA DANÇA DO VENTRE

Seus benefícios, tanto físicos como psicológicos, são comprovados. Ativa a circulação sangüínea, melhora o funcionamento do aparelho digestivo, dos rins e dos órgãos sexuais. Proporciona a redescoberta do feminino, com todo o sensualismo que lhe é peculiar.

A DANÇA DO VENTRE NOS PAÍSES ÁRABES

No mundo árabe, podemos assistir à Dança do Ventre em lugares distintos. Nas casas de shows, teatros e night-clubs (que geralmente encontram-se em hotéis cinco estrelas), as apresentações são montadas em um palco com conjunto musical, onde a bailarina comanda o show e os músicos.

Os músicos sempre estão atentos aos movimentos da bailarina, para que sua música esteja sempre em sintonia com a mesma.

A IMAGEM DE BAILARINA

A bailarina é sempre vista como uma “rainha”.

Na maioria dos casos, não é permitido que a bailarina seja tocada ou que suba nas mesas, nem tampouco que coloquem dinheiro em seu corpo. Em alguns casos, as oferendas são jogadas no palco, como acontece também no caso de cantores e cantoras.

Em poucos países árabes, a Dança do Ventre também é executada em cabarés. Nestes, encontramos “dançarinas”, e não bailarinas.

AS PRINCIPAIS QUALIDADES DE UMA BOA BAILARINA

É óbvio que para ser uma grande artista e uma boa bailarina é necessário ter talento. Porém, o talento por si só não é suficiente. Ela tem que ter disciplina de ensaio, manter-se constantemente atualizada, saber receber críticas de verdadeiros professores de dança ou daqueles que possuem muitos anos de experiência e intercâmbio com mestres reconhecidos internacionalmente. Necessita possuir exímia técnica da dança oriental, além de conhecer os ritmos, as melodias e saber expressar-se através das músicas e comportar-se diante do público.

MANTENDO A HUMILDADE

Nós estamos sempre aprendendo. Aquela que não passa as informações corretas para as alunas ou escondem conhecimentos demonstram uma grande insegurança e falta de sabedoria. Quem diz que já sabe tudo e não necessita de mais nada ou não possui humildade quando necessário está sofrendo da “Síndrome do Estrelismo” e este é o começo do fim.

COMPRANDO BONS PRODUTOS

Alguns comerciantes de produtos para Dança do Ventre entram no mercado oferecendo artigos de má qualidade, de procedência desconhecida ou copiados de pessoas que estão a muito tempo no mercado.Verifique e confirme a procedência desses artigos e não se deixe enganar.

ALUNAS E BAILARINAS DE dANÇA DO VENTRE

Escolha da professora

Para a escolha correta de sua professora, é necessário verificar seu curriculum, isto é, os cursos de aperfeiçoamento que participou, o trabalho que desenvolve e o tempo que dedica para estudar. Toda boa profissional está sempre estudando e buscando novas técnicas. Um indício negativo numa professora é quando ela acha que sabe tudo, não participa de cursos e não treina diariamente. Porém, o mais importante é verificar a veracidade das informações do curriculum da sua professora.

Escolha da bailarina

Quando se escolhe uma bailarina para um show, deve-se observar, em primeiro lugar, se realmente é uma boa profissional. Ela precisa ter técnica, emoção, sensualidade e expressão, além do bom conhecimento das músicas e dos ritmos árabes.

O espaço da bailarina no show

Toda bailarina deve ter, na medida do possível, um espaço físico que possa demonstrar toda sua performance (movimentos, coreografias) de forma artística. Para isso, é importante um palco ou uma pista, que proporcione boa visibilidade a todos os espectadores.

“Caixinha”

A bailarina pode ser homenageada pelos espectadores com pétalas de rosas, aplausos e também dinheiro, desde que colocados no palco ou jogados sobre sua cabeça. Em hipótese alguma, a bailarina deve dividir seus presentes com outras pessoas. Isto só acontece em casas de shows não adequadas.

Escolha da música

Toda bailarina deve conhecer vários estilos de música, desde as tradicionais até as modernas. É importante que a escolha da música seja feita de acordo com sua preferência, porém é imprescindível o conhecimento de todos os estilos.

A relação entre a técnica e a expressão

O conhecimento da técnica é fundamental. Contudo, sem sentimento e expressão, a dança torna-se mecânica e insignificante. A expressão corporal (demonstrada nos movimentos do corpo) e facial (demonstrada principalmente no olhar) deve acompanhar a bailarina em toda sua dança. Ela deve transmitir aos espectadores a melancolia ou a alegria das músicas.

A mulher brasileira no mundo da Dança do Ventre

Pelo constatado, várias bailarinas brasileiras trabalharam e trabalham no mundo árabe, obtendo sucesso e respeito. Isso deve-se principalmente a facilidade de adaptação aos ritmos e aos movimentos rápidos e sinuosos e à bela estrutura física. Além disso, a sensualidade é outro fator importante que está presente na mulher brasileira.

ÉTICA

Ética é o conjunto de regras de conduta das bailarinas entre si e para com seu público e suas alunas.

1. A ética das bailarinas entre si

Consideramos falta de ética para com outras bailarinas dançar sem cachê ou com valor abaixo do mercado, pois isto causa uma desvalorização do trabalho artístico, criando uma concorrência desleal, o que prejudica todas as outras profissionais. O que acontece muito no mercado de trabalho é que algumas bailarinas recebem promessas variadas (sucesso no futuro, shows etc.) de falsos empresários, que têm o único intuito de explorá-las comercialmente.

2. A ética da professora para com suas alunas

Existem professoras que, por insegurança, não passam informações completas e corretas às suas alunas, bem como aquelas que evitam que suas alunas conheçam os trabalhos de outras profissionais. Isto, além de prejudicar o desempenho de suas alunas, que necessitam conhecer outros estilos, prejudica também a própria professora, que não cumpre o seu papel de mestra. Como diria Gibran Khalil Gibran, as pessoas que compartilham seus conhecimentos são agraciadas porque confiam plenamente na fartura que a vida lhe proporciona.

3. A ética da bailarina para com seu público

A postura da bailarina é muito importante. Ela deve ter uma sutil sensualidade em seus movimentos, com muita delicadeza e simpatia no trato com o público. Certos exageros e gestos muito próximos são dispensáveis.

Fonte: www.bellydance.com.br

Dança do Ventre

Na Turquia a Dança do Ventre é chamada “gobek dans”. A dança foi criada sobre a influência de muitas culturas e até hoje continua a se desenvolver. Uma das suas polêmicas origens pode ter sido Grega. Alguns historiadores acreditam que a dança era parte de rituais religiosos. Já outros acreditam que a Dança do Ventre teve origem no Egito. Para mulheres da Arábia Saudita a dança era considerada sagrada e não podia ser vista pelos homens.

No inicio do século, a Dança do Ventre foi apresentada em Chicago com o nome francês: “danse du ventre” razão pela qual foi traduzida para o Inglês como “belly dance” e para “Dança do Ventre” em Português.

Independente de fronteiras e culturas a “Dança do Ventre” tem um estilo próprio. Ha vários pontos que diferenciam a dança oriental das outras formas de dança e revelam sua origem. A Dança do Ventre tem tradição em ser associada com a religião e elementos eróticos. Esta ambigüidade fez com que a “Dança do Ventre” fosse desprezada e amada por muitos. Sua origem aparente é relacionada ao culto de fertilidade na antiguidade.

A dança oriental é unicamente feita para o corpo feminino, com ênfase para os músculos abdominais. O bumbum e o pescoço se movimenta também. A dança é tradicionalmente dançada com os pés descalços, sendo caracterizada por ter movimento sensuais do dorso alterando balanços diversos.

As dançarinas geralmente usam também um instrumento musical para ajudar a dar ritmo a dança. Ha também dançarinas que usam cobras, espadas, véus e candelabros. Estes apetrechos teriam poderes mágicos e também protegiam os povos mais primitivos. As cobras são claramente ligadas com misteriosas culturas antigas. Ela é um símbolo complexo que representa o masculino e feminino e também a imortalidade na forma da cobra comendo o seu próprio rabo.

Hoje na Turquia, a Dança do Ventre é muito popular. Você podera ver na televisão e também em festas de casamentos e de circuncisão. Os espectadores pagam a dançarina colocando sobre a sua roupa notas de dinheiro. Esse é um costume comum em festas diversas.

Fonte: www.business-with-turkey.com

Dança do Ventre

Possível Origem

Ásia Menor / Pré história

Data aproximada de sua existência

De 5.000 a 7.000 antes de Cristo

Estrutura

Combina em seus movimentos elementos de diferentes países do Oriente Médio e Norte da África

Divindade para qual a Dança do Ventre foi oferecida: Deusa Inanna, a grande mãe terra

Nos países árabes a Dança do Ventre é conhecida como: Raks Sharki – Dança Oriental

Origem do nome Dança do Ventre

Os movimentos de ventre e quadris presentes na dança oriental despertaram fascínio em um grupo de viajantes europeus comandados por Napoleão. Desta maneira, a dança oriental feminina foi classificada em Francês como “La danse du ventre” .

Dança do Ventre

Raks Sharki (Dança Oriental)

É mais refinado e rico incluindo movimentos folclóricos egípcios, dança clássica e dança contemporânea, com grandes deslocamentos, giros e movimentos com todas as partes do corpo, inclusive os de quadris que são os mais importantes.

Raks Baladi (Dança do povo)

É elementar praticada sem deslocamentos e predominam os movimentos de quadris

Fonte: www.nandhara.pro.br

Dança do Ventre

Não tem como tirar os olhos de uma mulher fazendo a Dança do Ventre. É fascinante ver o corpo a serviço de movimentos naturais e que a deixam ainda mais bela, em sua pura essência. Cada músculo, osso e pele se movem em harmonia para a dança e criam um clima de sedução e mistério.

Nesta hora, a guerreira, que faz tripla jornada de trabalho, pode deixar a feminilidade aflorar e é ai que consegue atingir a naturalidade, livrando-se do estresse e colocando as pressões do dia-a-dia bem longe de toda a delicadeza permitida ao universo forte e sensível das mulheres.

“A Dança do Ventre mexe com a fantasia e o emocional, estimulando o corpo e acabando com as inibições. Quem acha que tem o corpo feio, vai descobrir uma silhueta linda, num processo natural”, diz a professora de Dança do Ventre, Lulu Sabongi.

A sensualidade também é presente em toda a Dança do Ventre. Os movimentos do corpo estimulam a libido de quem os faz e de quem vê. “A mulher passa a se ver como um todo e acaba mexendo com a fantasia masculina porque faz movimentos que se prestam ao sexo”, diz Lulu.

Mas não dá para confundir. A dança é apenas sensual, mas não passa por apelos ou vulgaridade. “É uma brincadeira com o corpo que faz uma volta ao lúdico”, diz a dançarina. Outra vantagem é modificar a postura e os próprios movimentos, que ganham mais graça e suavidade, além de dar mais forma ao corpo.

Fonte: mulher.terra.com.br

Dança do Ventre

A origem da Dança do Ventre é bastante polêmica, onde são muitas as versões e contradições. Uma das hipóteses mais aceitas é que ela tenha se originado no Antigo Egito vinda de rituais ligados à fertilidade da terra e da mulher.

Em nosso site vamos dividir a história da Dança do Ventre em duas áreas: a mundial e a brasileira.

A Dança do Ventre no Mundo

Originalmente o nome da Dança do Ventre é Racks el Sharqi, cujo significado do árabe é Dança do Leste. Posteriormente este nome foi traduzido pelos franceses como Danse du Ventre e pelos norte-americanos como Belly Dance.

Chegou ao Brasil, portanto, como Dança do Ventre, ou Dança Oriental Árabe ou ainda Dança do Leste que seria a forma mais correta de chamá-la, de acordo com a tradução do árabe para o português.

Segundo SHAHRAZAD, a pioneira da Dança do Ventre no Brasil, Dança do Leste foi o nome dado a esta dança porque “significa onde o sol nasce, de onde a mulher recebe as energias e o poder do Sol”.

Origem

A Dança do Ventre é uma dança de origem oriental, cujo surgimento exato em termos de localização histórica e geográfica nos é desconhecida. Ou seja, não se sabe ao certo onde e nem quando a Dança do Ventre se originou.

A literatura histórica sobre este assunto é escassa e duvidosa, e os poucos autores que se arriscaram a escrever sobre isso concordam.

Há poucos documentos e registros que atestam o passado histórico da Dança do Ventre.

Devido à dificuldade de encontrar informações confiáveis, surgem diversas interpretações, teorias e hipóteses.

A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas.

Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida.

Ou seja, tratava-se de uma dança ritualística, em caráter religioso, sem apresentações em público.

Essas mulheres reverenciavam as deusas que acreditavam ser as responsáveis pela vida da terra, pela vida gerada no ventre da mulher, e pelos ciclos da natureza.

Há quem diga que ao dançarem as mulheres também se preparavam para ser mães, já que a movimentação da Dança do Ventreajudava a fortalecer a região pélvica, facilitando o parto.

Dizem que quando os árabes invadiram o Egito, eles se apropriaram da Dança do Ventre e a disseminaram para o resto do mundo.

Características Antigas e Atuais

Esse caráter religioso da Dança do Ventre, a qual era realizada em rituais sagrados em homenagens a deusas, modificou-se.

Raramente a Dança do Ventre hoje é praticada como um ritual religioso, mesmo que muitos ainda a vejam como uma prática sagrada.

A característica mais evidente hoje da Dança do Ventre é cultural, artística e profissional.

Cultural porque ela faz parte da tradição, do patrimônio cultural de muitos países, principalmente árabes, nos quais a dança é transmitida de uma geração a outra.

Neste sentido, poderíamos dizer que a Dança do Ventre tem o mesmo significado para os países árabes que o tango tem para a Argentina, o flamenco para a Espanha e o samba para o Brasil. São danças que compõem o patrimônio cultural de cada país.

A característica artística e profissional da Dança do Ventre se manifesta nas pessoas que a estudam, treinam, ensinam, se apresentam. Ou seja, quando a Dança do Ventre se transforma na profissão de muitas pessoas.

Isso acontece atualmente tanto nos paises árabes quanto nos paises ocidentais, onde há bailarinas e professoras de Dança do Ventre.

No passado histórico supõe-se que a Dança do Ventre tivesse caráter informal de aprendizagem. Ou seja, não havia escolas que ensinavam a dançar, fato que é muito diferente do que ocorre hoje.

Tampouco havia preocupações quanto à sua técnica, quanto à sua forma de realização.

Era basicamente uma dança de caráter sagrado praticada somente por mulheres, nas quais umas aprendiam com as outras informalmente, não necessitando de aulas para tal.

Muitos anos após seu provável surgimento, a Dança do Ventre passou por muitas e diversas influências culturais de diferentes épocas e países, e sofreu as alterações de países ocidentais onde ela chegou.

Por exemplo, podemos dizer que as suas características de aprendizagem e de realização modificaram-se bastante.

Atualmente, principalmente no ocidente quando uma mulher quer aprender a Dança do Ventre, ela geralmente faz aulas, estuda, ensaia, treina. O que mostra sua característica de dança artística.

Improvisada ou coreografada?

Provavelmente em sua origem a Dança do Ventre não era coreografada. Ela era uma dança improvisada, que surgia de acordo com os sentimentos, criatividade e reverência no momento de sua execução.

Hoje, como sabemos, ao assistir ou elaborar uma apresentação, ela pode ser coreografada ou improvisada. Isso depende da escolha da bailarina, da adequação ao local ou tipo de evento da apresentação.

A Dança do Ventre no Mundo Hoje

A partir do final do século XX, tem-se observado um crescente interesse do Ocidente pela Dança do Ventre, ou seja, em paises americanos como o Brasil e EUA, e em paises europeus como a Espanha, Portugal e França, entre outros. Este interesse se deve talvez ao fato de a Dança do Ventre ser muito diferente das danças praticadas no Ocidente, exigindo uma movimentação e uma estética diferentes das outras danças, assim como as características musicais.

De acordo com a bailarina e professora HAYAT EL HELWA “A dança foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris em 1889, onde foram trazidos diversos artistas de rua, algerianos, para se apresentarem na mostra”.

Nos países árabes atualmente as apresentações de Dança do Ventre ocorrem em diversos lugares como casas de shows, teatros e nihgt clubs (que geralmente ficam em hotéis cinco estrelas).

Inclusive muitas bailarinas brasileiras quando vão trabalhar nos países árabes como o Egito, é nestes hotéis cinco estrelas que elas se apresentam.

Sobre as apresentações, ainda é importante dizer que elas ocorrem geralmente no palco destes lugares, e quase sempre com uma banda composta de muitos músicos. Geralmente cada bailarina tem sua própria banda para acompanhá-la.

A Dança do Ventre no Brasil

A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é recente, datando de aproximadamente uns cinquenta (50) anos para cá. E pode-se dizer que provavelmente ela teve seu início quando os primeiros árabes aqui chegaram.

Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.

A bailarina Patrícia Bencardini em seu livro nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século” (p. 68-9).

Provavelmente este foi o caso da bailarina palestina SHAHRAZAD Shahid Sharkey que aqui chegou por volta de 1957.

Muitas bailarinas acreditam ela foi a pioneira desta dança no Brasil. Seu nome de nascimento é Madeleine Iskandarian.

Shahrazad foi cabeleireira por 18 anos e passou a dedicar-se à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, embora já dançasse profissionalmente desde os sete (7) anos em diversos países árabes, como conta em seu livro.

Aqui se apresentou em diversos restaurantes árabes, teatros e programas de televisão, além de ter concedido várias entrevistas.

Publicou em 1998 o livro intitulado “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela Dança do Ventre”, além de alguns vídeos com a didática que desenvolveu para o ensino de dança, com aproximadamente três mil (3.000) exercícios criados por ela. A última edição de seu livro foi lançada na 17º Bienal do Livro em São Paulo.

ImageSua dedicação à Dança do Ventre, além de incluir a formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu ainda sempre uma luta pela valorização da dança e nunca por sua vulgarização.

Em seu livro ela diz que “uma bailarina não deve aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração” (p. 5 e 6).

No entanto, diz-se também que Zuleika Pinho foi a primeira bailarina a realizar uma apresentação de Dança do zuleika_pinho_rainha_danca_ventreVentre no Brasil, num clube árabe chamado Homes, onde na época Zuleika tinha apenas 14 anos. “Me perguntaram se poderia apresentar uma dança oriental, não tinha ideia do que era, mas aceitei”, conta Zuleika.

Nesta época, ela passou a se apresentar em vários restaurantes e programas de televisão, assim como aparecer um muitos jornais da época.

Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a Dança do Ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “o Brasil não havia produzido nenhuma obra sobre o assunto e escassas eram as publicações em inglês e francês”.

Para a bailarina esta situação passou a se modificar a partir da década de 90 quando no Brasil começaram a surgir publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas, quando surgiram eventos, concursos e desfiles, além de programas de televisão, rádio e internet tratando do assunto. Essa procura pela dança acentuou-se ainda mais após a exibição da novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão.

Muitos profissionais dizem que não havia música árabe no Brasil, porque aqui não se produzia e não se vendia também. Os discos de vinil na época tinham que ser comprados fora do país.

De acordo com Jorge Sabongi, proprietário da Casa de Chá Khan el Khalili, no início dos anos 70 havia alguns poucos restaurantes árabes como Bier Maza, Porta Aberta e Semíramis, que atualmente não existem mais. Eles contavam com algumas apresentações deDança do Ventre e alguns músicos árabes.

Um pouco depois, na década de 80, surgiram as primeiras bailarinas de Dança do Ventre brasileiras, que podem ser consideradas como a primeira geração de bailarinas no Brasil. Foram elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina.

O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, pela Casa de Chá egípcia Khan el Khalili, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi.

Desde então muitos outros vídeos, e mais recentemente DVDs, têm sido produzidos no Brasil, tanto didáticos quanto de shows. Também muitos DVDs internacionais têm sido comercializados aqui, já que a procura tem sido cada vez maior.

A casa de chá egípcia Khan el Khalili foi inaugurada em 1982 por Jorge Sabongi e antes de completar dois (2) anos passou a contar com apresentações de Dança do Ventre (por sugestão de uma casal de egípcios) uma vez a cada três (3) meses.

Até que apareceu Lulu, e após iniciar os estudos na Dança do Ventre, começou a se apresentar na Casa de Chá cada vez com maior freqüência e com um público cada vez maior.

Danca do Ventre
Lulu Sabongi

Hoje a Khan el Khalili tem mais de vinte e cinco (25) anos de existência. Além de contar com casa de chá, conta ainda com apresentações diárias de Dança do Ventre, oferece aulas, shows, produz Cds e DVDs, exportando inclusive para outros países.

Os primeiros Cds produzidos no Brasil vieram da família de músicos Mouzayek, liderada pelo cantor Tony Mouzayek. A coleção de Cds intitulada “Belly Dance Orient” encontra-se atualmente em seu 41º volume.

A família Mouzayek veio da Síria na década de 70 e aqui se instalou contribuindo para a divulgação da cultura árabe, principalmente daDança do Ventre no Brasil.

Além de músicos, são proprietários de uma loja no centro de São Paulo, a Casa Árabe, que existe há mais de quarenta (40) anos e vende diversos artigos para Dança do Ventre, como CDs, DVDs, roupas, acessórios, livros e instrumentos musicais.

Um importante e grande evento de Dança do Ventre que ocorre anualmente no país é o “Mercado Persa”. Ele ocorre na cidade de São Paulo desde 1995 e é caracterizado por promover muitas apresentações de dança oriental (amadoras e profissionais) e por vender muitos artigos especializados às suas praticantes.

O número de participantes deste evento vem aumentando desde seu surgimento, tanto que já conta com dois palcos e não mais com um como no início. O que significa que durante doze (12) horas, das 10 às 22, acontecem apresentações ininterruptas de Dança Árabe em dois palcos simultaneamente. Este evento foi criado pela bailarina Samira Samia e é dirigido por sua filha, a também bailarina, Shalimar Mattar.

Foram ainda elas que criaram o primeiro jornal sobre o assunto no Brasil “Oriente Encanto e Magia”, com publicação mensal, existente desde o ano de 1995. Sua distribuição é gratuita e consta de matérias, artigos, fotos, divulgação de eventos e de profissionais da área.

Image O primeiro livro sobre o assunto, “Dança do Ventre – uma arte milenar”, foi escrito pela bailarina e professora Málika em 1998, pela Editora Moderna. Foi lançado na Bienal de mesmo ano, mas atualmente se encontra esgotado.

De acordo com a autora, o livro surgiu “de um caderno de estudos, onde costumava anotar passos, dúvidas, temas a serem pesquisados e/ou aprofundados, curiosidades etc”.

Hoje em dia não nos deparamos mais com muitos dos problemas que havia antes, como a falta de Cds, vídeos, figurinos, professoras, bailarinas na área de Dança do Ventre.

Muito pelo contrário, há uma abundância grande de material para estudos e pesquisas, principalmente com a internet. Nela há textos, fotos, divulgações de eventos, bem como vídeos.

Há uma estimativa de que o Brasil é, junto com os Estados Unidos, um dos países ocidentais com o maior número de praticantes do mundo.

De fato, a mulher brasileira se identifica com as características da Dança do Ventre e talvez por isso ela faça tanto sucesso aqui.

Atualmente no Brasil as aulas de Dança do Ventre são oferecidas em diferentes espaços como em academias de ginástica, clubes, escolas especializadas, escolas de dança, assim como em espaços esotéricos e centros culturais.

Muitas revistas e livros já foram escritos sobre o assunto, não se esquecendo de que a divulgação maior fica por conta da internet.

Apesar de pequena, ainda há uma participação da Dança do Ventre no meio acadêmico, onde conta com algumas publicações de monografias, artigos científicos e dissertações de mestrado.

Além disso, nosso país ainda conta com muitos eventos anuais que prestigiam a Dança do Ventre, assim como workshops nacionais e internacionais realizados principalmente na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O Brasil ainda produz CDs árabes, bem como vídeos, DVDs e roupas, além também de importá-los quando é de agrado das clientes.

Fonte: www.centraldancadoventre.com.br

Dança do Ventre

Para a mulher a Dança do Ventre traz inúmeros benefícios, tanto do ponto de vista corporal, estético, quanto psicológico. Podemos citar alguns pontos mais visíveis e importantes:

Corporal

Uma aula de Dança do Ventre propicia queimar muitas calorias, auxiliando no processo de emagrecimento

Tonifica e enrijece a musculatura do abdômen, pernas, braços, costas e glúteos

Aumenta e ativa a circulação sanguínea

Trabalha as articulações, melhorando seu condicionamento

Proporciona a reeducação postural

Aumenta a flexibilidade e resistência física

Desenvolve a coordenação motora e melhora o eixo de equilíbrio

Estético

Aprende a ter um cuidado mais delicado com o próprio corpo;

Cria um estimulo para dietas saudáveis, no sentido de potencializar seu visual; entenda-se isso, por criar uma disciplina nos hábitos alimentares e não cair em dietas mirabolantes sem resultados positivos;

Desenvolve a capacidade de ressaltar seus pontos interessantes e atenuar os menos favorecidos, trazendo um bem estar com o próprio corpo.

Psicológico

Desenvolvimento imediato da auto-estima: a mulher passa a observar e perceber que tem diversas qualidades que talvez nunca tenham sido trabalhadas

Aflora a feminilidade tornando-a mais sensual, sem resquícios de vulgaridade

Promove na mulher a aceitação de si mesma como ser encantador, diferenciado e belo

Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos

Estimula a criatividade

Através de seqüências e laboratórios/dinâmicas trabalhamos a percepção sensorial. Isso cria uma sensibilização na mulher, de forma que sua leitura musical é decodificada através de movimentos precisos e que a colocam em contato com seu interior, suas próprias emoções

Desta mesma forma, a timidez que muitas vezes atrapalha o processo de aprendizado é trabalhada aos poucos, possibilitando melhoria nos relacionamentos

Alivia o stress do dia-a-dia através do contato de grupo pela troca de experiências e informações, o que desenvolve a capacidade de sublimar os desafios;

O prazer com a dança é algo que se adquire no dia-a-dia. Com o decorrer do tempo chega-se à conclusão que é um prazer para a vida toda.Toda mulher deveria marcar um encontro consigo mesma. Seja através da dança ou qualquer outra manifestação artística.

A Dança do Ventre nos possibilita vislumbrar um mundo completamente diferente daquele conhecido pelas mulheres ocidentais.Toda mulher tem seus predicados. Descubra quais são os seus e perceba que existem muitos mais!

Fonte: www.pr4.ufrj.br

Dança do Ventre

Origem da Dança do Ventre

A Dança do Ventre é uma dança Milenar, e foi praticada por sacerdotizas no antigo Egito. É uma dança que cresce no mundo todo. A procura das mulheres por esta dança evidencia o renascer da força feminina no universo e porque tantas mulheres envolvidas com o estudo da magia natural procuram a dança., para aquelas que não acreditam, a procura também aumentou para que as mulheres procurassem resgatar sua feminilidade ou simplesmente dançar esta dança que mexe com nossas fantasias.

Origem da Dança do Ventre

Dança do Ventre foi um nome dado pelos franceses, para os americanos, Belly dance. No oriente chama-se Raqs el Sharke, que quer dizer dança do leste. A origem da Dança do Ventre é até hoje um mistério. A versão mais aceita entre os profissionais da área e antropólogos são os rituais de fertilidade realizados no Egito. Porém, alguns apontam para a Mesopotâmia o nascimento desta dança :

” Embora a dança seja comumente associada ao Egito e Arábia, as notícias mais antigas sobre o tema vêm da Mesopotâmia, ali, as mulheres dançavam em louvor à Grande Mãe, que ganhou nome de Inana entre os sumérios, Ishtar entre os Assírios babilônicos e Astarte entre os cananeus e fenícios- todas elas ligadas a fecundidade, vegetação e ao amor ”

Revista Planeta – Setembro 1999

Ou ainda: ” A Dança do Ventre é um ritual sagrado anterior à mais antiga civilização reconhecida históricamente, a dos sumérios em 6.500 a.C. … Os sumérios que chegaram por volta de 3.500 anos a.C. às mesmas terras, vindos da Ásia Central – também reverenciavam a Grande Mãe, que se manifestava sob a forma da deusa Inana.”

Revista Mais Vida – Fevereiro1996

Estes rituais de fertilidade podem ser encontrados em todas as culturas primitivas. Sabemos, através das pesquisas que a dança surgiu destas manifestações religiosas, porém, não podemos afirmar que dentro de todas estes rituais dos diferentes povos, a coreografia utilizada tenha sido comum e igual a Dança do Ventre que conhecemos hoje. Devido a isso, é errado dizer que a Dança do Ventre surgiu destes rituais de fertilidade. Porém, históricamente sabemos da invasão árabe no Egito e, como são eles os responsáveis por sua propagação, podemos afirmar então, que ela surgiu dos rituais de fertilidade realizados no Egito. Aproximadamente no ano 5.000 a.C (segundo papyros e hieroglifos em pedra), a dança era praticada por sacerdotizas nos templos em honra a deusa Mãe Ísis, pedindo fertilidade para as mulheres, animais solo, etc. As sacerdotizas dançavam para que os sacerdotes entrassem em transe e, na época de plantio, era comum o ato sexual entre eles como um ritual. Encontra-se ainda relatos sobre a origem Dança do Ventre no Egito criada por um escravo africano chamado Bes em homenagem a Hathor, outra deusa mãe. Esta era associada a fertilidade da terra.

Uma outra versão da dança no Egito é, segundo Regina Ferrari, os fenômenos da natureza terem sido associados a origem divina pelos antigos egípcios. Estes não compreendiam as alternâncias do dia e da noite e acreditavam que, no céu, vivia Nut, uma grande Deusa protegendo a Terra e parindo de seu ventre o Sol todos os dias e a Lua todas as noites. Mais tarde, a crença expandiu-se para as deusas Hathor, a mãe Vaca e Ísis, a deusa da Lua. Nos rituais em homenagem às deusas, segundo ela, nos templos de Ísis , eram praticadas danças que simulavam, através de movimentos e ondulações no ventre, a origem da vida. Sobre Ísis encontramos hierogfos gravados em pedra e seu santuário em Dendera e um templo na ilha Filas, onde sacerdotizas ainda resgatam seu culto. A religião da deusa foi a maior e mais antiga religião, praticada por povos primitivos. Segundo relatos de livros sobre este tema, a Deusa foi a divindade suprema durante 30.000 anos, reverenciada e conhecida sob inúmeras manifestações e nomes, em todas as culturas, originando as lendas e os mitos conforme os lugares e períodos de seus cultos. Segundo Claudia Cenci (professora Dança do Ventre de O Clone), Toda a dança sempre foi em algum momento um ritual religioso e desenvolveu-se para personificar os valores das culturas a que pertencia. Com o enfraquecimento do culto à Ísis a Dança do Ventre foi perdendo seu caráter sagrado e passou a servir como atração em palácios e festas populares. Por volta do ano 650 d. C. os árabes invadiram o Egito e à Dança do Ventre eles acrescentaram seu caráter festivo, tomando-a como costume e sinal de celebração e sorte em suas festividades em geral.

Danca do Ventre
Naima Akef Bailarina Egípcia da década de 1930, iniciou sua carreira no circo.Dotada de grande técnica e estilo, suas coreografioas encantaram o cinema egípcio com sua rte de canto, atuação e dança

Danca do Ventre
Acima, a musa Souhair Zaki

Os árabes, povo nômade por sua característica de mercadores, foram os responsáveis pela divulgação da Dança do Ventre pelo mundo. Logo, a Dança do Ventre seria confinada em palácios e haréns, este fato segmentou suas praticantes em awalim (mulher versada em artes, apresentavam-se mais cobertas)- bailarinas de elite, apresentavam-se somente em palácios e grandes haréns e as ghawazee (plural de bailarina profissional – ghaziya). Estas eram mulheres exóticas com cabelos tingidos de hena. Segundo Wendy Buonaventura as ghawazeee originais eram ciganas. Pois o significado de ghawazee é ” invasoras”, ou seja, tribos que não eram do Egito. Até hoje as bailarinas profissionais são estrangeiras em sua maioria pois, pelo costume , uma mulher de família não deve se expor. As ghawazee dançavam nas ruas, prostiuiam-se para manter os templos à Ísis, e algumas eram até vendidas como escravas pelos árabes. Em 1799, sob o governo de Muhammad Ali, as bailarinas foram pela primeira vez, proibidas de dançar nas ruas, sob pena de 50 chicotadas. Mais tarde, quando Napoleão invadiu o Egito, as bailarinas dançavam para entreter os soldados franceses, equilibrando suas espadas, em troca de dinheiro para manter os templos. Os generais proibiram suas apresentações, porém muitas bailarinas não obedeceram e quase 400 foram decapitadas. Outras foram salvas pelos próprios soldados que as levaram para a França. Prova disso é o quadro “Odalisque”de Renoir retratanto uma bailarina. Quando Napoleão inaugurou a Era Orientalista o interesse do ocidente pelo mundo árabe causou constantes apresentações em eventos para estrangeiros. Em 1893 houve um grande festival em Chicago onde Fahreda Mahzar (Síria) encantou o público com sua dança. A partir daí surgiram várias imitadoras que deturparam a Dança do Ventre e a propagaram erroneamente.

Danca do Ventre
Samia Gamal Atriz e bailarina egípcia. Dentre as de sua época foi sem dúvida a mais famosa de todas.

Logo, várias bailarinas saíram do Oriente em busca de trabalho, muitas de origem simples, algumas expulsas de casa. Porém Armen Oharian (Armênia) foi uma exceção, proveniente de família próspera, culta optou pela dança abandonando seu casamento. Foi uma grande bailarina profissional que trabalhou para manter o estilo da Dança do Ventre em sua forma original, embora lamentasse que as ocidentais jamais entendessem o sentido real desta dança. Anos mais tarde, com o surgimento da escola Isadora Duncam, sua aluna Ruth St. Denis foi uma profissional dedicada a criação de uma nova dança. Gertrude Vanderbilt Whitney, sua aluna, foi uma das bailarinas de Dança do Ventre mais famosas na américa. Várias bailarinas americanas diziam-se descendentes de árabes para darem maior credibilidade a seu trabalho, dentre elas Mata Hari, dizia- se descendente de uma dançarina de um templo distante no oriente. Seu sucesso fez surgir várias imitadoras que acabaram por ultrapassar sua vanguarda. Logo a Dança do Ventre seria tema de filmes de holywood agregando a seu contexto????Ú? coreografias e acessórios. Nos filmes de Oscar Willde destaca-se Ali Babá e os 40 ladrões, com a participação da bailarina oriental Samya Gamaal. Sua entrada para o cinema acrescentou a ela influencias de ballet clássico, jazz e dança espanhola e indiana.

A Dança do Ventre no Brasil

O berço da Dança do Ventre no país é São Paulo. Lá, há mais de 30 anos atrás aproximadamente a bailarina conhecida como Sharazad, vinda do oriente ministrava suas aulas em casa para alunas que logo seriam as responsáveis pela propagação da dança no país. Nos anos 70, alguns restaurantes árabes como Semíramis, Bier Maza e Porta Aberta possuiam apresentações de Dança do Ventre como atração para seu público frequentador (em sua maioria, pessoas da colônia árabe). Em geral, três músicos tocavam num pequeno palco (alaúde, derback e dâff), e num determinado momento do jantar, eram chamadas uma ou duas bailarinas, para fazerem suas apresentações. Surgia a primeira geração de bailarinas no Brasil.

Danca do Ventre
Danca do Ventre
Samia Gamal

Eram elas, Shahrazad, Samira, sua aluna, Rita, Selma, Mileidy e Zeina. Em 1983 nascia a casa de chá egípcia Khan El Khalili e anos após, sua bailarina destaque, aluna de Sharazad, Lulu Sabongi importante peça de desenvolvimento da dança no país devido sua enorme dedicação e estudo pela dança. Nasceram assim os vídeos didáticos, cds e revistas para estudo. As bailarinas de todo o país viajam para aprimorar-se nesta casa de chá onde realiza-se cursos e aulas regulares, e, pelo que se sabe, foi a primeira casa voltada para o estudo da Dança do Ventre. Importante também são os estudos realizados por Claudia Cenci, jornalista e bailarina e sua atuação como bailarina e consultora na novela O Clone, resgatando os costumes árabes e a influência da Dança do Ventre nesta cultura, oportunizando ainda o conhecimento da dança para milhões de expectadores e das bailarinas de todo o país.

A Dança do Ventre que estudamos hoje é proveniente do Egito. É dela que temos os passos básicos antes de sua transformação ( mais a nível de deslocamentos e giros). Estudando sua origem, descobrimos que a Dança do Ventre tem um caráter de ritual sagrado além de seu aspecto folclórico e sua forma tradicional (balady). Concluímos que haja daí, danças com caráter de ritual . Dança Tradicional – Consideramos dança tradicional aquela executada no país que consideramos berço da Dança do Ventre para o mundo na sua forma mais original e aquelas oriundas diretamente desta. Subdividimos então o estilo tradicional em: BALADY – Consideramos dança tradicional aquela mais comum e proveniente do Cairo já que constatamos ser o Egito o berço da Dança do Ventre para o mundo. Segundo Claudia Cenci a dança tradicional egípcia é a dança chamada Balady, dança de camponesas egípcias com pouca ou nenhuma movimentação de braços e deslocamentos e ênfase nos movimentos de quadril. O Baladi é uma dança popular dançada em caráter solo. Sua música contém improviso de um músico solando (taksim) e histórias de amor cantadas chamadas mawales. A partir desta dança novas “correntes” expandiram-se e através das várias influências que sofreu: ásiática, conferindo-lhe graça e postura, Índia e Pérsia, movimentos da cabeça, mãos e braços e da Turquia as ondulações, fizeram surgir um novo estilo de dança, a Raks el Sharqi , a dança clássica do mundo árabe.

RAKS EL SHARQI – Clássico – A dança clássica utiliza-se de músicas, em sua maioria compostas para a bailarina, propondo ritmos de entrada desta em cena, o desenvolvimento da música com altos e baixos e vários ritmos e o grande final, onde a bailarina deve deixar o palco dançando. Este estilo de dança utiliza-se muito de passos do ballet clássico como arabeske, giros, chassê, etc. A ênfase é o uso mais da parte superior do corpo do que a de baixo. Este estilo de música foi imortalizada por Om Kalsoum, cantora libanesa que cantava com profunda emoção. Suas músicas chegavam a durar uma hora e suas apresentações eram motivo de feriado para os árabes. Já a dança moderna é popular no oriente e utilizada para boates, rádios, etc. Moderno: Muitas das músicas de Oum Koulsoum tiveram trechos regravados de forma mais moderna, além disso surgiram novos cantores com características mais populares com certa influência ocidental porém permanecendo seus ritmos característicos. O que diferencia o clássico e o moderno do balady são as músicas utilizadas para ilustrá-los, não com ritmos pré-detrminados, mas com estilo da música, influenciando diretamente em sua movimentação.

Danca do Ventre
Samia Gamal

Danca do Ventre
Tahya Carioca

Foi uma grande bailarina e atriz egípcia reverenciada até hoje em sua pátria. Ficou famosa por sua interpretação de Carmem Miranda em ” A Carioca”.

Danca do Ventre
Tahya e suas lindas coreografias

RAKS ESTA ARADI – A partir do Sharqi e dos filmes de musicais egípcios surge outro estilo de dança a Raks Esta Aradi ou dança-show, fazendo uma alusão aos filmes de Holywood. Folclórico- As danças folclóricas são de origem de alguma região específica ressaltando suas caracetrísticas e hábitos que repetidos dia após dia, tomam forma transformando-se em música poesia e movimento. Etimologia da palavra folclóre: folk= povo, nação, raça e lore= conhecimento, educação. As danças folclóricas ultrapassam gerações, Sua característica principal é a integração e respeito a costumes e tradições. Está ligada diretamente com o modo de vestir, músicas regionais e modo de vida do povo de origem. Concluímos por tanto, que as danças folclóricas utilizam-se de músicas e vestes específicas e que sua dança ressalta algum costume do povo de sua origem. Desta forma para executá-la, é preciso, com base nestas informações, interpretar todo este ambiente. Ritualística – Esta é a segmentação da dança que resguarda seus aspectos de origem religiosa ou ainda que retrata algum costume do povo árabe personificando suas superstições. Cada uma destas danças tem um motivo simbólico evocando deuses, pedindo graças, proteção, etc. Para retratá-la é preciso respeitar o modo como atuá0la para que sua prática traga à tona o seu significado de ritual.

Os acessórios

Os acessórios utilizados na Dança do Ventre Através de pesquisas em livros, revistas e entrevistas, estudaremos os acessórios utilizados para a Dança do Ventre e descobriremos quais deles enquadram-se na segmentação feita acima: Tradicional, Folclórica ou ritualística. As modalidades estudadas serão: – punhal – bastão – castiçal – espada – taças – candelabro – snujs – pandeiro – jarro – lencinho – incensário – véus – serpente

Tonifica os músculos do glúteo, coxas e ventre. Massageia os órgãos internos do ventre proporcionando melhor funcionamento do intenstino. D iminui as cólicas menstruais. Em uma aula pode-se perder de 300 a 500 kcal! Proporciona ainda o alinhamento dos chakras, consciência corporal, desenvolve a concentração e coordenação motora

Primeiros Passos

Há um segmento da linha de aprendizado exotérica que separa os rítmos em dois: lunares e solares. Os lunares são os movimentos ondulados e redondos. Já os solares são os bem marcados como batidas de quadril, egípcio, shimy e pulsação do ventre.

REDONDO PEQUENO

Girando o quadril encolhendo e soltando a barriga, mantendo -o no mesmo lugar. Sobe-se alternadamente cada joelho.

REDONDO MÉDIO

Sem alternar os joelhos projete o quadril para frente, lado, atrás outro lado, reproduzindo um pequeno círculo.

REDONDO GRANDE

Igual ao anterior porém a projeção para trás é maior.

OITO – INFINITO

Coloque o quadril para o lado e torça levemente para fente, leve o quadril para o outro lado,(sem levantar o calacanhar), desenhando um oito deitado ao chão.

Danca do Ventre
Najua Fouad

Foi a maior bailarina do Líbano. Ainda ministra aulas mas sua performance decaiui muito após seu envolvimento com dogras na década de 70.

OITO – INFINITO

Para trás igual ao anterior só que torcendo o quadril para trás após a lateralização do mesmo.

OITO EGÍPCIO (para cima)

Leve o quadril para o lado em seguida para cima ( inicie o seu treino levantando o calcanhar para subir o quadril e leve para o outro lado levantando-o em seguida, desenhando um oito infinito na vertical.

OITO MAYA (para baixo)

Elevando o quadril para cima e em seguida leve para o lado descendo o calcanhar,suba ou outro lado e leve o quadril para fora, mesmo lado que você subiu, desenhando um oito infinito na vertical.

OITO INFINITO com um lado do quadril

Com uma perna em meia ponta á frente da outra, eleva-se o quadril e o baixa desenhando com ele um oito.

OITO INFINITO com a perna

Arrasta-se o pé em meia ponto no chão, tentando deixá-la esticada, deslocando ainda mais o quadril. O pé desenha um oito no chão á frente e atrás da perna de base, o quadril imita o movimento do pé.

CAMELO para fora (pélvico)

Pernas afastadas e levemente flexionadas. Quadril solto inclinado á frente, eleva-se o bum-bum para trás e depois para frente, desenhando um oito com o quadril

CAMELO para dentro

Pernas afastadas e joelhos relaxados. Quadril solto projetado á frente, encaixa-se o quadril deslocando-o para trás com o abdômem encolhido, leve o peso para trás assim e relaxe quando o peso estiver no calcanhar.

ONDA

Enche-se primeiro a parte superior da barriga empurrando o ar para baixo de uma forma contínua sem mexer o tronco. É feita também de baixo para cima. Este movimento simboliza o parto ou o ato de dar a luz.

SHIMY da barriga

É feito através de uma respiração rápida na barriga, produzindo um tremido.(contrações rápidas)

Danca do Ventre
Dina

Não poderia faltar. è a bailarina mais sensual do Egito e mais famosa atualemnte. Sua beleza incontestável aliada a sua técnica e energia contagiante garantiram-lhe o respeito dos egípcios e até o direito de utiulizar roupas sumárias em seus shows.

BATIDA LATERAL

De quadril, transfira o peso de um lado para o outro produzindo batidinhas para os lados, SHIMY de quadril São as batidas de quadril feitas contínua e rapidamente. SHIMY com todo o corpo Flexiona-se os joelhos rapidamente produzindo um tremor em todo o corpo com ênfase na barriga.

SHIMY com os seios Sacode-se os ombros de um lado para o outro rapidamente.

EGÍPCIO

É o passo básico. Em posição ereta coloca-se uma perna em frente a outra. A da frente fica sempre em meia ponta alta. Então sobe-se o lado do quadril que tem a perna à frente, baixa, sobe e chuta com o pé. Pode ser feito lento ou rápido. Dele há variações para acompanhar o ritmos, como subindo e descendo o quadril sem sem chutar, etc.

“NOIVA”

Caminhando para frente ou para trás, a perna da frente eleva o quadril, passo com os joelhos flexionados, produzindo um caminhar majestoso.

SEIOS

É possível fazer vários desenhos com os seios, a letra “e”, minúscula, letra “z” letras “m” e “n”, o oito na vertical e horizontal, um círculo e a letra “s”. SERPENTE É o movimento que se faz com a cabeça deslocando-a para um lado e para o outro ou ainda produzindo um círculo.

TWIST

Coloque uma perna em frente á outra, transfira o seu peso para a perna da frente, depois para a de trás, quando for à frente, faça uma torção leve pra dentro.

OITO QUEBRADO

Ou robozinho, levante o pé do chão para levantar o quadril, depois o outro lado e inicie uma marcha assim, sem mexer o tronco, até conseguir fazer também sem tirar os pés do chão (levantando os joelhos)

Pesquisa realizado por Muna Zaki – Pós Graduação em dança da PUCRS

Danca do Ventre
Fifi Abdo

Juntamente com Dina, é a bailarina de maior sucesso atualmente no Egito. Dotada de um quadril incrívelmente potente, sua dança é forte e impressionante. Foi empregada doméstica de um músico que descobriu seu talento e iniciou sua carreira.

Fonte: www.escolaharem.com.br

Dança do Ventre

Karachi

Ritmo 2/4, rápido, amplamente utilizado no Egito e no norte da África (apesar de não ser um ritmo egípcio). Este não é um ritmo comum, porque ele começa com um TAK (que é uma batida aguda, diferente do DUM, que é uma batida grave).

Malfuf

Ritmo 2/4 egípcio bastante utilizado na Dança do Ventre, sobretudo nas entradas e saídas do palco.

Maqsoum

Maqsoum significa “cortado ao meio”. É um ritmo 4/4 amplamente utilizado no Egito. Possui duas variações, uma rápida (normal) e uma lenta. Se tocado da forma mais lenta, torna-se uma variação de Masmoudi.

Masmoudi

Ritmo 8/4 egípcio. Possui duas partes, cada uma com 4 tempos. O Masmoudi Kebir (Kebir = grande) é também chamado “Masmoudi de Guerra”, devido à sua cadência agressiva (ele se distingue do Masmoudi Saghir).

Saaid

Ritmo 4/4, originário de El Saaid, no Alto Egito (era chamada originalmente Raks Al Assaya). Ritmo utilizado para a Dança da Bengala (ou Dança do Bastão), muito praticada pelas mulheres egípcias (às vezes acompanhadas de homens, executando movimentos masculinos), onde são utilizadas bengalas ou longos bastões. Ela é uma referência a uma dança marcial masculina chamada Tahtib.

Samaai

Ritmo amplamente utilizado na música clássica egípcia. Possui uma sequência de três partes: uma com 3 tempos, uma com 4 tempos e uma com 3 tempos. Juntas, compõem um ritmo 10/8 utilizado nas composições chamadas Samaaiat.

Soudi

Ritmo utilizado para o Khalij (dança folclórica do Golfo Pérsico).

Taqsim

É uma improvisação que não possui ritmo ou estrutura definidos. Pode representar o solo de um determinado instrumentista dentro de uma composição, ou mesmo constituir a própria composição. É tocado sem instrumentos de percussão e frequentemente por um só instrumento. Tradicionalmente, é utilizado para fazer a parte lenta de uma música. O músico está livre para fazer o que quiser, favorecendo um momento especial de expressão pessoal.

Vals

Ritmo 3/4 utilizado na música egípcia e também na música ocidental.

Zaar

Ritmo 2/4. A dança egípcia Zaar é realizada para afastar maus espíritos. São feitas oferendas de caças, carneiros, cabras, novilhos ou camelos jovens, num tipo de ritual.

Solo de Percussão

Um solo reunindo variados ritmos árabes no qual, entre os instrumentos de percussão, destaca-se o Derbak

É fundamental entender e reconhecer as características dos diversos estilos e ritmos da música árabe, para acompanhar as suas constantes alternâncias, e poder aplicá-los aos movimentos e números específicos. Algumas dançarinas apresentam-se ao som de músicas de ritmos contemporâneos, com alguma influência ritmica da dança oriental, criando performances inovadoras.

Estilos

Dança da espada

Existem várias lendas para a origem da dança da espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à deusa Neit, uma deusa guerreira. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. Uma outra, diz que na antigüidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, com o intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada em suas cinturas ou fazendo mortos e feridos. Dançar com a espada permite equilíbrio e domínio interior das forças densas e agressivas. Uma terceira lenda conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo. O certo é que, nesta dança, a bailarina deve saber equilibrar com graça a espada na cabeça, no peito e na cintura. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério. Jamais se dançaria um solo de Derbak com a espada.

Dança do punhal

Essa dança era uma reverência à deusa Selkis, a rainha dos escorpiões e representa a morte, a transformação e o sexo.

Dança do candelabro , do fogo e da vela

Este tipo de dança existe a muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a dançarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles.

Dança das taças

A dançarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado. Utilizando o fogo das velas, que representam a vida.

Dança da serpente

Por ser um animal considerado sagrado e símbolo da sabedoria, antigamente as sacerdotisas dançavam com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro). Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobra de verdade, mas isto deve ser visto apenas como um show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado.

Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada por adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento de seu corpo.

Dança dos véus

Não se sabe ao certo como surgiu a dança com véus. Dizem que ela tem suas raízes na dança dos sete véus que é uma dança onde os véus representavam os sete chakras em equilíbrio e harmonia. A retirada e o cair de cada véu significavam o abrir dos olhos que desperta a consciência da mulher. O véu atualmente é um dos símbolos mais comuns da Dança do Ventre e são muitos os passos que o utilizam. Alguns são usados especialmente para emoldurar o rosto ou o corpo da dançarina, assim envolvendo-a em mistério e magia. Por ser transparente, tem o encanto de mostrar sem revelar.

Dança com snujs

Pequenos címbalos de metal, os snujs eram usados pelas sacerdotisas para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente, além de servir para acompanhar o ritmo da música.

Dança com pandeiro

Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música.

Dança do bastão

Há uma dança masculina originária de Said, região do Alto Egito, chamada Tahtib. Nela são usados longos bastões chamados Shoumas. Estes bastões eram usados pelos homens para caminhar e para se defender. Note que Said também é o nome do ritmo originário desta região. As mulheres costumam apresentar-se utilizando um bastão leve ou uma bengala, imitando-os, porém com movimentos mais femininos. Elas apresentam-se ao som do ritmo Said original, ou mesmo do Baladi ou do Maqsoum. Durante a dança, a mulher apresenta toda a sua habilidade, equilíbio e charme. Costuma-se chamar esta dança feminina de Raks El Assaya (Dança de Said). A Raks El Assaya foi introduzida nos grandes espetáculos de Dança do Ventre pelo coreógrafo Mahmoud Reda. Fifi Abdo teria sido a primeira grande dançarina a apresentar performances com a bengala. Porém ela se apresentava com roupas masculinas.

O Zaar

É uma dança de êxtase, praticada no norte da África e no Oriente Médio, não aceita pelo Islamismo. Ele é melhor descrito como sendo uma “cerimônia de cura”, na qual utiliza-se percussão e dança. Funciona também como uma forma de compartilhar conhecimento e solidariedade entre as mulheres destas culturas patriarcais. No Zaar, a maior parte dos líderes e dos participantes são mulheres. Muitos estudiosos têm notado que, embora a maioria dos espíritos transmissores sejam masculinos, as “receptoras” geralmente são mulheres. Isto não significa que os homens não participem das cerimônias Zaar; ele podem ajudar na percussão, no sacrifício de animais, ou fazer as oferendas. De fato, em algumas culturas praticantes do Zaar, são observadas tendências em se inserir uma participação masculina maior, nas quais ele, mais do que cooperador, busca tornar-se o líder. Atualmente ocorre uma proliferação de grupos de culto no Sudão, além de uma diversificação nos tipos de Zaar.

O Khalij

É uma dança feminina saudita também conhecida como Raks El Nacha´at. Seu propósito é permitir à mulher exibir seu cabelo, seus passos graciosos, e seu vestido ricamente bordado, usado exclusivamente nesta dança, a qual é usualmente executada em casamentos

Fonte: www.libanoshow.com

Dança do Ventre

A Dança do Ventre consiste em alguns movimentos de vibrações, impacto, ondulações e rotações que envolvem todo o corpo.

O shimmy (vibração) de quadris é o movimento mais conhecido, mas, na realidade, o fundamento da Dança do Ventre é o controle abdominal e o isolamento das partes do corpo. Uma vez que se atinge estes dois princípios básicos, os movimentos acima citados estendem-se às outras partes do corpo: quadris, torso, ombros, braços, cabeça e pescoço isolados ou em diversas combinações.

Uma Dança do Ventre tradicional inclui movimentos lateralizados e retos de pescoço, quadris e torso, ondulações de braços e mãos, tremidas suaves e rápidas de ombros, seios e quadris, movimentos circulares do torso com caídas e acentuações emendadas com ondulações de peito e abdômen. Movimentos vibratórios de extensão e contração dos músculos abdominais isolados ou combinados com os pélvicos. As figuras “círculo” (início da vida) e “oito” (infinidade da vida) são amplamente usadas em diversas dimensões, também isoladas ou em combinações.

Não raro a bailarina sustenta o shimmy de quadris e trabalha as outras partes do corpo em uma dinâmica diferente, ou apresenta uma vibração generalizada e bem controlada de todo o corpo enquanto cabeça, mãos e quadris acompanham a dramaticidade e acentuações da música.

Além de todos os movimentos básicos, a dança deve aflorar e ser acrescida de giros, cambrées, espirais, trabalho de chão. Apesar do nome Dança do Ventre, podemos chamá-la de Dança do Corpo, pois movimenta todo o corpo por dentro e por fora. As pernas e pés, são usados, entretanto apenas para a sustentação e o deslocamento da bailarina, sem ênfase em seus movimentos como se a bailarina fosse uma serpente.

HISTÓRIA

A origem da Dança do Ventre remonta a tempos muito antigos, sobre os quais existe muito pouca ou nenhuma documentação. Muitas lendas e estórias envolve o seu surgimento.

Alguns autores afirmam que a Dança do Ventre teria suas origens nos rituais religiosos do Antigo Egito, onde a dança era praticada como forma de homenagear as divindades femininas associadas à fertilidade. Ela teria sido mais tarde incorporada às festas palacianas, e por fim conquistado também as classes mais inferiores. Outra versão atribui o surgimento da Dança do Ventre aos rituais Sumérios, a mais antiga civilização reconhecida historicamente. Estes habitavam, junto com os semitas, a Mesopotâmia (região asiática delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates, atual sul da Turquia, Síria e Iraque).

Durante o século 19, o Oriente estava na moda. Muitos viajavam para os exóticos países e ficavam fascinados pela diversidade cultural encontrada lá. Autores e pintores descreveram seus encontros com bailarinas, que usavam seu corpo de forma a chocar os expectadores ocidentais, educados na era vitoriana. A dança foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris ,em 1889; foram trazidos diversos artistas de rua algerianos para se apresentar dentro da mostra. No meio deles, havia alguns dançarinos, não como os de hoje, que estavam apropriadamente vestidos com costumes típicos. Este espetáculo interessou ao “American Sol Bloom”, que levou-os para a Exibição Mundial de Chicado em 1893. Uma das dançarinas da troupe ficou na América e, mais tarde, tornou-se a conhecida dançarina “Little Egypt”. O termo, em francês, “danse du ventre”, foi traduzido para Dança do Ventre, nome pelo qual hoje a dança é conhecida. A dança logo se tornou “burlesca” e ganhou má reputação; até hoje as amantes dessa arte lutam para retirar esse rótulo e colocá-la numa posição privilegiada ao lado de outras formas de arte.

Fonte: www.arguile.com.br

Dança do Ventre

Roupas da Dança do Ventre

Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
Danca do Ventre
A Dança do Ventre é antes de tudo uma arte bonita de se ver, porém requer muito estudo não só para aquelas que visam a profissionalização como também para quem deseja praticar uma atividade prazerosa e desfrutar de seus inúmeros benefícios.

A prática constante dessa arte revela-se como um importante passo em direção ao auto-conhecimento por meio da consciência corporal, desde os suaves movimentos de mãos até os estarrecedores shimmis de quadril. O domínio do próprio corpo deve ser encarado como algo que será adquirido de acordo com o tempo de cada organismo, promovendo uma percepção inusitada que ultrapassa a barreira do mero exercício físico e permite um mergulho interior acerca do resgate dos conceitos de feminilidade, segurança e auto-estima. Dessa forma, nasce uma nova mulher, mais confiante, mais bonita e, por que não mais sedutora? Enfim, mais confortável com o próprio corpo.

Os benefícios da Dança do Ventre estão fundamentados em aspectos físicos e terapêuticos. Para compreender a dinâmica deste processo, a seguir serão listados os principais pontos a serem trabalhados na dança.

Aspectos físicos

Queima calorias e auxilia no processo de emagrecimento

Aumenta a resistência física

Aumenta a irrigação sanguínea principalmente na região do abdômen

Alonga, enrijece e tonifica vários grupos musculares (abdômen, pernas, braços, costas e glúteos)

Fortalece a musculatura pélvica, auxiliando o momento do parto

Modela braços, cintura, abdômen, glúteos, costas, coxas e panturrilha

Melhora o condicionamento das articulações

Auxilia no regulamento dos hormônios do aparelho reprodutor

Massageia os órgãos internos, estimulando seu funcionamento

Redução dos sintomas da TPM e das cólicas menstruais

Promove o relaxamento muscular aliviando tensões

Desenvolve a coordenação motora

Trabalha o equilíbrio

Promove a reeducação postural

Aumenta a flexibilidade

Desenvolve a agilidade mental

Desperta a noção de musicalidade e ritmo

Desenvolve a espacialidade

Estimula a atenção e a concentração

Aspectos terapêuticos

Auxilia no processo de desinibição e superação da timidez

Ajuda a atingir um equilíbrio natural de sensualidade, longe da vulgarização

Desperta a sensibilidade artística e criativa

Desenvolve a expressão

Promove a dissociação corporal e o auto-conhecimento

Resgata a feminilidade

Eleva a auto-estima

Desenvolve a autoconfiança e a sensação de bem-estar com o próprio corpo

Contribui para o alívio do stress e das tensões cotidianas

Permite um intercâmbio cultural com o mundo árabe

Não há nenhum tipo de restrição quanto à prática da Dança do Ventre. Essa é uma dança feita para a mulher em geral, independente da idade ou do tipo físico, não há restrições quanto à sua prática exceto por quem apresenta problemas graves de coluna. As gestantes podem dançar com a devida orientação médica e desde que a gravidez não seja de risco.

Por fim, desmistifiquemos o mito de que a Dança do Ventre causa o aumento da barriga. Talvez se a bailarina adotar uma má postura, com o bumbum projetado para trás e o abdômen para frente possa haver um acúmulo de gordura localizada no baixo ventre, outra explicação pode ser atribuída ao fato da dança acolher todos os tipos físicos e o público acabar julgando que a dança pode levar ao aumento de peso. Seja qual for o porquê de tal pensamento, a verdade é que a Dança do Ventre é um excelente exercício para queimar calorias e modelar não só a região do abdômen como o corpo em sua totalidade, de maneira suave e prazerosa.

Procure alguém capacitado para lhe orientar e aproveite as inúmeras vantagens dessa dança encantadora!

Carolina Goulart

Fonte: carolinagoulart.multiply.com

Dança do Ventre

O nome correto dessa dança é Raks Sharki, que quer dizer dança oriental ou dança do oriente. Para a América, o nome danças oriental pode significar dança japonesa, chinesa, tailandesa, etc.

Por isso, nos EUA foi chamada de Belly Dance, e no Brasil, Dança do Ventre.

Essa denominação deve-se aos movimentos, que são predominantes no ventre e quadril feminino. A Dança do Ventre é a mais feminina e sensual de todas as danças. A mulher, através da música árabe, une seus movimentos, sua expressão e sua sedução, transformando-os, no palco, em sentimentos, que compartilha com seu público.

A origem da Dança do Ventre remonta tempos muito antigos, sobre os quais existe muito pouca ou nenhuma documentação. Muitas histórias foram criadas na tentativa de ilustrar o seu surgimento, e por isto é necessário um cuidadoso trabalho de pesquisa e muito bom senso no momento de identificar se uma informação é falsa ou verdadeira.

Uma das explicações, mostra que a Dança do Ventre teria suas origens nos rituais religiosos do Antigo Egito, onde a dança era praticada como forma de homenagear as divindades femininas associadas à fertilidade. Mas hoje não existe qualquer ligação da dança com a religião e a bailarina é considerada uma artista.

A Dança do Ventre teria sido mais tarde incorporada às festas palacianas, e por fim conquistado também as classes mais inferiores. Outra versão atribui o seu surgimento aos rituais Sumérios, a mais antiga civilização reconhecida historicamente. Estes habitavam, junto com os semitas, a Mesopotâmia (região asiática delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates, atual sul da Turquia, Síria e Iraque). Também há indícios históricos da existência de uma dança com características semelhantes à Dança do Ventre em países como Grécia, Turquia, Marrocos e norte da África.

Atualmente, no Egito, é comum haver apresentações de Dança do Ventre em cerimônias de casamento. Por vezes, os noivos desenham as suas mãos no ventre da dançarina. Isto seria uma referência ao relacionamento da dança aos cultos de fertilidade.

As mulheres do Mundo Árabe dançam umas para as outras, e para elas mesmas. Elas formam um grupo, uma por vez, levantam-se e desenvolvem a sua performance, para suas irmãs e amigas, sem a presença de homens. Celebram assim a espiritualidade e a força femininas, e transmitem beleza e liberdade por meio da sua expressão particular.

A dança expandiu-se pelo mundo inteiro com a ajuda dos viajantes, mercadores e povos nômades (como os ciganos e beduínos), juntamente com outras características da cultura Árabe, tais como a culinária, a literatura e a tapeçaria. Em sua expansão pelo mundo, ela sofreu ao longo dos tempos diversas influências, acumulando em cada região diferentes interpretações e significados. Atualmente, ela ainda se encontra em um contínuo processo de desenvolvimento, recebendo influências diversas, como por exemplo da Dança Contemporânea e do Flamenco. Independente das diversas influências, não é difícil identificar o seu estilo por meio de determinadas características.

Em cada região, a Dança do Ventre recebeu um nome: no Egito é chamada de Raqs El Sharq ou Raqs Sharqy, que significa “Dança do Oriente” ou “Dança do Leste”; na Grécia é chamada de Chiftitelli; na Turquia de Rakkase; na França de Dance du Ventre e no mundo ocidental é mais conhecida como Belly Dance ou Dança do Ventre.

A Dança do Ventre chegou definitivamente ao ocidente no século XIX, e é considerada uma das danças mais antigas da história da civilização. Atualmente existem inúmeras dançarinas de ótimo nível em praticamente todos os países do mundo, inclusive no Brasil.

Seu poder hipnótico é devido à mágica combinação de elementos religiosos e profunda sensualidade. Seus movimentos não são numerosos, mas permitem uma grande diversidade de variações. Apesar da variedade de estilos, uma característica permanece: os movimentos de quadril, alternadamente ondulatórios e vigorosos. Sua mensagem alegre e positiva vêm conquistando gerações, que buscam preservar e difundir as suas características: sensualidade, leveza, beleza, alegria, vitalidade e expressão.

Num show, além da Dança do Ventre tradicional, acompanhada ou não de véus e Snujs (pequenos címbalos metálicos que são tocados com os dedos), é comum serem apresentados números com elementos, como a Espada, o Punhal, o Candelabro (Raqs El Shammadan), a Bengala (Raqs El Assaya), o Jarro, o Lenço, as Flores e o Pandeiro.

As danças com a espada, o punhal e com o candelabro são inovações introduzidas recentemente. Tradicionalmente existem apenas as danças folclóricas da bengala, do jarro e do lenço. Algumas destas danças com elementos, tal como a dança da bengala, podem ser acompanhadas pelos homens, com movimentos masculinos.

Algumas dançarinas chegam a apresentar-se com serpentes, como forma de resgatar os misteriosos cultos ancestrais. A serpente é um complexo símbolo que representa os princípios masculino e feminino, e também a imortalidade (tal como na imagem arquetípica em que a serpente engole a própria cauda).

Os espectadores costumam demonstrar a sua admiração jogando notas e moedas sobre a dançarina e, por vezes, colocando o dinheiro em suas vestes. É interessante notar que não existe notícia de nenhuma outra dança com esta característica.

Tradicionalmente, a dançarina apresenta-se descalça. Porém, desde o surgimento dos grandes espetáculos de Dança do Ventre, sobretudo no Egito e no Líbano, as dançarinas apresentam-se usando sapatos de saltos altos, talvez como uma forma de demonstrar a ascenção social desta prática oriunda do povo. Muitas dançarinas ainda preferem dançar sem os sapatos, como forma de estabelecer um contato direto com a energia da Mãe Terra.

Apesar de ser uma dança folclórica, do povo, a Dança do Ventre tem envolvido desde o início do século XX grandes profissionais – dançarinos, coreógrafos, figurinistas, etc, passando a fazer parte de eventos cada vez mais sofisticados e luxuosos. Com isto, sua característica original (de prática não codificada e de improvisação) transformou-se num elaborado trabalho de produção, fruto de exaustivo treinamento e numerosos ensaios. Nos grandes festivais realizados no Egito, no Líbano e na Turquia, as mais famosas dançarinas apresentam-se acompanhadas de grandes orquestras.

A Dança do Ventre designa-se unicamente ao corpo feminino, enfatizando os músculos abdominais e os movimentos de quadris e tórax. Ela é praticada com os pés descalços firmados no solo, e caracteriza-se pelos movimentos suaves, fluidos, complexos e sensuais do tronco, alternados com movimentos de batida e tremido. As dançarinas orientais são consideradas diferentes, pois realizam uma “dança dos músculos”, ao contrário das “danças de passos”, praticadas no ocidente.

Tradicionalmente, o joelho da dançarina de Dança do Ventre nunca se eleva acima do quadril. Talvez pelo fato desta dança possuir movimentos de pulsação e ondulação do ventre, tenha sido batizada de “Dança do Ventre“, embora ela possua diversos outros movimentos.

Há autores que associam os movimentos rápidos da dança à demonstração da alegria de viver, enquanto que os movimentos lentos estariam associados às danças religiosas nas quais se buscava imitar os movimentos do trabalho de parto e do parto em si, como expressão de agradecimento às mulheres, enquanto agentes da perpetuação da espécie humana.

Para quem quer aproveitar todos os benefícios da Dança do Ventre e entregar-se de corpo e alma a ela, deve se preparar para praticá-la. A vestimenta e os acessórios são peças fundamentais para a prática da dança. Saia, véus e cinturões. Dependendo do tipo de dança (estilo) e da região, as peças variam bastante. Aqui, vamos enfocar os trajes principais para que você possa praticar esta milenar dança que faz tanto bem à mulher.

Saia

Uma das peças fundamentais para a prática da dança, a saia pode variar em quatro modelos, correspondentes aos quatro elementos da Natureza:

Modelo Água: Saia godê na abertura dos quadris com duas aberturas (fendas) frontais. Costuma-se usar outra saia por baixo, respeitando as duas aberturas frontais. As cores dos tecidos podem ser brilhantes, dourados ou prateados, em tecidos transparentes.

Modelo Terra: Saia com duas aberturas frontais, recortadas de forma retangular, com cós ou elástico. Os tecidos podem ser de cetim, jérsey, liganete ou seda.

Modelo Ar: Saia justa com cós, porém, sem elástico; as duas aberturas são laterais e não como as outras (frontais). Tecido: pode ser de jérsey ou cetim.

Modelo Fogo: Saia composta de sete quadrados iguais do tecido e presos nas laterais e no cós da saia, com duas aberturas frontais. Os tecidos podem ser coloridos (da mesma cor ou em cores alternadas).

Bustiê

Outra peça importantíssima é o bustiê. Pode ser usado um sutiã meia-taça, bordado com lantejoulas e miçangas e da mesma cor da saia ou do cinturão. Pode ser usado também um tecido brilhante, como a fazenda paetê, por exemplo. O acabamento pode ter como enfeite algumas pérolas, moedas, correntes e miçangas penduradas.

O cinturão

O cinturão não é preso à saia, mas colocado sobre ela. Pode ser feito de correntes e medalhas ou mesmo de pala, podendo ser combinados; é uma peça que marca o quadril e embeleza a saia. De preferência, escolha um modelo da mesma cor do bustiê, pois, assim poderá ser usado com várias saias. O cinturão de pala pode ser reto, com um só “V” na frente ou tendo o mesmo formato nas costas. Os tecidos podem ser brilhantes, prateados, dourados, bordados com miçangas, lantejoulas e podem ter, aplicadas moedas, correntes e pérolas.

Os enfeites

Como complementos de extrema beleza, você pode ser utilizar dos mais diversos enfeites. Os diademas (ornamento de cabeça), os colares e as correntinhas com moedas combinam bastante com os trajes. Brincos, grandes, pulseiras e braceletes com moedas e serpentes, também são bastante usados.

Não se esqueça de incluir lindos anéis nas mãos, nos pés e tornozeleiras. As luvas enriquecem a vestimenta e devem combinar com o bustiê ou com o cinturão. Podem ser de renda, de lantejoulas ou de moedas. Cobrem o antebraço, caso elas sejam longas, e podem ou não deixar os dedos livres. Dica: seja bastante criativa na escolha de sua roupa e “mergulhe” fundo no mundo mágico daDança do Ventre

Ritimos de Música

Ayyub

É um ritmo 2/4 simples e rápido, usado para acelerar (ou “aquecer”) uma performance.

Ele se encaixa bem com outros ritmos, e geralmente é utilizado para “acentuar” outro ritmo. Não é executado durante tempos muito longos, pois torna-se monótono.

Baladi

Este é um ritmo inserido no grupo dos derivados do Maqsum. Maqsum simples é a base de muitos ritmos e especialmente importante na música egípcia. Se você escuta música oriental com acopanhamento de percussão, certamente reconhece o tradicional DT-TD-D do Maqsum. O Baladi é uma versão folclórica do significado da terra, do campo e envolve no Egito um pouco de regionalismo Maqsum, caracterizado pelos familiares dois dums que lideram a frase. Este ritmo é muito típico aparecendo com frequência na música para Dança Oriental. O Dum duplo tende a submergir quando há acompanhamento melódico por isso, às vezes, pode não ser ouvido de imediato, então utiliza-se como base, uma versão simples de Maqsum. Existem inúmeras variações do Baladi, e algumas possuem seu próprio nome, como por exemplo o Masmoudi Saghir (Masmoudi “pela metade”). Alguns músicos afirmam que o Baladi é, na verdade, uma versão folclórica do Maqsoum. D – D – t k t – D – t k t

Chiftitelli

Ritmo 8/4, que é executado lentamente (comparando-o ao Baladi, por exemplo). Originou-se provavelmente na Grécia ou na Turquia. Além de ser utilizado na Raks Charky, também é utilizado na Turquia, como dança de casais. D – t k t – t – t k t – t – t k t – t k t – t k t

El Zaffa

Ritmo 4/4 egípcio utilizado em cerimônias de casamento. Dançarinos e músicos (tocando MAZHAR E DAFF) acompanham o casal de noivos, na entrada e na saída da cerimônia.

Fallahi

A palavra Fallahi significa algo criado por um Fallahin – fazendeiros egípcios, que utilizavam este ritmo 2/4 nas suas canções de celebração. Geralmente é tocado duas vezes mais rápido que o Maqsoum.

Fonte: www.libanoshow.com

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